A Crônica da Geléia de Amora [Drarry] (Concluída)

Das experiências Culinárias - Parte 2

"O que você esperava que eu fizesse Ron? Agarrasse a colher de pau do Snape e implorasse clemência?"

Ah,esse seria uma cena linda de assistir. Uma pena o pobretão e a dentuça terem feito uma cara de tamanho desagrado perante a oferta de Potter.

Porque ele não oferecia aquele tipo de coisa para Draco Malfoy?

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Avida na Mansão Malfoy era extremamente aconchegante, especialmente em dias que Lucius, o elegantíssimo pai de Draco, estava viajando, oque permitia que Narcissa agisse com todo seu zelo materno e obrigasse que seu bebê faltasse a meia dúzia de aulinhas.

Afinal,que diferença faria para seu pequeno gênio algumas aulas complicadas de uma matéria que ela certamente desconhecia e que seria, no futuro, responsável por uma nota muito média para os padrões da família?

Pura bobagem, acreditava mamãe Narcissa. E Draco, sempre tão lindo,loiro e carente, aceitava todos os mimos de sua mãe sem nem pestanejar.

A amável mãe, na manhã após a visita de Draco à Grimmauld Place,parecia bastante desconfiada ao checar a aparência da pele de seu primeiro e único filho. Principalmente da pele do pescoço, o que fez a pobre criança loira confirmar suas suspeitas de que a mãe sempre soubera que ele andara se engalfinhando com Potter por aí...Ele não queria nem mesmo pensar no choque que fora para sua mãe descobrir o fato, mas parece que sua mãe estava bastante disposta afazer uma mesa aberta sobre o assunto.

Mas,na opinião de Draquinho, aquele mordomo desprezível que atendia por Dobby e sua parceira de cama e trabalho chamada Winky não precisavam presenciar a conversa.

"Há quanto tempo, filhinho?"

Oh,coitadinho do Draquinho... Ele engoliu em seco, pensou em fingir uma crise asmática ou em buscar seu remédio para rinite e tentar uma superdosagem, mas sua mãe apenas segurou suas mãos, entrelaçando seus dedos suaves nos dedos compridos de Draco e acariciando as costas da mão do filho.

"Sabe,eu não estou te repreendendo, querido, mas eu preciso saber há quanto tempo isso vem acontecendo. Já passei por isso na família, quando meu primo... enfim, foi pego sobre os lírios de mamãe... Não foi fácil para Tia Walburga, tanto que Sírius acabou sendo deserdado e excluído de nossa família, mas... Você não precisa levar o mesmo rumo, meu bebê".

"Do que diabos você está falando, mãe?"

Oh, não é que Draquinho ainda tentava se fazer de desentendido?

"Sobre... Seu, erm, envolvimento com alguém, querido?"

O menino Malfoy arqueou a sobrancelha esperando que sua mãe,sinceramente, parasse de tentar acariciar as costas de sua mão. Toda aquela unha cravando sobre sua pele estava tirando sua concentração."Mãe, isso não está acontecendo mais".

"Você tem certeza, querido?"

O sorriso de alívio e satisfação de Narcissa não era tão grande há muito tempo. "Pode acreditar que eu tenho certeza, mamãe".

Nosso protagonista só não sabia que suas certezas estavam prestes a cair em um tacho de geleia. Já Dona Narcissa e todo seu conhecimento de mãe zelosa pelo seu filho mais lindo e único, sabiam que tudo estava prestes a mudar em uma amassada de amoras. Oh, o poder das mães!

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Harry Potter precisava admitir que as aulas de Snape sem Draco Malfoy se tornavam um tanto quanto monótonas, afinal, ele não tinha ninguém para vigiar cada suspiro, o que fazia com que aquele período se arrastasse de uma maneira extremamente lenta.

Rone Hermione bem que tentaram conversar com ele durante todo o período,reclamando sobre como o pobre Harry fora injustiçado por Snape no sorteio de duplas e em como aquilo deveria ser um plano para ferrar com o pobre menino-que-sobreviveu-ao-desastre-automobilismo-dos-Potter enquanto ele estivesse mexendo o tacho.

Harry,obviamente, não estava muito interessado em como Draco e Snape estavam mancomunados desde o inicio para acabar com sua já acabada existência, estando concentrado apenas em porque diabos sua dupla faltara a aula e se isso significava que ele faltaria ao encontro da tarde.

Oh Potter, observando Snape cozinhar a maravilhosa receita de bolo de agrião feita há anos por sua vovó, mas tão concentrado na lembrança de Draco e da maravilhosa textura dos cabelos dele, nítida em sua mente.

"Harry, você não está prestando atenção no que estou dizendo", reclamou Hermione parecendo, como sempre, ofendida.

É, acho que não, Granger. Mas quem poderia culpar, dessa vez, Potter? Draco Malfoy não era um pensamento fácil de tirar da cabeça.

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