Ascende o Coração

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     Anna parecia está se acostumando com as crianças Perdidas, eu não esperava que ela fosse se adaptar tão rápido, mas ela estava conseguindo, estava preocupada se deveríamos voltar ou não, pois sabia que se voltasse seríamos separadas, mas talvez aquela fosse uma nova chance.

     — Desde que chegou você está muito pensativa. - Peter se aproximou de Vaiola que parecia pensativa do lado de fora da pequena casa.

     — Eu só estava pensando em algumas coisas. - respondi.

     — Não está feliz aqui? - Peter parecia triste ao perguntar aquilo.

     — Não e isso, eu só tava pensando se voltarmos, talvez eu não veja Anna mais, e eu não quero ficar longe dela. - me virei para olhar em seus olhos.

     — Você não precisa voltar, você pode ficar aqui na terra do nunca, com as crianças, com... você vai ter as aventuras que sempre quis. - ele falava ficando cada vez mais perto.

     — Eu sei, eu quero escrever sobre todas elas, mas isso vale mesmo a pena? Tipo eu amo livros físicos e só ler não tem a mesma emoção que tocar cada página. - respondi

     — Wendy sentia algo parecido quando disse que queria crescer. - ele se afastou ficando triste.

     — Você a amava, Peter você já se apaixonou?

     — O que é isso? - ele perguntou confuso.

     — Se apaixonar, bom acho que Wendy sentiu isso quando te beijou, aquilo era amor, mesmo que ela tenha escolhido partir, ela te amou Peter, se apaixonar e quando seu coração queima, e como acender uma luz, você deseja estar perto daquela pessoa sempre, não quer que ela vá embora nunca, e amar e como se sua vida dependesse daquela pessoa incondicionalmente. - expliquei.

     — Amar também e ver alguém crescer e esperar por essa pessoa até que ela esteja pronta? - Peter perguntava.

     — O que quer dizer? Bom e na verdade!

     Aquela pergunta parecia estranha, mas entendia os motivos de Peter, ele nunca conheceu o amor, mas se conheceu já não se lembrava como era.

     — Amar alguém, amar aqui falo as crianças a terra do nunca, te faria ficar? - ele novamente perguntou.

     — Acho que sim Peter.

     — Eu já volto. - ele dizia voando para longe.

     Voltei para dentro da casa, onde as crianças estavam todas sentadas.

     — Vaiola, você pode nos contar uma história? - Eugênio pedia.

     Eugênio era pequeno, ele usava óculos, e tinha cabelos preto, sua pele era morena, e seus cabelos cacheados.

     — Vou contar para vocês uma história que eu fiz com crianças perdidas!

     — Crianças perdidas! Sério? - Judy parecia feliz com a história.

     — Havia seis crianças perdidas, elas eram muito corajosas (...)

     Logo que contei a história todos pareciam empolgados, e foram aos poucos caindo no sono, coloquei todos em suas rede, levei Anna para uma rede que as crianças haviam feito para Anna, e fui até o quartinho que as crianças haviam dito que era o quarto que Peter preparou para mim, havia uma rede grande, cheias de livros e decorações linda, tudo que uma escritora precisava.
     Havia uma escrivaninha feita de madeira, com o que parecia ser alguns papéis e havia uma daquelas canetas de pena e um pequeno pote feito da casca do coco de tinta preta para que eu pudesse escrever.
     Me deitei e olhava para o teto aberto, havia uma das melhores vistas para as estrelas, aos poucos caia no sono. Logo Peter havia voltado, ele me procurou por todos os cantos foi quando me encontrou deitada no quarto, em suas mãos haviam um tipo de flor diferente.

     — Acho que cheguei um pouco tarde. - ele deixou a flor em cima da escrivaninha, e saindo do quarto pelo teto aberto.

Peter Pan - A Nova Companheira [COMPLETO]حيث تعيش القصص. اكتشف الآن