Lily, filha de Xavi Hernández e estudante universitária em Barcelona, sempre viveu cercada pelos jogadores do Barça - amigos que se tornaram família. Mas tudo muda quando Pau Cubarsí, recém-chegado ao time principal, cruza seu caminho.
Ele é tímido...
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O apito final ecoou pelo estádio. O Barça venceu, mas Pau mal percebeu a festa da torcida. Para ele, o jogo tinha acabado minutos antes, quando a provocação ainda ecoava na cabeça: "Bonita, hein? Essa é tua?"
Tomou banho rápido, quase sem ouvir o barulho animado do vestiário. Enquanto os outros comemoravam, ele só pensava em subir. Em vê-la.
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Lily ainda estava no camarote, conversando com Aurora, quando a porta se abriu de repente. Pau entrou com o cabelo molhado, ainda com parte do uniforme, a expressão dura.
Ela arregalou os olhos. — Pau... você jogou incrível hoje.
Ele não respondeu de imediato. Apenas a encarou, firme, como se quisesse atravessar as palavras dela. Aurora, percebendo o clima, se levantou.
— Eu vou pegar algo pra beber. — disse, discreta, deixando os dois sozinhos.
O silêncio pesou.
— Eles estavam falando de você. — soltou Pau, de repente.
— Quem? — ela perguntou, confusa.
— No campo. — Ele desviou o olhar por um segundo, mas voltou, intenso. — O Gavi, o adversário... não importa. Só sei que... eu não gostei.
Lily ficou em silêncio, sem saber o que dizer. Ele parecia tão diferente — mais direto, quase vulnerável, mas ao mesmo tempo carregado de algo que não sabia como segurar.
— Pau... — começou, tentando entender. — Você ficou estranho o jogo inteiro.
Ele respirou fundo, a voz baixa, quase um sussurro. — É porque eu não suporto a ideia de que alguém olhe pra você como se tivesse direito de te ter.
As palavras caíram entre eles, pesadas, cruas.
Lily sentiu o coração disparar. Não era uma declaração, não era confissão aberta... mas era a verdade, nua e estampada no olhar dele.
— Pau... — ela repetiu, mas a voz falhou.
Ele deu um passo pra trás, como se tivesse dito demais. Passou a mão pelos cabelos molhados, nervoso. — Desculpa. Eu não devia ter falado assim.
E antes que ela pudesse responder, ele saiu rápido pela porta, deixando-a sozinha, com o coração acelerado e a cabeça em mil pensamentos.
Aurora voltou segundos depois, mas ao ver o rosto dela, não perguntou nada. Ela estava ali, perdida, repetindo mentalmente o que ouvira:
"Eu não suporto a ideia de que alguém olhe pra você..."