Prólogo

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Eu não consigo mais sentir minhas pernas, pulei e dançei demais, Estou muito feliz! 

Sempre sonhei em ir para a universidade, mas após terminar o colégio, eu trabalhei no ramo em que quero cursar. E isso acabou adiando a minha ida para a mesma. Mas, a cada dia que se passava, eu me apaixonava mais.

O mundo da fotografia é tão fascinante!

Você consegue ter para si aquele momento, seja ele especial ou não. E as pessoas que estão envolvidas, sabem realmente o que fazem. Isso torna tudo mais emocionante, e totalmente mágico.

_ Isso é sério? _ Eu ainda olho atônita para meus pais.

_ Vocês realmente compraram um quarto para mim?

_ Claro que é Lea! _ Meu pai diz.

_ Compramos o quarto, mas fique tranquila quanto a isso, você queria liberdade, mas você ainda não aceitou o que lhe oferecemos. Então, fizemos do nosso jeito mas em suas condições.

_ Embora essa ideia de ter você longe não nos agradar muito, nós aceitamos. Afinal, a vida é sua! _ Mamãe diz. _Estou tão orgulhosa de você!

_ Muito obrigada! _ Eu abraço os dois de uma só vez. _ Nathan ficará tão feliz quando souber.

_ Por falar em Nathan, ele ficará de olho em você mocinha! Nada de ficar saindo e beijando todo mundo que você vê na sua frente!

_ Papai! _ Eu o repreendo. _ Nathan é meu namorado! eu o amo, e o senhor sabe disso! Não fale umas coisas assim, que me dói o estômago só de pensar em não tê-lo ao meu lado.

_ Eu estava brincando, Florzinha! _ Ele ri.

_ Conte a novidade hoje á noite! Ele virá aqui. _ Mamãe diz, e eu faço uma careta.
Não estava sabendo dessa sua visita. Mamãe percebeu meu estado, e logo se explicou:  _ Teremos convidados, o jantar de hoje será especial!_ Eu não sabia disso.

_ Tudo bem. _ Sorrio para os dois.

_ Fique linda, bonequinha! _ Papai beija meus cabelos.

Eu poderia ter seguido a profissão de meus pais: mamãe é pediatra, e papai é obstetra. Mas, eu preferi me entregar a minha paixão. Desde pequena, eu amo câmeras. Mas, não gosto de ser modelo, gosto de ser quem tem o "poder" de gravar o momento.

Vocês devem estar se perguntando: "Por que Harley Collins, está indo para esse lado? Por que não continuar o legado da família?"

Primeiro: Eu odeio hospitais.
Segundo: Eu não aguento ver sangue, desmaio na hora!

Não! Eu não sou fresca! Tenho meus motivos! Vou contá-los:

Quando você é pequeno, ir para o trabalho de um de seus pais é a realização de um sonho. E é muito divertido! No meu caso, não foi "tããão divertido" assim.
Papai, teve que fazer um parto de última hora. E como não dava para ficar com ele, me levaram até minha mãe.
E nesse caminho percorrido nos corredores, eis que me aparece um cara que sofreu um acidente. Os enfermeiros entraram com a maca no corredor em que nós passávamos, eles meio que gritaram um pedido de licença. E na hora eu logo me encostei na parede, não queria que algum deles acabasse batendo em mim sem querer. E foi aí que tive a visão do inferno! me desculpem falar assim, mas o negócio foi feio! O tal cara estava com uma fratura exposta na perna, e suas roupas pretas, estavam rasgadas. Devido ao seus esfolamentos, havia sangue para todo lado. Isso é uma coisa forte para se ver quando se tem apenas sete anos de idade!

[...]

Me olho mais uma vez no espelho:

Maquiagem? Ok.
Cabelos? Ok.
Roupas? Ok.

Colega de quarto Onde as histórias ganham vida. Descobre agora