Capitulo 1-Noite de choro

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Me chamo Amélia Medeiros, tenho vinte e um anos, sou cristã.

Vocês já sabem um pouco do que vai acontecer na minha história, daqui a um mês e meio completo infelizmente meus vinte e dois anos.

Por quê infelizmente? Vocês já irão entender.

Vamos voltar no tempo , um dia antes isso quer dizer ontem.

Ontem as uma hora da tarde:

- Filha precisamos conversar com você! Pronunciou meu pai.

- Isso mesmo minha filha, e é urgente. Concordou minha mãe me olhando como se eu fosse ainda um pequeno bebê.

- Podem falar! Eu disse sorridente, mais não pensem que esse sorriso continuará em meu rosto pois não irá.

- Filha quando você nasceu, ainda existia uma antiga tradição de família, e nessa tradição quando nascesse um bebê na família logo teria que arranjar um casamento a ele. Meu pai falou e eu ainda não entendia muito bem.

- Nossa mais para que casar dois bebês se eles nem ao menos sabem falar? Eu perguntei perplexa.

- Não se casavam quando bebês, mais sim quando completassem uma determinada idade! Meu pai prosseguiu e mesmo assim ainda não compreendia o por que de estarem me falando aquelas coisas.

- Filha nós tivemos que fazer o mesmo com você, assim como fizeram comigo e seu pai, determinamos no acordo que você se casaria ao completar os vinte e dois anos! Minha mãe falou cabisbaixa e eu?

Bom lembram do sorriso? Eu disse que ele iria desaparecer e como dito ele sumiu rapidamente ao escutar aquilo.

Eu? Me casar ? Por favor digam-me que isso é uma pegadinha? Eu falei a eles ainda tentando achar as câmeras que eram para estar ali, tinham que estar ali em algum lugar para que eu pudesse rir e dizer "- Me pegaram!" mais não existiam câmeras ali, só a certeza de que tudo que escutei a pouco tempo era nada mais nada menos que a realidade.

-Eu sinto muito minha filha, se você quiser podemos ir embora daqui e sumir do mapa para que os Medeiros nunca nos encontrem! Meu pai falou mesmo sabendo que aquele seu comentário era inválido.

- Não papai, temos um casamento para organizar em menos de um mês e meio! Pronunciei mesmo sabendo que eu vou chorar de arrependimento por ter aceitado isso.

Minha mãe caminhou até mim em passos vagarosos para saber se era seguro se aproximar, acho que ela tinha medo de que eu surtasse quando ela se aproximasse mais.

Quando em fim ela chegou até mim e percebeu que era seguro, me abracou. Demorou um tempo mais eu correspondi ao abraço!

Eu sei que em um momento passou na cabeça de meu pai me abraçar também, mais ele se manteve em seu lugar receioso de que eu não o aceitaria em um abraço em família.

Eu já chorava rios depois que me desprendi dos braços de minha mãe.

Hoje de volta ao presente:

Poise, viram o quanto foi ruim? Se vocês que estão lendo acharam imaginem para mim?!

- Filha posso entrar? Minha mãe perguntou com metade da cabeça para dentro do meu quarto.

- Pode mãe. Pronunciei e ela se pôs para dentro de meu quarto, ainda me olhando ela se aproximou e passou a mão em meus cabelos, olhou bem no fundo dos meus olhos e chorou.

A boa pergunta é por que ela está a chorar?

- Por quê estás chorando mamãe? Perguntei.

- Eu já passei por isso, e não a ninguém que lhe entenda melhor do que eu filha, vai ser muito difícil. Ela comentou secando as lágrimas que molharam seu rosto.

- Vai ficar tudo bem mãe , eu vou ficar bem! Falei olhando bem em seus lindos olhos azuis no qual eu sempre achei lindo.

- Prometi filha? Ela perguntou.

- Sim dona Suzen, cadê o meu pai Robson? Perguntei curiosa.

- Ele está no escritório dele, ligando para os Medeiros e marcando um jantar aqui amanhã mesmo contra a vontade dele. Ela falou e deu um sorriso fraco se retirando do meu quarto.

Acabei de me lembrar de uma certa doidinha chamada Liza Becster, minha melhor amiga! E falando nela adivinhem quem acabou de entrar no meu quarto igual um furacão?

Ela mesma.

- O que faz aqui? Perguntei de forma delicada para não soar como um incomodo de minha parte.

- Vim visitar a melhor amiga do mundo! Ela falou rindo e eu acabei rindo da expressão que ela fez.

- Eu sei disso. Falei, e ela ergueu uma das sobrancelhas me dando um olhar fuzilador.

- Ha ha ha, você sempre se achando a rainha da cocada branca não é mesmo Mélia? Ela falou me fazendo gargalhar.

-Agora falando sério, vou me casar! Eu disse e na hora ela me olhou assustada, como se tivesse visto um fantasma.

Mais acreditem me assustei mais que ela quando eu descobri que teria que me casar ontem.

-Pensei que fossemos melhores amigas Amélia, e agora descobri que não somos, como você pôde me esconder que tinha um namorado? Falou realmente magoada comigo achando que eu escondi um namorado dela!

-Liza eu estou praticamente sendo forçada a me casar em pleno século XXI por uma tradição de família! Disse dando um longo suspiro e sentindo meus olhos marejarem novamente.

Me levantei e caminhei até a sacada de meu quarto na esperança de que estivesse batendo um vento forte.

E para minha sorte estava, mais ele não levava minha tristeza com ele.

-Eu sinto muito amiga, confie em Deus e creia que tudo ficará bem!- Falou Liza se aproximando, apenas fechei os olhos e fiz uma oração como em um sussurro, pedindo a Deus que tudo isso passasse logo!

Já era noite, e Liza já avia ido embora para casa dela.

Me deitei na certeza de que o sono logo viria, mais infelizmente não veio de imediato.

Me virei de um lado para o outro, afim de que achasse um jeito certo para que o sono viesse logo de pressa.

Mais parecia que nem uma das posições eram confortáveis, nem o travesseiro de melhor qualidade fez com que melhorasse.

Me deitei no chão com a ideia maluca de que talvez a cama estivesse com algum problema, mais eu estava completamente erada.

O problema não era nas posições, não era no travesseiro e muito menos na confortável cama. O problema era eu mesma, e só agora me toquei.

Levantei e fui novamente ao lugar onde eu me sentia refugiada, a sacada!

Me sentei em uma cadeira de balanço que ficava por ali e me pus a fechar os olhos e orar.

Orei, orei e orei até que senti meu coração se aclamar e enfim durmi ali mesmo naquela cadeira de madeira que balançava sem parar e era totalmente desconfortável aos olhos de quem visse , mais para mim ali estava maravilhoso.

Simplesmente isso.

Eu só queria que tudo isso fosse apenas um pesadelo terrível e que quando eu acordasse tudo não passasse de um mero sonho ou melhor dizendo um pesadelo!

Casamento Inesperado(Revisado)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang