Um jogo cruel

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Harry apressou os passos para chegar logo à enfermaria quando viu que Hermione não estava bem. Ela estava pálida e uma mancha escura apareceu do nada em sua blusa cinza escuro, o que o fez pensar que pudesse ser sangue.

Contudo, ele tentou manter-se estável, para que ela não sofresse com o impacto de seus passos. Quando alcançou o corredor que dava para a enfermaria, Harry pensou em correr, mas sentiu alguém lhe agarrar o antebraço, e virou-se irritado.

- O que faz você com a minha mulherr em seus braços? - Krum esbravejou, tentando tirar Hermione, inconsciente, do colo de Harry.

- Ah, por favor! - gritou Harry de volta, e puxou Hermione, caminhando rapidamente para a enfermaria.

- Ela é minha mulher. E só eu sei como tomar conta dela.

Era verdade, pois quando Harry colocou Hermione sobre uma das camas da enfermaria, Krum empurrou Harry, puxou uma correntinha dourada do pescoço de Hermione, até trazer para fora da blusa um pingente muito gozado: não era uma jóia e sim um pequenissimo frasco, contento uma substância brilhante que Harry já conhecia. O ministro destampou o frasco que era presa à correntinha de ouro e derramou o conteúdo sobre os lábios de Hermione.

- Ela ficará bem, agora! - disse Krum, seco. - Saia, agora, quero ficar à sos com minha esposa!

- Não pense que vai...

- Saia agora, preciso falar com ela à sos.

Harry olhou para Krum, com pesar. Ele queria ficar com Hermione e ver se ela realmente melhoraria, e onde estava Madame Pomfrey? Mas sabia que não poderia se indispor com Krum, então, deixou-se vencer por ora.

- Está bem, mas eu esperarei ali fora.

Krum esperou que Harry saísse e então, olhou para todos os lados para ver onde estava a enfermeira de plantão. Como não havia ninguém na enfermaria e era perto do almoço, o ministro imaginou que ela estava almoçando.

Então se aproximou de Hermione. Ela parecia pálida e cansada, mas apesar de parecer frágil e desprotegida, o sangue ferveu nas veias do búlgaro e, sem poder se controlar, ele deu-lha um tapa.

Hermione acordou no mesmo instante, levou a mão ao peito, onde estava a grande mancha escura e depois levou a face que Krum batera.

Ela se sentou e se encolheu, abraçando os joelhos com os braços.

- Saia daqui, é uma ordem! - ela disse, num tom controlado, mas ameaçador.

- Não me faça ameaças, Hermio-ni-ne. Já estou me cansando dos seus joguinhos. Você se jogou nos brraços de Arry para que?

- Eu? Me joguei? Você está louco? Eu desmaiei... estava passando mal.

- Ela esfregou a ponta dos dedos na mancha escura e mostrou-os sujos de sangue para Krum. - Está vendo? - completou ela, sarcasticamente.

- Dissimulada! Você quer algo dele. O que é?

- Nada que te interesse - Hermione falou num tom sério. - O que faço não é da tua conta! Não gostei que tenha me batido. Você está louco se pensa que pode me tratar desta forma. Sou eu quem está cansada. Eu sei o que está tentando fazer por mim e agradeço, mas não vou permitir que me trate como...

- Como o que? Você é minha mulherr! - gritou Krum, aproximando-se de Hermione, tentando agarrar seus braços. - Como as pessoas vão confiarr em mim como seu líderr, quando minha própria mulherr não dorrme comigo e flerrta com Harry Potter. Eu tentei ser paciente, minha carra, mas minha paciência está chegando ao fim...

Adorável Prisioneira 2 (fanfic harry potter)Onde histórias criam vida. Descubra agora