Capítulo 1 - Daniel

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CAPÍTULO 1 - DANIEL

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CAPÍTULO 1 - DANIEL

"A invisibilidade não é um dom, é uma maldição "

Cheguei à conclusão que alguns adolescentes na faixa de 14 a 18 anos podem sofrer de uma doença chamada invisibilidade, cujo maior sintoma era a exclusão social e uma séria tendência a pensamentos de extermínio escolar em massa, que excluiria o zelador e a moça da cantina. E por algum motivo eu sofro dessa doença.

Jack e os outros gritavam no fundo do ônibus. Eu agradecia mentalmente por ter encontrado meus fones de ouvido aquela manhã. Desde a mudança, eu definitivamente tinha desistido de encontrá-los algum dia. Minhas musicas nunca eram altas o suficiente pra que eu pudesse escapar daquela tortura de quarenta e cinco minutos. Sentava na janela. Sempre sentava na janela. Era lei, regra, cláusula pétrea.

Era uma distração ver a paisagem enquanto o ônibus estava em movimento, as nuvens que brincavam de se esconder no topo das colinas, o céu que e seus tons indiscutíveis de azul.... Eu gostava da paisagem, gostava da natureza, e da beleza que nos presenteava, gostava de imaginar não fazer parte daquele conglomerado de jovens, gostava de pensar que fazia parte do azul do céu como Angélica, não como as pessoas da escola e do ônibus. Meu pai dizia que era bom pra mim, que as pessoas não me compreendiam o suficiente e que me afastar deles era a melhor alternativa, até que aprendessem a lidar comigo.

Só que hoje eles passavam dos limites. Jack apontava o dedo para todos. Faziam brincadeiras e ofendiam constantemente o garoto ruivo que sentava no banco da frente. Ele era neutro, assim como eu também era. Quase nunca faziam chacota com ele, talvez por ser novo ou por ser um pouco retardado.

Era invisível.

Tão quieto que só descobria que ele estava no ônibus, quando os outros garotos comentavam dele. O pobre garoto ruivo caiu na besteira de usar uma camisa (creio eu) do seu antigo colégio, que perdeu vergonhosamente no último jogo das oitavas de final, para o nosso time. Era de certa forma triste. Fazia pouco tempo que ele havia sido transferido. Cursava o mesmo ano do meu irmão, que sempre tinha palavras novas pra descrever o quanto o garoto novo era diferente, esquisito e mudo. Eu achava difícil ele ser mudo, nunca ouvi sua voz, nem qualquer murmúrio vindo dele. Era triste. Muito triste. Eu era invisível aos olhos dos outros, e ele fingia ser.

Não conseguia me lembrar muito bem. Acho que desde que eu entrei na escola as pessoas me evitam. Minha mãe sempre implicava com os amigos que eu encontrava ou fazia no caminho da escola. O que rendia muitas brigas em casa e várias idas ao meu médico. Aparecer com George, meu primeiro namorado em casa, foi mais fácil para meus pais do que o retiro de férias do ano passado. George e eu estudamos juntos em um colégio interno em Denver. Tinha a pele escura como café, olhos negros e cabelo curto, seu sorriso largo e os dentes incrivelmente brancos. Ele parecia ser sempre o único garoto que conseguia ficar bem vestindo calças cáqui e suéter preto. De todos os alunos George era o único que conseguia se destacar em todas as aulas e estava entusiasmado até mesmo para inspeção de quartos. Antes de ser meu namorado, George foi o meu melhor amigo, sempre ficávamos juntos, seja para fazer as refeições ou o dever. Conseguia decifrar o que ele estava lendo só com a expressão que fazia.

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