Jayna:
Eu não fazia ideia de como ainda estava viva depois daquela dinâmica ridícula. Se o objetivo era “aproximar as madrinhas”, parabéns para quem inventou, porque eu só me aproximei de um colapso nervoso.
Quando finalmente voltei para o quarto, tudo que eu queria era tomar um banho quente, me enfiar na minha cama e esquecer que Savannah Clarke existia.
Mas bastou abrir a porta para a realidade me lembrar do meu azar permanente.
O estrago ainda estava lá.
Metade da estrutura da cama quebrada, o colchão no chão, meus travesseiros empilhados do jeito mais deprimente possível. E no lado oposto, a cama de Savannah intacta, bonita, convidativa.
Eu respirei fundo.
Ótimo. Maravilhoso. Lindo. Um sonho tropical.
Tirei a sandália devagar, já me preparando mentalmente para a noite desconfortável que me esperava, quando ouvi a porta atrás de mim se abrindo.
Savannah entrou.
Cabelo preso num coque bagunçado, uma saia leve balançando com o vento e aquele sorriso — irritantemente lindo — que aparecia sempre que ela estava prestes a falar alguma besteira.
— Uau… — ela disse, analisando o caos. — A cama continua morta, pelo visto.
— É. Incrível como ela não se regenerou sozinha — respondi, seca.
Savannah se recostou na porta, cruzando os braços.
— Então… você vai mesmo dormir aí? — apontou para meu colchão no chão, como se estivesse apontando para um crime.
Eu dei de ombros.
— Não tenho muita opção.
Ela fez um som baixo, entre deboche e surpresa.
— Jayna… você sabe que a outra cama é grande, né?
Meu coração deu um pulo. Um pulo estúpido, absurdo e completamente fora de lugar.
— Nem começa. — levantei a mão, como se isso fosse impedir ela de continuar.
Savannah sorriu daquele jeito torto que eu odiava… e talvez não odiasse tanto assim.
— É sério. Eu não mordo. — Ela fez uma pausa. — Pelo menos não sem ser convidada.
Eu virei o rosto na hora.
— Você é insuportável.
— Só tô oferecendo uma cama, Hughes. Não um pacto. — Ela deu alguns passos até a própria cama e sentou, batendo no colchão ao lado. — Mas se quiser dormir no chão parecendo um filhote abandonado, tudo bem também.
Cruzei os braços, sentindo o calor subir pelo corpo inteiro.
Por que ela tinha que complicar tudo?
Por que ela tinha que parecer tão confortável com a ideia?
E por que… por que isso estava me deixando mais nervosa do que deveria?
— Eu durmo no chão. — Declarei, firme. — Sem drama.
Savannah levantou a sobrancelha.
— Tá. Mas não reclama de dor nas costas amanhã.
Encarei meu colchão murchinho, minha almofada torta, meu destino trágico.
E aí ouvi a cama dela fazer um fof macio quando ela se jogou sobre os lençóis limpos e alinhados.
Engoli seco.
Talvez dormir no chão não fosse tão fácil assim.
Talvez nada sobre Savannah Clarke fosse fácil.
——
Vou postar mais 2 hoje! Desculpe o sumiço de 2 dias jkk 💗
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Between sin and touch
FanfictionElas nunca deveriam ter se encontrado. Uma vive à sombra do controle e fria, calculada, imune a sentimentos. A outra é pura intensidade, feita de impulsos e verdades que queimam. Mas o destino não quis saber do que era certo. Um olhar bastou para t...
