– Bom, que tal simpaticíssimos paramédicos?
– Não – ordenou uma voz por trás delas.
Lauren mal olhou para Taylor por sobre o ombro
– E por que não?
– Porque já chega de ataques. Ela pode precisar de sangue humano, mas não terá de caçar para conseguir. – A expressão de Taylor era carrancuda e hostil, mas trazia um ar de determinação implacável.
– Existe outra maneira? – perguntou Lauren com ironia.
– Você sabe que sim. Encontre alguém que esteja disposto... Ou que possa ser influenciado a isso. Alguém que o faça por Camila e seja mentalmente forte o bastante para lidar com isso.
– E eu devia saber onde encontrar tal modelo de virtude?
– Leve-a à escola. Encontrarei vocês lá – disse Taylor, e desapareceu.
Elas deixaram a cena ainda em alvoroço, as luzes piscando, as pessoas zanzando. Enquanto partiam, Camila percebeu algo estranho. No meio do rio, iluminado pelas lanternas, havia um carro. Estava completamente submerso, a não ser pelo parachoque dianteiro, que se projetava da água.
Que lugar idiota para estacionar um carro, pensou ela, seguindo Lauren de volta ao bosque.
* * *
Taylor recuperava as sensações.
Doía. Ela pensou que havia superado a dor, que não sentiria mais nada. Quando pegou o corpo sem vida de Camila da água escura, ela pensou que jamais sentiria dor novamente porque nada seria páreo para aquele momento.
Taylor estava enganada.
Ela parou, e apoiou a mão que não estava machucada numa árvore, a cabeça baixa, respirando fundo. Quando a neblina vermelha clareou e ela pôde enxergar novamente, Taylor continuou, mas a dor que queimava no peito não diminuía. Pare de pensar nela, disse a si mesma, sabendo que era inútil.
Mas ela não estava verdadeiramente morta. Isso não valia alguma coisa? Taylor pensou que jamais ouviria sua voz novamente, jamais sentiria seu toque...
E agora, quando ela a tocou, queria matá-la.
Ela parou novamente, curvando-se, temendo vomitar.
Ver Camila daquele jeito foi uma tortura pior do que vê-la fria, inerte e morta. É possível que Lauren a tenha deixado viva por isso. Talvez esta fosse a vingança dela.
E talvez Taylor devesse fazer o que pretendia depois de matar Lauren. Esperar até o amanhecer e tirar o anel de prata que a protegia do sol. Banhar-se no abraço feroz daqueles raios até que queimassem a carne em seus ossos e eliminassem a dor de uma vez por todas.
Mas ela sabia que não faria isso. Enquanto Camila andasse pela face da Terra, ela jamais a deixaria. Mesmo que ela a odiasse, mesmo que a caçasse. Ela faria qualquer coisa para mantê-la segura.
Taylor pegou um atalho para o pensionato. Precisava se limpar antes de permitir que os humanos a vissem. Em seu quarto, ela lavou o sangue do rosto e do pescoço e examinou o braço. O processo de cura já começara e, concentrada, ela o aceleraria ainda mais. Estava esgotando rapidamente seus Poderes; a luta com a irmã já a enfraquecera. Mas isso era importante. Não por causa da dor – Taylor mal dava por ela – mas porque precisava estar preparada.
Lauren e Taylor esperavam na frente da escola. Ela podia sentir a impaciência da irmã e a presença selvagem de Camila no escuro.
– É melhor que isto dê certo – disse Lauren.
Taylor não disse nada. O auditório da escola era outro centro de comoção. As pessoas deviam estar desfrutando do baile do Dia dos Fundadores; na realidade, aqueles que ficaram durante a tempestade andavam de um lado a outro ou se reuniam em pequenos grupos para conversar. Taylor olhou por entre a porta aberta, procurando mentalmente uma determinada presença.
Taylor a encontrou. Uma cabeça castanha estava curvada sobre uma mesa no canto.
Austin.
Austin endireitou o corpo e olhou em volta, confuso. Taylor desejou que ele saísse. Precisa de ar fresco, pensou ela, insinuando a sugestão no subconsciente de Austin. Você está com vontade de sair por um momento.
A Lauren, parada invisível pouco além da luz, ela disse, Leve-a para a escola, para a sala de fotografia. Ela sabe onde fica. Não se mostre antes que eu autorize. Depois voltou e esperou que Austin aparecesse.
Austin saiu, o rosto exausto virado para o céu sem lua. Tomou um susto violento quando Taylor falou com ele.
– Taylor! Você está aqui! – Desespero, esperança e horror lutavam para dominar sua expressão. Ele correu até Taylor. – Eles... conseguiram trazê-la de volta? Há alguma novidade?
– O que você soube.
Austin a encarou por um momento antes de responder.
– Dinah e Normani apareceram dizendo que Camila tinha caído da ponte Wickery com meu carro. Disseram que ela... – Ele parou e engoliu em seco. – Taylor, não é verdade, é? – O olhar de Austin era suplicante.
Taylor desviou o rosto.
– Ah, meu Deus – disse Austin com a voz rouca. Ele se virou de novo para Taylor, apertando os olhos com as mãos. – Não acredito; eu não acredito. Não pode ser verdade.
– Austin... – Taylor tocou o ombro do rapaz.
– Desculpe. – A voz de Austin era áspera e entrecortada. – Você deve ter passado o diabo e aqui estou eu, piorando tudo.
Mais do que imagina, pensou Taylor, a mão de afastando. Ela veio com a intenção de usar seus Poderes para convencer Austin. Agora parecia algo impossível. Não podia fazer isso, não com o primeiro – e único – amigo humano que teve neste lugar.
Sua única alternativa era contar a verdade. Deixar que Austin tomasse a decisão, sabendo de tudo.
– Se houvesse alguma coisa que você pudesse fazer por Camila agora – disse ela –, você faria?
Austin estava perdido em emoções para indagar que pergunta idiota era aquela.
– Qualquer coisa – disse ele quase com raiva, passando a manga da camisa nos olhos. – Eu faria qualquer coisa por ela. – Ele olhou para Taylor de um jeito quase desafiador, a respiração trêmula.
Meus parabéns, pensou Taylor, sentindo o estômago ruir de repente. Acaba de ganhar uma viagem para Além da Imaginação.
– Venha comigo – disse ela. – Tenho que mostrar uma coisa a você.
Notas finais.
Para compensar a demora, venho com essa atualizaçao de um capítulo bem grandinho em duas partes... Comentem, (por favor) quero saber a opinião de vocês sobre como estou indo... Se eu estiver indo mal, paro de escrever e excluo esta fic. Se gostarem, eu continuo, podem favoritar, votar, etc...
Me sigam no Twitter: MarinaV81618329 (estranho esse monte de número, eu sei kk)
Enfim...
Beijos .
– Mah *-*
BẠN ĐANG ĐỌC
The Fury - Vampire Diaries (Camren adaptation)
Ma cà rồngCamila: A garota dourada de Fell's Church está morta. As consequências de sua devoção a Taylor- e a irresistível atração por Lauren- a levaram por um caminho temido, mas também desejado Taylor: Atormentada por perder Camila. Taylor está decidida a d...
Capítulo 2 - parte 2
Bắt đầu từ đầu