Capítulo 3 - Parte 2

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Parte 2 - PEDRO

O que Clarissa faz comigo? Isso não pode ser amor. Acho que é obsessão. Eu perco o senso de raciocinar quando estou perto dela. Saio da dispensa com a cabeça fervilhando. Eu sabia que ela desistiria. Aquele papo de agora eu te amo, agora quero ficar com você, era tudo mentira. Só algumas recusas e ela virou as costas novamente. Eu a perdi de vez. Vou direto para o quarto, não quero ver Clarissa desfilando com aquele idiota a tira colo. Preciso ir embora daqui. Preciso ficar longe dela. Pego minha mala e jogo tudo de qualquer jeito lá.

- Pedro? Ai Meu Deus. Ainda bem que você está aqui. Não aguento mais passar um minuto nesse lugar com essa gentinha. Vamos à delegacia. Preciso prestar queixa contra essa tentativa de assassinato - Samanta entra no quarto e fala sem parar.

- Samanta estou com dor de cabeça você pode, por favor, falar mais baixo?

- Claro meu amor. Você já tomou remédio? - Pergunta ela enquanto se aproxima com o semblante preocupado.

- Já sim, obrigado. Peguei na sua bolsa. Espero que melhore logo. Vamos embora? - Sento na cama e fecho meus olhos com as mãos. Minha vida se tornou um pesadelo nos últimos meses. Foi só Clarissa reaparecer para todo esse sentimento que eu mantinha guardado voltar a tona. Eu estava bem tranquilo na minha vida descompromissada. Curtindo todas com Dan e o Artur. E agora os meninos estão felizes com suas mulheres e eu aqui, sofrendo por uma mulher e de casamento marcado com outra. O que estou fazendo?

- Pedro - Samanta me chama e eu abro os olhos - Vamos tomar um banho? O que acha? - Diz com uma voz melosa que não me causa o mesmo frenesi de uma certa loira.

- Vamos para casa Sam. Estou cansado, e quero ir para longe.

Ela parece não entender minha recusa, pois senta-se no meu colo e começa a se esfregar no meu corpo ainda com seu short molhado. Samanta puxa minha boca para a dela e nos beijamos de um jeito estranho. Quase que obrigado. Eu infelizmente não sinto nada por ela. Estou me casando apenas por conveniência. Essa história de casamento começou depois da última vez que Clarissa me abandonou no apartamento do Dan. Eu precisava tirá-la do meu sistema e fui passar uns dias na casa da minha mãe. Lá encontrei Samanta e seus pais, amigos de longa data dos meus. Como éramos somente os dois jovens em casa, minha mãe praticamente nos empurrou porta afora. Conhecia Samanta desde pequeno. Ela morava em um bairro próximo ao meu e com amizade de nossos pais sempre brincávamos juntos. Não éramos amigos inseparáveis nem nada. Mas sempre a achei uma garota legal. Quando ficamos adolescentes ela se declarou e eu mais do que depressa corri. Nunca a tinha visto com esses olhos. Depois que saímos da casa dos meus pais, fomos a um barzinho e conversamos bastante. Entre uma bebida e outra rolou um beijo. Bebi um pouco mais por me sentir mal em não ser Clarissa e a única coisa que me recordo é acordar ao lado de Samanta no dia posterior, e aguentar o sermão da minha mãe por ter dormido com a filha de sua amiga embaixo do nariz de todo mundo. Logo depois minha mãe praticamente me empurrou para Sam e eu pensei, porque não ela? Teria que ser qualquer outra não teria? Conversei com os meus pais e seu Carlos, meu pai, foi totalmente contra. Já dona Marie, minha mãe vibrou e disse que Samanta seria uma esposa maravilhosa. Comprei um anel qualquer e no mesmo dia pedi sua mão em casamento. Mas não antes de abrir totalmente o jogo com ela. Expliquei que amava uma pessoa, e que teria que ter paciência comigo, mas que eu me esforçaria para fazê-la feliz. Ela pareceu entender e foi uma pessoa extremamente compreensiva. Disse que estaria ao meu lado em todos os momentos. E realmente foi assim. Ela se tornou uma amiga querida nas semanas que se passaram, porém tudo mudou no jantar que marquei com os meus amigos. A menina mimada e chata diante deles não parecia em nada com a Samanta que tinha aceitado ser minha noiva. E logo depois com a chegada de Clarissa tudo foi de mal a pior. A hora que ela me confrontou perguntando se era ela a garota que lhe falei Samanta mudou da água para o vinho. Não conversa mais como antes, virou uma pessoa ignorante, birrenta e mimada e o pior veio quando eu brochei. Pois é eu brochei. Samanta não é feia, pelo contrário, tem um rosto muito bonito e um charme excepcional. Mas é totalmente desleixada com a alimentação, fazendo seu corpo ficar um pouco acima do peso. Ela era o contraste da Clarissa. E foi com esse pensamento na cabeça que minha segunda cabeça, aquela que não pensa, simplesmente não quis funcionar. Achei que Samanta me largaria depois desse fatídico dia, mas não, ela insistiu para que a data do casamento fosse marcada o quanto antes. Vai entender as mulheres.

