Capitulo 3

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   Cap 3 - A Lição numero dois diz: Confie em mim. - Não disse que não confiava em você, apenas quero saber para onde vou. - Vai para o céu. Foi tudo o que ele disse.
Maite não o questionou mais, apenas recostou o rosto ao vidro do carro e observou a paisagem. O carro de Will diminuiu a velocidade e entrou no estacionamento de um prédio. - Onde estamos? - Ela indagou. - É hora de minha namorada conhecer minha casa. - Conheço sua casa, e não é essa. - Esta é minha outra casa. - Ele disse. - Seria esta a casa onde você leva sua ‘namoradas’ para encontros nada inocentes? - Ela perguntou alfinetando-o. - Não - ele foi firme - Não costumo namorar Maite.
Minhas conquistas eu prefiro levar a motéis. Este lugar é muito intimo e eu gosto de tratá-lo como meu santuário. Esta casa foi de meus pais. - ele continuou - Como ambos estão morando nos Estados Unidos agora, ficou para mim. Venho aqui quando quero paz. Ela ficou vermelha com a resposta dele. - E o que estou fazendo aqui. - Está me conhecendo. Conhecendo todas as partes que me compõem. Quero que você seja capaz de me traduzir Maite.
Entre nós deve prevalecer o máximo da intimidade, só assim funcionará. - Will eu gostaria de saber o que você preten… Mas a frase foi suspensa e esquecida quando ele encostou o dedo indicador em seus lábios. - Agora chega Maite, é hora de se calar. Estamos aqui por um bom motivo. Teremos nosso primeiro contacto íntimo. Queria que as coisas fluíssem, mas você não é nada fácil de lhe dar. - Você quer dizer que vamos… - Vamos . - Ele disse - Mas não há necessidade de nomearmos isso, ainda não sabemos qual será o desfecho.
Preciso que entenda que há muitas maneiras de se fazer sexo. - Ele disse isso e se dirigiu ao bar da sala servindo-se de Whisky - Aceita? Ela afirmou, já estava bastante nervosa. - Existem linguagens de baixo e alto calão para denominar o ato sexual, o fato é que todas elas o definem bem, dependendo da situação. - Ele entregou a bebida a ela - Podemos fazer amor, se o ato for calmo e gentil, podemos transar se ele for sensual e intenso se for carnal. Sexo romântico, sexo selvagem, não importa. Apenas o denominamos no fim, quando finalmente entendermos o que fizemos. Compreendeu? Ela afirmou. A respiração cada vez mais desrregrada com as palavras que ele proferia. - A primeira coisa que vou fazer é mostrar a você o que eu costumo chamar de ritual de reconhecimento. Irei reconhecer seu corpo, assim como você reconhecerá o meu. Vou explorar você, com minhas mãos, minha boca e minha pele. - Ele dizia cada palavra olhando nos olhos dela - E você tentará se libertar de seus pudores e recatos e fará o mesmo em mim. Ela continuou parada. Ele se aproximava cada vez mais, já podia sentir o doce aroma do seu hálito, mas Will recuou. Ela não compreendeu, mas logo o viu baixar a luz do quarto. - Vamos tornar tudo mais interessante Maite. Vamos brincar com os sentidos. O ato sexual tem tudo haver com exploração de sentidos. Ele voltou-se para ela, mas antes se deteve em uma escrivaninha pegando algo de dentro.
Quando já estava próximo o bastante, mostrou-se a venda preta que trazia na mão. Ela recuou dois passos. - Não. - Ele disse simplesmente e ela voltou para o lugar. Will prostrou-se em frente dela, com o semblante sério e carregado. - Esta é sua chance de desistir, Moreninha . - ele disse com suavidade apesar da dureza em sua face - Se não quiser prosseguir, pare e recue agora. Mas adiante não a deixarei me deter, se persistir nas…aulas…Terá que seguir até o final disto. O que me diz? A respiração dela era irregular e pesada.
Sempre imaginara Will como um amante quente e sensual, mas agora que estava diante dele, e conhecia a verdade, soube que ele era muito mais que isso.
  
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