Desejos sem Limites

Capítulo 1

Estou deitada no meu quarto às seis e quarenta da manhã olhando para o teto, preparando-me mentalmente para o que eu enfrentaria hoje. Não gosto muito de ir a tribunais, mas como é pra buscar meus direitos como trabalhador tenho que ir.

Não sei nem ainda o que vestir, não sou muito boa com roupas - vai entender né - coloco-me de pé e quando penso em ir ao banheiro, escuto uma batida e, logo a cabeça tímida de meu pai aparece pela fresta da porta.

- Posso entrar? - sorri e eu reviro os olhos.

- Já entrou né pai - sorrio de volta e vou abraçá-lo. nos encaminhamos até minha cama e sentamos.

- Ansiosa? - me olha com preocupação.

- Claro pai, odeio ir ao tribu... - ele me interrompe

- Mais não estou me referindo a isso filha, eu digo em relação a sua ida a Nova York. Não acha que é muito cedo não?

- Ai pai - suspiro - de novo essa conversa? Eu realmente amo Agloe, mais pra mim não dá mais viver aqui, as coisas são todas muito limitadas. Eu quero aventuras, viver a minha vida sem que ninguém saiba em menos de um minuto o que aconteceu ou deixa de acontecer. Isso cansa. - levanto e me afasto parando em frente a porta do banheiro.

- Eu sei Vic, eu só pergunto essas coisas por que me preocupo com você, só tenho você e não quero perdê-la.

Suspirando, caminho em direção a meu pai novamente e lhe dou um abraço.

- Pai, eu sou a sua Vic. Ninguém vai me tirar de você, a não ser que eu encontre o meu príncipe mas, mesmo assim continuarei sendo sua. Não se preocupe. Agora vou tomar banho pra não me atrasar.

- Tudo bem - meu pai fala - vou deixar você tomar seu banho. Estou lá embaixo te esperando - da um grito já do outro lado da porta para que eu possa ouvir.

Entro no banheiro, faço minha higiene pessoal, e quando saio escolho uma lingerie de seda preta, uma saia tubinho preta e uma camisa branca de cetim e scarpin preto. Pra completar o look, ponho um pó, exagero no rímel e passo bem de leve um batom rosinha.

Pego minha bolsa e desço pra encontrar meu pai, que está sentado no sofá no seu vicio de sempre: vendo basquete.

- Vamos pai, senão vou me atrasar. Depois tu assiste isso ai que você chama de entretenimento. - falei revirando os olhos.

- Ora, pra de ser tão chata mocinha. Seu velho aqui prefere ver isso do que programas de celebridades. - meu pai fala no tom sarcástico.

- Muito engraçadinho, mais eu assisto essas coisas quando não tem nada pra fazer. - faço beicinho.

Meu pai gargalha - vamos docinho, temos uma audiência pra comparecer.

- Tudo bem .

Saímos de casa, entramos no carro de meu pai e fomos ao bendito tribunal.

Duas horas e meia depois eu saio da sala de julgamento sorrindo e logo que meu pai me avista, percebe a minha empolgação.

- Eai filha, Conseguiu? - pergunta--me ansioso.

- É pai.... Eu GANHEI! Dou um grito tão alto que recebi olhares de reprovação dos seguranças e na mesma da hora me recomponho.

- Parabéns minha filha, estou muito orgulhoso de você. Que tal sairmos pra comermos algo?

- Claro pai, até por que nem deu tempo de tomar café. - minha barriga ronca só de falar em comida.

- Vamos, tem um Starbucks aqui perto, paramos pra comer algo.

Seguimos ao Starbucks e escolhemos uma mesa perto da janela, que dava pra olhar a movimentação do lado de fora.

- Pai, eu quero um Cappuccino de avelã e um croissants de frango por favor - sorrio.

- Tudo bem, me espere aqui que eu já volto. - ele levanta e segue para o balcão.

Enquanto meu pai vai fazer os pedidos, eu penso se algum dia eu vou achar alguém para que eu possa me entregar. Óbvio que já namorei uns carinhas, mais nenhum me fez sentir algo especial. Eu assisto filmes e leio muitos livros e penso se um dia a minha vida seria igual aos contos de fadas, sei que é pensamento de idiota , porém eu já sou bem crescidinha e sei o que quero da vida. Nenhum um homem irá mais me fazer de idiota. Não mesmo. E a minha decisão está tomada: eu vou pra Nova York e essa noite ainda ligo pra Paola, minha melhor amiga, pra podemos acertar tudo.

Levo um susto quando meu pai aparece do nada na minha frente e solto um gritinho, fazendo-o rir.

- O que houve? - meu pai me olha sem entender.

- Nada, é que o senhor chegou e eu estava tão distraída que nem reparei que tinha voltado - sorri sem graça.

- Ta né, mais ta pensando em que?

- Na vida. - sorrio.

Comemos em silêncio pois sabíamos o que outro estava pensando e meu pai não estava gostando nada da ideia.

Dividimos a conta, voltamos ao carro e seguimos de volta pra casa.

* Bom meninas, esse é o meu primeiro livro no Wattpad, espero que gostem. Não deixem de comentar , suas opiniões são muito importantes pra mim. Vim esclarecer que postarei toda quarta e sexta, mais sempre que der, vou tentar postar pra vocês . Beijos e saboreiem.
V.K :)