Cap 22-com calma,com cuidado.

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asmin'povs

Era fim de tarde e o céu estava em tons de laranja. Yasmin estava no quarto, inquieta. Aquilo que antes era só um segredo entre ela, Valentina e Lucca agora parecia crescer no peito - como se ela precisasse dividir com alguém mais... alguém que entendesse do coração.

Desceu as escadas e encontrou Marina na cozinha, cortando legumes pro jantar.

Yasmin respirou fundo antes de falar. Estava nervosa, mas sabia que com a mãe podia ser sincera.

- O Lucca me deu um selinho hoje.

Marina levantou as sobrancelhas por um instante e depois sorriu com doçura.

- O Lucca, filho da Bárbara e do Fagner?

Yasmin assentiu, tímida.

- Foi bem rápido, mãe. A gente tava conversando no parquinho, aí ele falou que gostava de mim... e antes de eu pensar muito, aconteceu.

Marina sentou-se ao lado da filha e pegou sua mão.

- Filha... primeiro: obrigada por confiar em mim. Isso é muito importante. E segundo: eu entendo. Essas coisas começam cedo mesmo - esse friozinho na barriga, essa vontade de estar perto. Mas...

- É cedo, né? - completou Yasmin, abaixando os olhos.

- É. Um pouquinho cedo. Não porque você fez algo errado, tá? Mas porque vocês ainda estão descobrindo o que é gostar de alguém. E isso é lindo, mas exige tempo. Calma. Leveza.

- Você acha que o Lucca foi desrespeitoso?

- Não, amor. Eu conheço o Lucca. Ele é um menino gentil, e os pais dele educaram muito bem. Só tô dizendo que vocês não precisam correr pra viver algo que pode ser bonito se for no tempo certo.

- Tá bom, mãe. Eu entendi.
- E se um dia a coisa ficar séria, a gente senta com a Bárbara e o Fagner e resolve tudo entre amigos - disse Marina, sorrindo com naturalidade.

- Vocês vão zoar a gente?

- Talvez um pouco - respondeu Marina, rindo - mas só porque é fofo. A gente cresceu junto, Yas. E ver vocês dois crescendo juntos também é especial. Só quero que seja saudável. Leve. E sem pressão.

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Lucca'povs

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Lucca'povs

Lucca chegou na sala e encontrou Fagner assistindo futebol. Sentou do lado, mexendo no zíper do moletom com nervosismo.

- Pai... posso falar uma coisa?

- Manda.

- Eu beijei a Yasmin hoje. Só um selinho. Mas eu acho que eu gosto mesmo dela.

Fagner desligou a TV e olhou pro filho com calma.

- Entendi. Foi tudo bem?

- Foi. Ela não reclamou. Só ficou meio vermelha. E depois sorriu.

Fagner respirou fundo, pensativo.

- Lucca, eu gosto da Yasmin. Ela é doce, esperta, gentil. E eu sei que você também tem um coração bom. Mas preciso te falar uma coisa, beleza?

- Beleza.

- Você ainda é muito novo. Isso que você tá sentindo agora é o comecinho do que um dia pode virar algo maior. Mas não precisa ter pressa. Sabe por quê?

- Por quê?

- Porque amar de verdade é saber esperar. Respeitar. Conversar. E vocês ainda tão aprendendo tudo isso. Então se for pra viver isso, que seja com calma. Sem pular etapas.

- Eu não quero namorar. Só... tô feliz quando tô com ela.

Fagner sorriu.

- Então isso já é muito. E se você continuar sendo gentil, sincero e respeitoso com ela, tá no caminho certo. Só lembra: mais importante que gostar, é cuidar.

Lucca assentiu.

- Eu vou cuidar.

Fagner deu um tapinha no ombro do filho.

- E me avisa se for dar presente. aí eu te ajudo

Lucca riu.

- Tá bom.

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𝓃𝓸 𝒻𝓊𝓃𝒹𝓸, 𝓈𝑒𝓂𝓅𝓇𝑒 𝒻𝑜𝒾 𝓋𝑜𝒸𝑒  𝓗𝓛 Where stories live. Discover now