Capítulo 24 - Luhísa

Start from the beginning
                                    

Repreendi-me várias vezes, por estar pensando essas coisas. Eu deveria estar agradecendo aos céus, por ele ter entendido. Mas grande parte de mim, queria jogar tudo isso para o ar e ir pra cima dele.

- Acho que agora estamos preparados, caso ele queira dar pra trás no contrato.

- Eu acho que ele não vai dar pra trás, nos somos a única empresa que conseguiu tudo o que ele queria daquela imensa lista.

- Se nós conseguimos, outros podem conseguir. – Ele se levantou – Carlisto está nisso há muito tempo, itens ali ele sabia que só os melhores iriam conseguir, e você conseguiu o item mais importante. – Ele sorriu pra mim. – Sei que ele vai levar isso em consideração, mas Carlisto também trabalha a moda antiga, e isso pesa muito nas decisões dele de fechar ou não um contrato, já o vi pagar multas caríssimas, por conta de reportagens sobre algum membro da empresa.

- Isso não deveria manchar a reputação da empresa, ela não é feita só de um empregado.

- Mas convenhamos que ser do dono influencia.

Meu peito apertou. Merda!

- Eu quem devia esta consertando isso, não você.

- Por quê? Você que foi ofendida. – Ele virou de costas. – Ângela passou dos limites sem pensar nas consequências, e pagará por isso.

- Vamos? São quase dez horas da manhã, perderemos o café da manhã.

- Claro.

Pegamos nossas coisas e quando eu ia abrir a porta, ele me imprensou nela.

- Eu não consigo e nem quero ficar longe de você – Seus lábios arrastaram pelo meu pescoço.

Fechei meus olhos e apertei seus braços.

- Eu quero fazer isso desde que te mandei vir pra cá – Sua voz saiu arrastada e rouca no meu ouvido.

Estremeci quando ele roçou seu corpo no meu. Eu queria e não queria afasta-lo. Minha cabeça me mandava para-lo, mas meu corpo correspondia ao seu, me fazendo roçar meu corpo no dele, e cravar minhas unhas em seus braços.

- Theo... – Tentei ser racional.

Movi meu corpo pra frente, para tentar afasta-lo. Mas o gemido rouco que ele soltou antes de seus lábios encontrarem os meus, me fez perder totalmente o controle sobre minha racionalidade.

Porra!

Ele atacava meus lábios na mesma proporção que seu corpo movia-se no meu. Suas mãos subiam meu vestido. Empurrei-o mais uma vez, e dessa vez deu certo. Ele se afastou e para mantê-lo longe de vez, acertei um tapa estalado e sua cara.

- Não é não.

Respirei profundamente, tentando acalmar meu corpo. Ele era como um imã, e ia em direção ao dele, sem que eu quisesse. Mas a minha mente, essa sim, ela sabia muito bem o que estava fazendo.

- Eu não quero ter que me demitir, Theodor. – Ele me encarava, com uma das mãos no rosto, onde eu havia batido. – Então, por favor, não me agarre mais assim.

Peguei minhas coisas que haviam caído no chão quando ele me agarrou. Olhei meu celular, dando graças a deus que não tinha quebrado. Abri a porta e saí dali, sem esperar ele, mas eu sabia que ele estava vindo atrás de mim.

- Desculpa.

Ouvi quando ele me alcançou.

- Eu...

- Por favor, só não faça mais isso.

Eu não o encarei durante todo o trajeto. Com certeza seu rosto estaria vermelho onde eu o acertei, pela segunda vez em menos de vinte quatro horas.

A AmanteWhere stories live. Discover now