- Samanta, aqui não.

- Droga Pedro. Aqui não, na sua casa não, na casa dos meus pais não. Onde pode então? Diz pra mim. Desde que esse bando de loucos entraram nas nossas vidas que tudo desandou. Acho que deveríamos ir para a casa dos seus pais e se casar o mais rápido possível.

- Em primeiro lugar, não critique a MINHA família. Se você aceitou se casar comigo, saiba que meus amigos estão incluídos no pacote. Não vou tolerar que você desmereça ou maltrate qualquer um deles. E em segundo lugar, não vou me casar correndo por um capricho de criança mimada. Eu te pedi em casamento e você pediu um ano para acertar todos os detalhes. Você ainda tem sete meses para correr atrás de tudo. Fique calma e não atropele as coisas antes que quem desista desse casamento seja eu.

Ela me olhou com ódio e veio para cima de mim gritando e desferindo socos no meu peito.

- Você não pode me trocar por ela, não pode seu idiota.

- PARA SAMANTA. Vamos embora agora - Pego em seu braço e coloco uma das malas em meu outro braço, pegaria o restante com o Maurício depois. Desço torcendo para não encontrar ninguém, mas para o meu desespero, encontro Clarissa e Ricardo cheio de sorrisos na porta da sala. O filho de uma mãe com a mão na cintura dela enquanto mostra algo em seu celular. Observo Samanta me olhar de lado e eu afrouxo o aperto em seu braço, passando ao lado do "casal" idiota. Não me dando o trabalho de me despedir. Entro no meu carro e parto sem olhar para trás. Pelo jeito Clarissa já me esqueceu. Seguiu em frente. Era isso que eu precisava fazer de uma vez por todas.

Todo o trajeto é feito em um estranho silêncio. Mesmo nas paradas que fizemos no caminho, Samanta não me dirigiu a palavra. Estava distante e pensativa. Liguei o rádio e deixei meus pensamentos vagarem por tudo o que me aconteceu nesses últimos tempos. Eu estava empolgado com a obra da academia. Finalmente teria algo para chamar de meu e sem precisar aguentar chefes sangue sugas.

- Pedro eu gostaria de ir para sua casa - fala ela assim que entro no luxuoso condomínio onde Samanta mora com os pais.

- Hoje não Sam, desculpe-me, mas quero ficar sozinho. Amanhã conversaremos. Prometo. - Paro o carro e pego sua mão esquerda para depositar ali um beijo casto. Ela me dirigi um sorriso triste e sai do carro. Acho que até para ela está claro que esse nosso acordo não está dando certo. Observo ela andar até a enorme casa de dois andares. Grande demais para apenas três pessoas, mas enfim. Arranco com o carro e sinto meu peito se apertar. Eu precisava tomar uma decisão muito séria. As palavras de Clarissa se repetiam em minha mente

"Quer ficar com sua noiva então? Quer ser infeliz? O problema é seu (...)

(...)Então quando você acordar dessa sua vida medíocre de pessoa que se casou apenas para ter alguém lambendo suas feridas venha me procurar. O único problema é se eu não estiver mais disponível".

Seria certo causar infelicidade para Samanta? Seria certo não me permitir ser feliz? Passar a vida amargurado por não ter feito a escolha certa? As perguntas encheram minha mente e eu sabia que precisava apenas de uma coisa. Clarissa. E como não poderia tê-la teria que suprir essa necessidade de outra forma. Acelero rumo ao meu destino sem parar para pensar. A noite seria longa hoje.

a

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Até sexta.

Bjus Jess

DEGUSTAÇÃO* Minha Escolha é Você *Livro 2* Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang