De Draco Malfoy - Parte 3

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Harry Potter rebolava enquanto amassava amoras.

Se Draquinho soubesse disso com antecedência, certamente teria desviado o olhar daquela cena antes que ela começasse. Era simplesmente inconcebível que ele estivesse naquele estado por uma simples atividade culinária.

Uma simples e bastante excitante atividade culinária...

Tudo começara quando o pobre bebê, inocentemente, aceitara ir até a cozinha com Potter – mesmo com a ausência do mordomo e professor de culinária – para assistir o moreno amassar algumas amoras. Mal sabia Draquinho com que tipo de tortura ele estava consentindo.

Ele só percebera o quanto estava desesperado quando subir pelas paredes começou a se tornar uma atitude bastante válida. Potter colocava as mãos grandes dentro do tacho e puxava, com os dedos longos, amorinha por amorinha de encontro à palma de sua mão, sempre mexendo os quadris no que Draco só pôde chamar de provocação.

Harry Potter estava provocando sexualmente o pobre menino Malfoy. E todos os hormônios do loiro respondiam entusiasticamente a essa provocação.

"Potter, pare com isso agora" não era uma boa frase para ser dita. Tudo que Draco não precisava era que o moreno prestasse atenção nele justamente naquele momento. Tentou respirar fundo, mas o ato de puxar o ar pareceu fazer muito barulho.

Oh, como ele estava ferrado. Ou não, naquele caso. Fechou os olhos e soltou o ar fazendo um biquinho com a boca. Estava ridículo, o pobre bebê precisava admitir que estava ridículo, pensando em milhões de coisas broxantes para se controlar. Mas todas as imagens que dançavam em sua mente envolviam Harry, alguns quadros na parede e Draco entre os dois.

Pense em Umbrigde dando aulas de balé, tentou o menino Malfoy. Insuficiente. Era incrível como Harry poderia amassar amoras em um tacho e rebolar, mesmo ao fundo de uma aula de balé em sua maldita memória.

Visualize Dumbledore dando aulas de bordado. Maldito Potter rebolando em sua cabeça. Coloque Snape em seu lugar e...

Draquinho jamais poderia imaginar que Snape era tão broxante.

"Você está bem, Malfoy?", perguntou o garoto-que-não-morreu em uma voz preocupada.

O lindo menino loiro engoliu em seco três vezes antes de acenar positivamente com a cabeça. "Estou... ótimo. Foi só uma queda de pressão".

Como mentia bem esse garoto. Ou como Potter era tão verdadeiramente tapado para acreditar que a pressão de nosso menino estava baixa, quando a real situação era exatamente o contrário.

Talvez fosse por isso, e não por causa de Ronald Weasley e sua conta bancária negativa, que o excelente e saudável relacionamento de Potter e Draquinho tinha falido.

Potter voltou suas mãos ao tacho, continuando com seu rebolativo trabalho de amassar as amoras. E aquilo estava enlouquecendo o pobre Draco outra vez que, por mais que tentasse, não conseguia desviar os olhos do conjunto da obra que era Potter remexendo os quadris enquanto demonstrava tanto vigor em sua tarefa culinária.

"Hey, Potter, você tem um avental aí?"

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Draco não imaginava que pedir um simples avental para Potter implicaria em tanta diversão. O moreno, a princípio, erguera a sobrancelha em uma pergunta muda, enquanto lavava as mãos torturantemente – as mãos de Harry sempre foram uma tara incontrolável para Draco, não que o outro soubesse disso, é claro.

Vendo que não obteria resposta alguma do aparentemente inocente pedido de Malfoy, Potter começara uma procura desesperada por um avental em todas as gavetas da cozinha. Obviamente ele não pensara que os aventais poderiam estar no... armário de aventais, e Draco perdera muito tempo imaginando quantas horas o idiota poderia ficar procurando por eles.

A Crônica da Geléia de Amora [Drarry] (Concluída)Where stories live. Discover now