Espantando tais pensamentos ela agradeceu por ter isso ao invés de ser obrigada a cumprir seus deveres de esposa. Enquanto o Duque se mantivesse afastado dela, Any suportaria qualquer humilhação.



Christopher acompanhou Dulce até a carruagem e a beijou antes que ela subisse.

- Não sabes como lamento não poder ir com você, tenho medo de como o Duque irá trata-la.

- Não se preocupe meu amor, graças à você tornei-me uma Infanta, isto é mais do que suficiente para que o Duque não me faça nada. - sorriu com tranquilidade. - Em outra ocasião eu não iria, mas preciso ver minha irmã, ela não respondeu às minhas cartas e nem de minha mãe. Preciso saber como ela está.

- Eu sei meu amor. Apenas volte logo, sentirei saudades. - Christopher acariciou seu rosto.

- E eu sentirei ainda mais a sua! - Dulce sorriu e lhe deu um rápido beijo antes de subir na carruagem.

A carruagem partiu pouco tempo depois, quando estava atravessando o portão Christopher viu um cavalheiro se aproximar.

- Senhor Christopher Uckermann? - o cavalheiro parou perto dele.

- Sou eu?! - Christopher se aproximou do homem montado ao cavalo.

- Vim de muito longe e recebi ordens para entregar-lhe este bilhete. - o homem respondeu estendendo a carta.

- De quem?! - Christopher pegou o bilhete.

- Apenas leia senhor, é importante. - o homem respondeu e deu as costas.

- Espere! - gritou, mas o cavalheiro estava longe.

Christopher abriu a carta e tomou um choque ao reconhecer a letra.

- Não pode ser! - exclamou ao começar a ler.


"Querido primo.

Estou vivo!

Infelizmente só agora pude me comunicar. Sei que acreditam que estou morto, mas estou voltando. Não posso entrar em detalhes, pois, ainda estou debilitado, mas voltarei em breve. Dê essa notícia, apenas ao, nosso tio. Sinto falta de todos e principalmente dela.

Até breve!"


A carta não estava assinada e não dizia muita coisa, mas Christopher sabia que era de Alfonso. Contendo as lágrimas de alegria ele entrou no palácio precisando disfarçar a euforia. Seguiria as recomendações de Alfonso e guardaria seu segredo até a hora certa.



Anahí suspirou exausta, os dedos latejando após subir o terceiro balde e despejar a água na banheira. Cansada ela enfiou a mão dentro do bolso do vestido e encarou o bilhete de Alfonso. Ver as linhas que ele havia escrito e as palavras que lhe havia dedicado um dia era o que lhe dava forças.

- Meu banho está pronto?! - Willian invadiu o quarto e viu o bilhete em suas mãos. - O que isso?

Antes que tivesse tempo de fazer algo, o papel estava nas mãos do Duque e com olhos furiosos ele encarava as linhas.

- Vagabunda será que nem depois de morto este infeliz me dá um pouco de paz? - gritou.

Anahí o encarou e não segurou as lágrimas quando o Duque rasgou o bilhete e jogou na banheira.

Después de Ti ✔Where stories live. Discover now