Agentes secretos

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Eu não estava prestando atenção na aula de história que estava rolando bem em minha frente, pensava nas mensagens que havia recebido semanas atrás. Não só eu, mas também Alice. Havia alguém nos mandando mensagens ameaçadoras e eu estava começando a ficar com medo. Nem o nosso sistema conseguia descobrir de onde a mensagem era enviada. Estava quase fechando o olho quando vi Alice chegar correndo na sala de aula. Pela sua expressão, percebi que algo havia acontecido. Algo bem ruim.

-Com licença, professor Afonso, posso falar com Helena um minuto? -perguntou Alice, recuperando o fôlego.

-Por tanto que não atrapalhe a minha aula... Vai logo, Helena. -respondeu o Professor e eu levantei.


Andei para fora da sala com todos os olhos sobre mim e vi que o rosto de Alice estava suado.

-O que houve? -perguntei, preocupada.

-Ele está vindo. -disse ela- Ele está perto de nos pegar!


Congelei na mesma hora. Isso não podia estar acontecendo. Não agora. Entrei na sala e peguei minha bolsa, que fez um barulho quando a puxei. Já ia saindo da sala quando a voz do professor me interrompeu.

-Onde a senhorita está indo? -perguntou, curioso- Não permite que você saísse na minha aula.

-Tenho um médico marcado agora. Meu já está me esperando. -respondi e ele balançou a cabeça.

-Pode ir.


Saí da sala e Alice me deu uma arma. Escondi rapidamente, pois a câmera do colégio estava ligada. Dei algumas facas a Alice e nos viramos para ir embora, mas quando fizemos isso, nos deparamos com ele. O pesadelo da nossa vida. A pessoa que tentou nos matar e nos ameaça. Ele estava de capuz e máscara preta, impedindo de ver sua identidade. O ser humano andou calmamente até ficar frente à frente com a gente. Nessa hora, meu coração já não batia normalmente e podia perceber que o de Alice também não. Estávamos frente à frente com o inimigo.

-Que ótimo ver as duas juntas. -disse ele e imaginei que estava sorrindo- Me sigam, tudo vai ser mais fácil.

-Isso não vai acontecer. -disse eu, firme.

-Tem certeza? -perguntou, desconfiando.

-Sim. -respondeu Alice.

-Por bem ou por mal? -perguntou e ficamos quietas.

Ele entrou na minha sala e atirou para cima, fazendo todos se jogarem no chão. Observei ele andar e apontou a arma para Guilherme, o garoto que eu gosto. Mas como ele sabe disso? Não é possível...

-Já decidiu, querida? -perguntou, colocando o dedo no gatilho.


Sem pensar, pulei em cima dele, fazendo que a gente ir pro chão. Ele tentou acertar a arma em minha cabeça, mas rapidamente desviei. Pelo canto do olho, observei quando Guilherme saiu e correu com Alice para longe desse lugar. Voltei minha atenção para o inimigo e acertei um soco em seu rosto, fazendo ele ficar meio tonto. Segurando a minha arma, levantei com dificuldade e corri o mais rápido que eu pude, sem olhar para trás.


Logo alcancei Guilherme e Alice e começamos a correr para fora do colégio. Quando chegamos no portão, vimos que estava fechado. Resolvemos pular e corremos em alguma direção que Alice estava nos guiando.

Quanto sonhos você pode ter?Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu