Agentes secretos

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-O carro está para este lado! -disse ela, com a respiração entrecortada.

-Espera. -disse Guilherme, parando de correr- Por que aquele cara tentou me matar?

-Apenas corre, por favor! -disse eu, puxando o braço dele.

-Me diz! -insistiu Guilherme.

-Escuta só, não temos muito tempo. Apenas segue a gente e você vai ficar bem. -disse eu, enquanto ele me olhava com atenção- Eu prometo.


Guilherme assentiu e começou a correr novamente. Seguimos Alice até o carro, que estava estacionado a duas quadras do colégio. Abri o carro preto e sentei no banco do motorista, mas vi que nenhum dos dois tinha entrado também. Foi aí que eu escutei.

-Não tenho certeza de que quero entrar. -disse Guilherme, confuso.

-Apenas entra na droga do carro! -disse Alice, estressada.

-Como vou ter certeza de que não querem me matar? -perguntou ele.

-Se você não entrar, aí sim eu vou te matar. -disse eu, impaciente.


Incerto, ele entrou no carro e fechou a porta. Alice fez o mesmo. Liguei o carro e quando iria dar partida, ele entrou na nossa frente. A minha respiração parou, assim como a de todos dentro do carro. Como ele pode ser tão rápido? O medo de ele ter matado pessoas no caminho cresceu em mim.

-Antes de partirem, vocês deveriam saber com quem eu estou. -disse ele e logo em seguida Alice recebeu uma mensagem.


Ela pegou o celular e, tremendo um pouco, abriu o vídeo que tinha sido enviado. Sua respiração parou quando viu Nicolas com os braços e pernas amarrados e o rosto sangrando. Isso era o que ela mais temia que acontecesse. Ela temia que ele machucasse alguém que ela ama, pois não iria suportar perder alguém assim. Perder alguém só para machucar seus sentimentos.


Ela olhou para frente, assustada, e não viu nada a não ser a pista com alguns carros estacionados. Ele tinha ido embora, como semprd faz. Rápido e de repente. Como se fosse uma mágica. Mas não era e eu sabia disso. Dei partida no carro e fomos em direção ao nosso esconderijo secreto. Para destruir o inimigo, nós iríamos precisar de mais coisas além de arma e facas. Isso não é o suficiente para derruba-lo.


Dirigi por três minutos até chegar em uma casa sem janelas. Assim que parei.o carro na frente da casa, uma parede subiu e eu entrei na casa. Saímos do carro e entramos na casa. Olhando assim ela parecia normal, mas ao entrar na biblioteca e apertar um botão, um pequeno elevador apareceu. Nós entramos e descemos apenas dois andares até chegar na sala de armas. Alice resolveu ensinar a Guilherme como atirar enquanto eu rastreava de onde a mensagem foi mandada. Tive que invadir várias coisas até que... eu consegui!

-Pessoal, consegui achar. -disse eu, chegando perto deles- Temos que ir. Agora!


Antes de sairmos, pegamos mais equipamentos por precaução. Não queria que nada desse errado ao captura aquele ser humano que estava fazendo de nossas vidas um inferno. Entramos no carro e eu dirigi ao endereço dado pelo meu computador. Atrás, Guilherme não parava de fazer perguntas. Perguntas sobre o que estava acontecendo e eu sempre dava a mesma resposta: irei te contar quando tudo isso acabar. Bom, eu esperava que isso acontecesse. Meu medo era de alguém morrer sem saber da verdade. Prometi a mim mesmo que não iria acontecer.

Quanto sonhos você pode ter?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora