Capítulo 2 - Cativa

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ATENÇÃO! As imagens deste capítulo foram editadas para o livro Reich - entre vampiros e deuses e estão protegidas. Não devem ser copiadas para outros fins que não estejam relacionadas a Reich.


O travesseiro embaixo da minha cabeça estava mais duro do que o normal e minhas mãos se encontravam em uma posição estranha. Tentei esfregar as pálpebras ainda fechadas para espantar o sono que deixava o meu corpo pesado e dormente, quando percebi que não conseguia mover o punho direito. Também havia acordado desorientada. Meus olhos logo se arregalaram, tentando captar as nuances do quarto no breu que me cercava. Onde estava? Percorri a memória dos últimos acontecimentos: o clube Reich, o belo homem de queixo quadrado e ar sombrio, nosso encontro no escritório, os braços fortes, aquele beijo. Ah, a boca sensual na minha e o...

Filho da mãe!

Odiava agulhas, principalmente quando eram espetadas em meu pescoço. Será que eu ainda estava no Reich? Quanto tempo fiquei desacordada? Teria Takao me procurado? Nunca fui capturada antes, por isso me sentia frustrada e incompetente. Permiti sentir aquele momento de pânico por acordar presa em um lugar escuro, antes de tentar me acalmar. Ok, eles me pegaram de surpresa uma vez, mas não permitiria que o fizessem de novo. Respirei fundo, para me acalmar, e tentei raciocinar. Estaria em algum tipo de cela? Pelo menos não me deixaram em um chão frio, havia um colchão macio embaixo de mim.

Estiquei meu braço livre, tentando alcançar qualquer coisa que pudesse indicar onde me encontrava, no entanto, o colchão era grande, maior do que um de casal comum. Os dedos deslizaram pelo lençol macio até tocar em algo frio. Um corpo? Mesmo sem saber quem era, agarrei o braço e sacudi, tentando acordá-lo. Nada. Finquei as unhas na pele, mas não adiantou. Onde me meti? Quem era essa gente que dopava pessoas e as prendia em quartos escuros?

 Onde me meti? Quem era essa gente que dopava pessoas e as prendia em quartos escuros?

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Levei a mão para o meu outro lado, me esticando o máximo que conseguia. Tateei o vazio e terminei esbarrando em uma mesa de cabeceira e em um abajur. Isso! Encontrei um interruptor na base e uma luz suave iluminou o lugar. E que lugar! Não era uma cela, como imaginara, estava em um lindo quarto moderno em tons terrosos com dourado, cortinas grossas e uma cama gigantesca. Espiei com cautela o corpo ao meu lado e quase gritei de susto. A pessoa adormecida era o cara do clube! Por que estava deitado comigo e só de short? Eu queria tanto bater nele por ter me drogado, mas não podia arriscar acordá-lo.

Calma, Isadora, continue raciocinando.

O único objeto perto de mim era o suntuoso abajur com base de madrepérola. Observei seus delicados enfeites em arabesco de metal dourado. Não serviria muito como arma, além de ser minha única fonte de iluminação. A menos que... Arranquei com facilidade uma de suas pequenas hastes metálicas. Às vezes ser bizarra tinha suas vantagens, minha força acima do normal era uma delas. Com a arma improvisada em mãos, deixei minha audição fluir livre. Nada de passos, conversas ou qualquer outro ruído por perto, além dos batimentos do meu coração.

Reich - AMOSTRA DA 2ª EDIÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora