Repreendi-me várias vezes, por estar pensando essas coisas. Eu deveria estar agradecendo aos céus, por ele ter entendido. Mas grande parte de mim, queria jogar tudo isso para o ar e ir pra cima dele.
- Acho que agora estamos preparados, caso ele queira dar pra trás no contrato.
- Eu acho que ele não vai dar pra trás, nos somos a única empresa que conseguiu tudo o que ele queria daquela imensa lista.
- Se nós conseguimos, outros podem conseguir. – Ele se levantou – Carlisto está nisso há muito tempo, itens ali ele sabia que só os melhores iriam conseguir, e você conseguiu o item mais importante. – Ele sorriu pra mim. – Sei que ele vai levar isso em consideração, mas Carlisto também trabalha a moda antiga, e isso pesa muito nas decisões dele de fechar ou não um contrato, já o vi pagar multas caríssimas, por conta de reportagens sobre algum membro da empresa.
- Isso não deveria manchar a reputação da empresa, ela não é feita só de um empregado.
- Mas convenhamos que ser do dono influencia.
Meu peito apertou. Merda!
- Eu quem devia esta consertando isso, não você.
- Por quê? Você que foi ofendida. – Ele virou de costas. – Ângela passou dos limites sem pensar nas consequências, e pagará por isso.
- Vamos? São quase dez horas da manhã, perderemos o café da manhã.
- Claro.
Pegamos nossas coisas e quando eu ia abrir a porta, ele me imprensou nela.
- Eu não consigo e nem quero ficar longe de você – Seus lábios arrastaram pelo meu pescoço.
Fechei meus olhos e apertei seus braços.
- Eu quero fazer isso desde que te mandei vir pra cá – Sua voz saiu arrastada e rouca no meu ouvido.
Estremeci quando ele roçou seu corpo no meu. Eu queria e não queria afasta-lo. Minha cabeça me mandava para-lo, mas meu corpo correspondia ao seu, me fazendo roçar meu corpo no dele, e cravar minhas unhas em seus braços.
- Theo... – Tentei ser racional.
Movi meu corpo pra frente, para tentar afasta-lo. Mas o gemido rouco que ele soltou antes de seus lábios encontrarem os meus, me fez perder totalmente o controle sobre minha racionalidade.
Porra!
Ele atacava meus lábios na mesma proporção que seu corpo movia-se no meu. Suas mãos subiam meu vestido. Empurrei-o mais uma vez, e dessa vez deu certo. Ele se afastou e para mantê-lo longe de vez, acertei um tapa estalado e sua cara.
- Não é não.
Respirei profundamente, tentando acalmar meu corpo. Ele era como um imã, e ia em direção ao dele, sem que eu quisesse. Mas a minha mente, essa sim, ela sabia muito bem o que estava fazendo.
- Eu não quero ter que me demitir, Theodor. – Ele me encarava, com uma das mãos no rosto, onde eu havia batido. – Então, por favor, não me agarre mais assim.
Peguei minhas coisas que haviam caído no chão quando ele me agarrou. Olhei meu celular, dando graças a deus que não tinha quebrado. Abri a porta e saí dali, sem esperar ele, mas eu sabia que ele estava vindo atrás de mim.
- Desculpa.
Ouvi quando ele me alcançou.
- Eu...
- Por favor, só não faça mais isso.
Eu não o encarei durante todo o trajeto. Com certeza seu rosto estaria vermelho onde eu o acertei, pela segunda vez em menos de vinte quatro horas.
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A Amante
Romance*** CONTEÚDO ADULTO - PLÁGIO É CRIME *** Ela nunca pensou em ser amante... Ele nunca pensou que trairia a esposa... Mas pela atração e o desejo eles decidem entrar em um envolvimento perigoso e muito quente...
Capítulo 24 - Luhísa
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