Capítulo XIV

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Estávamos andando pelo corredor, Mar e Matt foram para os seus quartos, já Luís quis me acompanhar até o meu quarto.
No trajeto, conversávamos animadamente, até que cruzar uma curva do corredor, vejo Dylan, ele solta um bufo e vem na nossa direção, AI QUE DROGA!

- Finalmente te achei. Preciso conversar com você. - Diz ele pausando e olhando para a figura do Luís erguendo uma de suas sobrancelhas. - A sós. - completou ele voltando a me olhar.

- Ok. - falo curta. - Valeu Lu pelo passeio, até mais. - digo lhe dando um beijo estalado na bochecha. Dylan bufa.

- Tchau Li. - Disse ele caminhando pelo grande corredor, se afastando, até sair do meu campo de visão. Me viro para Dylan e o encaro.

- O que queria me dizer? - Digo por final.

- Não vi você pelo resto do dia, onde estava? A última vez que te perguntei onde ia você me respondeu com grosseria um perfeito "não te interessa". - Disse ele fazendo aspas com os dedos.

- Não devo satisfações a você. Agora me deixa em paz e vai até  a sua Laninha, acho que ela está bastante carente. - Digo grossa.
Estava pronta para virar as costas quando ele segura minha mão.

- Li, por que está agindo assim? Eu te conheço bem, sou seu Melhor Amigo. - Disse ele, aquilo me partiu o coração.

- Melhor Amigo? melhores amigos não fazem o que você me fez. - Digo levantando a curta manga da blusa, mostrando o vermelhidão que agora estava bastante roxo com as marcas dos dedos. - Melhores amigos não fazem isso! - Digo gritando.

- Me desculpe Li, eu estava nervoso, você estava em cima da MINHA namorada, eu não podia fazer mais nada, eu gritei e você não parou, esse foi o único jeito. - Disse ele, aquilo me surpreendeu.

- Então você preferi me machucar para defendê-la? Bom saber disso Dylan, assim não irei me iludir mais. Pensava que você era realmente meu amigo, o meu melhor amigo, mas isso não passa de uma ilusão. Pensava que você acreditaria em mim em tudo que eu falasse, concordaria, mas nem isso você faz! Não fomos feitos para ser melhores amigos, desde o começo, e comecei a perceber isso desde que você começou a namorar a vagabunda da Allana! - Digo e solto um suspiro. - Mas eu não irei mas te avisar, nem abrir os seus olhos, você está se metendo em uma enrascada, depois que você se magoar nem adianta me procurar, pois eu serei a primeira a dizer: "Eu te avisei!". - Digo por fim, meus olhos estavam se enchendo de lágrimas, mas não as deixaria cair.

- É, acho que não fomos feitos para ser melhores amigos... - Disse ele sério, mas seus olhos também estavam cheios de lágrimas.
Ele sai me deixando boquiaberta, eu não aguentei e gritei:

- ÓTIMO! - Um grande pedaço do meu coração desmontou, perdi uma amizade de tantos anos, não acredito que acabou assim.

Escorrego as minhas costas na parede fria do corredor, encolho as pernas e as malditas lágrimas começam a cair, uma atrás da outra, sem pausas, meus soluços eram desesperados, ultimamente eu estava tão chorona, queria os abraços de minha mãe, a única que se importava comigo, me consolava, por mais que eu aprontasse, mas uma pessoa veio na minha cabeça: Mar.

Comecei a correr pelo grande corredor a procura do seu quarto, ao chegar na porta, bato apressadamente, alguém logo vem atender.

O Idiota do Meu Melhor AmigoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora