Rude boy

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"Então querida como correu o teu primeiro dia?" A minha tia pergunta enquanto se serve de mais lasanha.

"Até que nem foi mau." Minto.

Foi péssimo. Para não falar do idiota do meu colega do lado, passei a aula de educação física a cair porque tenho um certo problema de equilíbrio, passei a manhã sozinha porque nenhum dos meus primos tem o mesmo horário que o meu e perdi-me umas 3 vezes. Great!

"Amanhã entras a que horas?" Phoebe pergunta.

"Acho que às 8. Porquê?"

"Podia ir contigo mas só tenho aulas às 10." Lamenta-se.

"Ohhh..." Falo um pouco triste.

"Eu podia ir contigo mas tenho aulas de condução." Louis diz bebendo do seu copo.

"Pois é, o menino está quase a tirar a carta. Depois já sabes, levas-nos onde quisermos." Digo dando-lhe uma palmadinha nas costas.

"Sonha." Diz levantando-se e deixando todos a rir.

(...)

Saio de casa depois de tomar o pequeno almoço. Louis está nas aulas de condução, Phoebe a dormir e os meus tios já saíram para o trabalho pelo que tenho de ir sozinha.

O tempo está soalheiro e apresenta sinais de chuva. Ótimo!

Depois de um bom tempo de caminhada reparo num beco perto da escola onde se encontra uma figura a fumar. É... o idiota do meu colega?

Aproximo-me.

Sim é mesmo ele e pelo cheiro não é tabaco, ew. Escondo-me num canto mais escuro e observo-o atentamente. Porque é que estou a fazer isto? Não sei.

De repente ele vira a cara encarando-me. Fico completamente atrapalhada e viro costas preparando-me para sair.

"Hey! O que pensas que estás a fazer?!" A sua voz rude assusta-me e faz-me acelerar o passo. "Estou a falar contigo!"

Ouço-o a correr atrás de mim. Oh fuck. Começo a correr também.

Estou quase a sair, quase, quase... quando uma mão me agarra o braço com força encostando-me ao muro.

"Não me ouviste a chamar-te?!"

"Eu... Hmm..." Estava completamente apavorada pelos seus olhos que agora se encontravam escuros.

"Também já não sabes falar?" Deu um riso sarcástico "Meu Deus que aberração."

"O que queres...?" Saiu mais fraco do que queria.

"Porque é que estavas a observar-me?"

"Eu pensei que... fosses alguém que eu conhecia, desculpa." Minto.

"És uma terrível mentirosa."

Pois sou.

"É verdade!"

"Não brinques comigo betinha." Apertou-me mais o braço.

"Porque é que estás sempre a insultar-me?!" Exalto-me.

"Se calhar eu só te digo o que os outros não têm coragem para dizer. Pensa nisso." Ri-se e larga-me indo-se depois embora.

Ouch.

Não posso deixá-lo afetar-me. Não posso.

Limpo algumas lágrimas que teimam em cair e depois encaminho-me de novo para a escola.

(...)

Entro na sala. Já estão todos sentados e sinto-me observada por cerca de 20 alunos assim que bato à porta.

The way you got meWhere stories live. Discover now