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Certo, esse é o meu 103° dia de sobrevivência do mundo. Meu 103° dia sozinha, vagando por aí, com um taco de baseball,tentando procurar alguém que não me devore viva ou alguma coisa para comer.

Eu não sei exatamente onde eu estou, ou o que fazer, ou como sobreviver,mas surpreendentemente eu fiquei viva por todos esses 103 dias.

Meu mundo já era chato antes desse apocalipse todo, e com o apocalipse não foi tão ruim assim. Eu não tinha família e nem amigos para chorar e ser fraca, o que me tornou mais forte.

Meu pai era uma bêbado sem carreira, minha mãe uma prostituta barata de quinta que era mais rodada do que porta giratória de banco. E eu era filha única.

Não sei ao certo em que momento da minha vida eu decidi que queria fazer aulas de tiro, mas elas serviram nesse caso.

Numa noite eu era a pobre menina de 15 anos que tinha dois merdas como pais, e agora eu sou a menina de 15 anos que vaga por aí sozinha tentado sobreviver a zumbis. Que normal, não acha?

Minha realidade é um filme de terror, antes mesmo desse apocalipse já era. Parei de refletir sobre minha vida quando ouvi aqueles barulhos de zumbis e,logo em seguida, vi um grupo de 5 zumbis vindo na minha direção.

-Ô merda. - Disse para mim mesma.

Sai correndo para qualquer direção, eu precisava de algum lugar para me esconder mas é meio difícil quando se está no meio de uma floresta.

Minha última opção era subir numa árvore grande, e assim eu fiz. Sentei num galho grande e fiquei olhando para baixo. Perfeito, se eles não forem embora eu morro aqui. Até que isso não seria tão ruim...

Passou uma meia hora e graças a Deus, os zumbis não tinham atraídos mais o que era estranho mas nem liguei.

De repente uma flecha acerta a cabeça de um. Logo depois vejo uma mulher matando os outros quatro zumbis com uma katana.

-Ei! - Gritei e ela olhou para cima.

-Desça daí. - Falou calma.

Confiar ou não, eis a questão. Decidi confiar e descer da árvore, o que mais eu tenho a perder mesmo? Ah é, nada.

-Qual é o seu nome? - A mulher perguntou, notei que junto dela estava um homem que tinha um ar de durão, segurando uma besta.

-Katy Wilde... - Não sei porquê, mas aqueles dois me pareciam confiáveis.

-Você tá sozinha? - O homem durão perguntou.

-Estou.

-Eu sou Michonne. - A mulher se apresentou. - Ele é Daryl. - Apontou para o homem.

-Vocês estão sozinhos?

-Não, temos um grupo. - Michonne disse guardando sua Katana.

Como pedir para participar do grupo de uma forma em que eu não pareça uma completa desesperada em convivência com humanos outra vez?! Não faço idéia.

-Sabem... - Comecei a olhar para os meus pés, tentando achar as palavras certas.

-Poupe o blá blá blá, garota, é óbvio que quer fazer parte do grupo. - Daryl disse grosso.

-Como você sabe? - Perguntei tentando parecer que não ligava, mas é óbvio que eles não caíram, a quem eu quero enganar?!

-Tudo bem. - Pegou a mochila que carregava. - Fica aí, boa sorte sobre vivendo com os zumbis. - Se virou e começou a caminhar para fora da floresta.

Your Smile // Carl Grimes Where stories live. Discover now