Provando suas habilidades

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–Eu irie te salvar de alguma forma... Posso assaltar uma farmácia ou...Sei lá! –Amélia sentiu um pouco te pena dele, era claro que o cara gostava do seu companheiro, entendia que apesar de tudo que ambos tinham feito de ruim mereciam receber tratamento e serem julgados de forma justa.

"Se os dragões vermelhos os encontrassem ... Será que o queimaria?" Sacudiu rapidamente a cabeça.

"Não! Eles não irão fazer isso! Precisam deles vivos... Mas..." Estava agora confusa, o objetivo era ajudar seus amigos dragões, mas agora sentia um pouco de medo.

–Tola...Eles são sua família! –Falou baixinho para si, para tentar acalmar seus pensamentos e sentimentos.

–Quem está aí? –Perguntou o homem, Amélia mordeu o lábio inferior, será que ele a tinha ouvido? Levou a outra mão a boca para suprimir qualquer outro som que porventura pudesse emitir –Eu sei que está aí! Se mostre!

–Ah...-O moribundo tentou falar alguma coisa, sua voz era fraca e de alguma forma também parecia que ele estava engasgado, como estivesse gargarejando líquido. Será o seu próprio sangue?

–Não se preocupe! Eu sei lidar com isso! Descanse! Eu posso ter causado toda essa confusão...Mas de alguma forma irei compensar tudo! –Depois sua atenção se voltou para o intruso –Onde você está!?

–Vocês humanos falam demais...-Resmungou alguém. Amélia olhou para os lados, havia mais alguém ali além deles?

–Quem...? –O suspeito parecia incerto, talvez confuso quanto ao intruso.

–A tarefa era bem simples, creio que até um cachorro treinado faria melhor. –Continuou a falar o estranho, Amélia ainda não conseguia vê-lo, tão pouco o homem que segurava a arma apontando para locais aleatórios.

–Eu não sabia que se tratava de transporte ilegal de pessoas! Isso é errado!

–Ora, você e seu amigo não são um exemplo de honestidade, afinal quando aceitaram participar de nossa "organização" sabia que não tratávamos de coisas legais.

–M-mas... Trafico de pessoas? Mano...Isso é muuuito ilegal! Cara, ele era ainda uma criança!

–Você ainda acha, depois de tudo que viu, que aquele garoto é humano?

–B-bem...-O homem vacilou, a arma abaixou um pouco e foi nesse momento de fraqueza que um homem surgiu, na verdade ele aterrissou, devia ter pulado do alto de algum das prédios abandonados dali perto. A leveza com o qual pousou no chão era de certa forma assustador, era como se aquele salto, que não foi nada pequeno, não lhe gerasse nenhuma consequência, já que se um humano pulasse da mesma altura teria quebrado as pernas.

–Quem...É você? –Perguntou o homem, o intruso apresentava olhos de íris esverdeada que de alguma forma parecia brilhar no escuro, tal como um gato, já que a pupila tinha o formato fino ao contrário do arredondado (a forma normal).

–Digamos que representado o empregador de vocês, vim aqui ajuda-los.

–Sério? –Suspirou aliviado –Que b...

O dito representante retirou uma arma do casaco que usava, Amélia notou algo acoplado na ponta do revolver, seria um silenciador que tanto vira nos filmes de ação?

–O que pensa que está faz...

O jovem rapaz não teve tempo para formular a sua pergunta já que o intruso de olhos esverdeados atirou na cabeça do homem queimado, deitado no chão. Amélia novamente teve que conter um grito de horror. O tiro foi rápido e limpo, a única indicação que fora dado era o tímido filete de sangue que escorria sob a face disforme do moribundo.

Fogo e Escamas (Em processo de edição)Where stories live. Discover now