A Carta

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Descendo as escadas para o trabalho, Rick e eu carregamos pequenas caixas cheias de verduras retiradas do freezer do primeiro andar da minha residência e colocaríamos a venda no térreo.
Embora Rick não seja forte suficiente para carregar as "pequenas caixas" de repolho e couve-flor, ele já ajudava bastante com os pezinhos de alface, couve e cheiro-verde .
Na bancada fechada pelas portas de alumínio, reorganizados cada item em seu lugar. As cenouras eram na primeira fileira. As batatas ocupavam a segunda e a terceira. E o restante das bancadas vazias que progrediam da quinta bancada até a décima e primeira foram ocupadas com nossos itens que trouxemos á venda.
Filha de agricultores estrangeiros, com traços orientais, eu morei com eles até os 4 anos no Jãpão. E com 5 meses eu vivi na Coréia do Sul.
Embora todas essas pequenas moradias temporárias da minha vida, eles preferiam vir ao Brasil quando meus avós e tios morreram.
No início foi difícil se acostumar com as atividades. Então pelas inúmeras tentativas de sobrevivência, pela lealdade dos meus país a cidade que moramos durante pouco tempo, nós éramos donos de uma plantação de batatas e cenouras.
Cada ano que se passava, mesmo não alfabetizada por completo até agora, foi se adicionando mais um item para os negócios da família.
Veio o feijão, as aboboras, o tomate, o alface e muita outras variedades de legumes e hortaliças .
Nosso imenso sonho era apenas uma coisa: "Apenas progredir para o melhor..."
Entretanto, antes que nós três pudéssemos concluir esse sonho, aos poucos quem concluiu ele, foi apenas eu e meu marido.
O terreno que antes correspondia dos meus pais, atualmente virou uma chácara e plantação de minha produção.
As vezes eu e Rick viajamos da cidade para aquele campo esverdeado, cheio de riqueza com nosso filho (Yuki).
Nas férias, nos períodos de domingo-a-domingo, em um ritimo desacelerado do tempo, minhas preocupações com trabalho sumiam temporariamente naquela área.
Nos dias que eu frequentava, até que chovia forte mas, logo após a tempestade, se fazia com as pequenas goticulas de água, dentro do ar, um pequeno arco-íris no horizonte.
Rick em uma das épocas, para conseguir relaxar sem estar dentro de uma cidade, acabava meio que fumando cerca de 3 a 4 cigarros por dia. Ele não era muito de gostar da natureza mas, tentava no maximo me surpreender com seus pequenos atos, fazendo surpresas com a terra, com nosso filho e comigo.
Yuki não era uma boa pessoa no quesito, deixar sozinho. Sempre aprontava alguma coisa e eu tinha que consertar. Embora todas as confusões que ele causava, sempre terminava com um sorriso.
[...]
Abrindo as portas do comércio,lá entravam uma pessoas de cada vez no decorrentes dos segundos.
Conhecidos e novatos da áreas vinham ver qual era a promoção do dia. Apesar que era final do ano, e todos os comerciantes da área aumentavam o preços feito loucos para lucrarem maravilhosamente, o maximo que eu vazia era adicionar entre 25 a 50 centavos a mais do que o normal para não perder a clientela. Poderia ser até uma concorrência desleal para o sindicato dos feirantes do bairro mas, nessa vida precisávamos de clientes, precisávamos de dinheiro para pagar as contas...
- Senhora Yanatsu. Tenho uma correspondência para você - Era o carteiro do bairro. Ele me me entrega a carta no meio do atendimentos as outras pessoas e vai embora.
Nesse momento eu peço para Rick assumir a barraca de vendas e vou para o balcão atrás. Começo abrir a carta envelopadas e a leio silenciosamente .

"Querida Yanatsu, estou te convidando para um casamento que irá acontecer no dia 29 de dezembro. Espero que você venha amiga, sinto muito saudades de você.
Yanatshu, eu vou precisar de um favor no dia, então venha cedo antes da cerimônia.

Obrigada.
Kuy Nagate Maru ".

Lobos SangrentosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora