Prólogo

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[...]

Mas o sinal fechou e ficou verde para os pedestres. Será que nada estava ao meu favor nessa vida?
Fui obrigado a esperar o sinal ficar verde para os carros e vermelho para os pedestres. Eu esperei pacientemente o primeiro carro se aproximar e para a minha surpresa e felicidade, tratava-se de um ônibus. Seria muito melhor! Eu tinha certeza que o meu plano ia dar certo...
Esperei o veículo se aproximar o suficiente e quando tive a certeza que o motorista não ia mais conseguir frear, avancei e me pus na frente da lataria.
Não havia mais como voltar atrás, estava feito. A morte me esperava e eu estava ansioso para que ela fosse ao meu encontro o mais rápido possível. Morrer. Essa era a solução, essa era a minha saída. Eu nunca mais pensaria no Mateus, eu nunca mais sofreria e tampouco sentiria aquela dor que corroía coração. Eu só iria morrer... Morrer... Morrer...
O fim estava próximo. Segundo após segundo o gigante se aproximava de mim e eu tive certeza que meu fim estava anunciado quando o barulho ensurdecedor da buzina tomou conta de meus ouvidos. Não restava mais dúvidas: em pouco tempo eu estaria morto. Morto e livre do sofrimento, morto e livre do Mateus, aquele que eu julgava que fosse o grande e único amor da minha vida...

Livro dedicado à Dona Albertina como forma de homenagem a sua partida tão repentina e inesperada, a qual já encheu meu coração de tristeza e saudade. Descanse em paz, minha querida!!!










Marcas do Passado: Feridas da Alma (Em DegustaçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora