Capítulo 2 - Que lata é essa?

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Começa mais um dia, normal. Eu acordo e meu pai na sala com uma cerveja na mão e fala pra mim com sua voz de bêbado:

-Vá fazer o seu café e depois vá para cozinha. Deixei um papel do endereço da nova escola e vá a pé!

Como se dá a perceber, a frase não tem sentido nenhum. "Vá fazer o seu café e depois vá para a cozinha". Mas,eu já não vou estar na cozinha quando for fazer o café? E ainda temos "Deixei um papel do endereço da nova escola e vá a pé". Vou a pé para onde? Esse é o português do meu pai. Traduzindo:

-Vá na cozinha e faça seu café, em cima da mesa tem uma folha com o endereço da sua nova escola. Vá para a escola a pé!

Tudo bem, fiz exatamente o que meu pai falou e depois fui para a escola a pé. Não, nunca perderia a oportunidade de fugir daqui! Tomei o café, deixei a folha, arrumei minha saída com tudo que era necessário para a minha sobrevivência. Dinheiro eu pedi para meu pai assim:

-Pai, me dá mil reais?

-Sim, pode pegar tudo que quiser, o dinheiro esta no quarto! Falou ele com a mesma voz de bêbado.

É claro que se meu pai não estivesse bêbado, ele não me daria jamais esse dinheiro. MIL REAIS! Enfim, peguei o dinheiro no quarto e sai, finalmente!

Para começar, eu sei muito bem o caminho daqui para a cidade onde minha mãe mora. Basta sair da cidade e seguir o caminho de terra até a cidade. Simples assim. Se não fosse tão longe.

Porém, nesse meio caminho, entrei em um beco e algo me chamou a atenção. Encontrei uma cesta de lixo rosa. Mas nessa cidade não tem só cestas pretas? Aliás onde é que existem latas de lixo rosas neste mundo? Curioso, olhei por dentro do lixo, nada dentro. Essa é a cidade com mais lixo que já vi, como essa lata não tem nada? Foi aí que as coisas ficaram malucas. A lata começou a ser puxada para cima por alguma coisa de metal. Fiquei surpreso e assustado. Olhei para os lados para ver se tinha alguém por perto fazendo isso. Não tinha ninguém e quando a lata chegou no topo, mostrou um caminho escondido.

Entrei  e me senti estranho, estava sendo levado para outro mundo....

ATENÇÃO : A PARTIR DE AGORA, TUDO NESSA HISTÓRIA FOI PENSADO NO MOMENTO QUE FOI ESCRITO, DIFERENTE DAS PARTES ANTERIORES,  EU PENSEI UMAS 3 VEZES ANTES DE IR PARA O AR! Boa leitura!


A primeira coisa que vi foi um grande corredor, ele era largo e escuro. Assim que entrei, meu relógio de pulso soltou do meu pulso e ficou girando no teto como se fosse uma hélice de helicóptero. Como não consegui pega-lo,continuei andando.

Após isso,vi uma grande escada... minhas pernas tremiam de medo. Logo pensei:

"-Mas lucas,se você é homem, vá lá,enfrente seus medos!"

Bem, acabei de cometer meu pior erro. Após descer as escadas escuras, vi uma porta roxa, escrito "entre" , na curiosidade, abri e eu voltei pra onde eu estava! Hã?

Logo a porta roxa se fechou, sem ao menos ter tempo para voltar. A mesma,virou o lixo rosa. Logo que saio vejo uma carroça diferente, sem cavalo, apenas com uma espécie de mesa estranha no centro. Afinal,onde estou?

Vou para casa e vou para meu quarto, bem...lá eu encontrei. EU MESMO! Com a diferença que ele estava de armadura romana, afinando uma espécie de "varinha". Achei estranho e logo perguntei:

-Quem é você?

-Eu? Eu sou lucas,e você? Ele falou.

-Eu sou lucas,mas...porque você está no meu quarto? Perguntei.

-Mas eu estou no MEU quarto! Falou ele.

-Hã?! Como assim? Esse quarto sempre foi meu! Falei.

-Não acredito! Será que é verdade,ou só mais uma pegadinha? Falou ele praticamente sussurrando.

-O que pode ser verdade? Pergunto,sem entender o que está acontecendo.

-Olha,se for uma pegadinha, você já foi longe demais. Parou, ok? Falou ele como se tudo isso fosse uma pegadinha.

-QUE PEGADINHA? Eu não estou entendendo mais nada, ou você não percebeu?

-É, não tem jeito, espere,  vou chamar meu pai.

Ele saiu em direção a sala com uma cara de assustado e as mãos tremendo. Eu não estou entendo nada,  deitei na cama e fiquei pensando no que estava acontecendo. Até que ele voltou e falou:

- Vou ter fazer o teste com você ou melhor...eu!

- Que tipo de teste? Perguntei preocupado.

- Unf! Teste de clonismo, não tem nada demais, vamos. Caso contrario, em casa você não fica.

Fui de modo obrigatório, e levado por uma carroça estranha. Começo a olhar tudo naquela coisa estranha. O "meu pai" pediu somente que ele fosse para o tal "teste de clonismo" sentou e esperou nossa chegada.  Achei muito estranho, pois era uma carroça, com cavalos e tudo. Porém, não se dirigia. Eu achei DEMAIS.

Chegamos então no local. Ele é todo de madeira e o sistema parece de clinica. Sentamos esperando ser chamados e logo uma moça nos chamou:

-Lucas, venha fazer seu teste! Falou ela.

Logo, entrei para fazer o tal "exame".

- Olá bom dia. Diz uma moça bonita de cabelos longos e um corpo esbelto.

- Bom dia. Respondo

- Eu já sei qual é o caso de vocês, querem ver se é clonismo? Fala ela

- Sim! Responde o outro "Eu".

- Ok. Preciso de um fio de cabelo de cada um.

O outro "eu" olha pra mim e arranca uns 10 fios de cabelo com uma tesoura na mão.

-AAAAAAAAAAAAAAAI! Também não precisa ser tão forte. Falei

- Você não se parece comigo, você sente dor. Fala o outro "eu" como se nunca tivesse sentidor dor na vida.

Logo o "meu" pai arranca um pedaço delicadamente do "meu" cabelo. (do outro "eu"). Bem que ele podia ser assim comigo né? Hunf..

- Ok meninos, vou analisar este experimento. Fiquem aqui um instante. Fala a moça bonita.

Ela pega uma caixa com espaços para vários tamanhos de cabelo, e coloca nossos cabelos com cuidado. Logo ela fecha a caixa de madeira com uma coisa preta que logo parece ser uma "tela". E assim mostra nesse negocio preto, um...Planeta?

- Ho! Eu não acredito....fala a bela moça.

- O que? Pergunta o outo "eu".

- Ele é o escolhido! Ou melhor,vocês são os escolhidos! Fala ela.

- Escolhidos? Escolhidos para que? Pergunto,ainda sem entender nada.

- Seja como for, eu iria em outros doutores, eles talvez tenham mais precisão. Fala a moça abismada!

- Pode deixar! Fala o outro "eu".

Ainda sem entender o que está acontecendo, viajamos a cidade inteira e todos falavam a mesma coisa, que eu era o "escolhido". Mas escolhido para que?

- Pai, vamos para "ela"? Fala o outro "eu".

- Tem certeza? Fala o meu "pai" do outro mundo.

- Sim,absoluta! Fala o outro "eu".

-  Ok então, você vai sofrer como um cão. E eu não vou estar lá para te proteger. Fala o meu "pai" do outro mundo.

-Ok então. Fala o outro "eu".

Ai meu deus! Vou sofrer como um "cão", vishhh... agora ferrou! Que aventuras me esperam por aqui!

Fim do capítulo 2.



O mistério da lata rosa 50%Where stories live. Discover now