Capítulo 10 - Albert

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Chego em casa e tiro a roupa, já tomei banho mais cedo mas vou tomar outro. Ligo o chuveiro bem frio, deixo a água escorrer por todo o meu corpo, e começo a pensar em como tudo derrepente mudou. A uns tempos atrás eu estava sozinho, só dando atenção ao trabalho, meio sem nada para fazer quando chegar em casa, sem em quem pensar, sem alguém pra ligar ou sair, por não ter nada para fazer que eu comprei uma cama pra deixar no escritório da boate, não tinha nada para fazer mesmo então ficava na boate e dormia por lá quando eu ficava até tarde, mas, do nada, sem explicação, eu encontro uma loira linda na minha boate, ela flerta comigo, e depois descobre que eu seria seu chefe, mas o melhor, eu agradeço por tudo que ela fez naquela noite, aquilo me fez gostar dela, achar ela especial, e realmente ela é, e confesso, foi engraçado a cara dela quando eu disse que eu era o dono, eu não quis rir na hora mas depois eu ri bastante.
Desligo o chuveiro e pego minha toalha, enrrolo na cintura e vou para o quarto pegar uma roupa, escolho uma camiseta preta com manga longa, uma calça jeans e meu tênis preferido, passo meu melhor perfume importado e seco os cabelos com a toalha, passo as mãos no mesmo e jogo a toalha na cama, olho para minha cama e ela está desarrumada, não ligo, apenas pego a toalha e penduro no banheiro, escovo os dentes, e pego uma bala de menta, pego meu relógio de pulso e olho a hora o colocando, 19:36, eu demorei tanto assim pra me arrumar?
Desço as escadas e vou para a sala, me jogo no sofá e advinha o que vem em minha mente? Evie, os beijos dela, nossa noite, tudo bem que eu fiz por impulso, mas eu não me arrependo, acho que foi a minha melhor e mais gratificante ação por impulso que eu já fiz, sinceramente, eu já queria fazer isso a um tempinho, sentir seu corpo ao meu, sentir o gosto do seu beijo, o seu cheiro, eu amo cheira-lá, isso pode ser meio paranóico, mas o cheiro dela vicia, é tão bom, muito bom. Talvez tudo do melhor da vida não venha quando esperamos, olhe para mim, eu não esperava que algo tão ótimo e maravilhoso como encontra-la pudesse acontecer derrepente.
Olho para o relógio e já são 20:04, decido ligar para ela, na quarta tocada ela atende

- Oi.

- Evie, já está pronta?

- Estou.

- Posso ir te buscar então?

- Claro, estou te esperando - Ela desliga, eu acho que estou apaixonado, não sei, beija-lá é maravilhoso, abraça-lá, toca-lá, parece que eu nasci para fazer isso, é tão bom, derrepente isso se tornou parte de mim, da minha rotina, derrepente. Eu acho que a palavra que hoje representa é: Derrepente, pois foi derrepente que ela apareceu, derrepente eu me apaixonei e derrepente ela se tornou tudo pra mim, uma parte de mim. Ela faz parte de mim, emfim, ela me completa, tudo aquilo que faltava em mim, eu achei nela, e novamente, derrepente, é ela que eu amo. Pode até ser cedo para falar que eu a amo, mas, eu nunca senti isso por nenhuma outra mulher, toda vez que eu a vejo meu coração canta, o seu toque me arrepia, seu beijo me alucina, sua voz me faz delirar, é uma droga, mas é uma droga em que eu não quero a cura.

[...]

Chego na frente de seu prédio, ela está do lado de fora me esperando, ela está magnífica, está com um vestido azul escuro, com decote V e mangas compridas, vai até acima do joelho, ela está com um salto preto e uma bolsinha também preta, ela está muito linda, ela entra no carro e eu vejo que ela está realmente uma gata. Ela se inclina e me da um selinho, ela me deu um selinho, não eu dei nela, já é um progresso. Saio com o carro e vou a um restaurante, fui lá uma vez com a Júlia em uma situação especial, quando ela disse que estava grávida, e hoje, também é uma situação especial.
Nós entramos, coloco as mãos nas suas costas a conduzindo, um homem bem vestido chega até nós

- Posso ajudar senhores? - Ele pergunta

- Poderia nos ver uma mesa, por favor? - Digo e ele se vira, começamos a segui-lo até que ele para em uma mesa vazia para dois

Leia as entre-linhasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora