ATO 11: Non è romanticismo che sto cercando.

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Dê uma espiada na dica; não há dica o suficiente que te prepare para o que vêm à seguir.

Katarina segurou minha nuca e beijou minha boca de um jeito feroz, obsceno, chegava a perversão pelos estalos que começaram a ecoar pelo vazio do quarto. Karina não foi meu primeiro beijo, mas havia sido o melhor. Não nos amamos, mas nos sentimos tão atraídas uma pela outra que nada mais importa, e aquele desejo que crescia e crescia, tornava-se cada vez mais inflamável.

Sua língua deslizava por cada canto de minha boca, beijando-me de uma forma autoritária de quem reivindica o que é seu por direito. Karina deslizou as mãos por minha pele como se dedilhasse um piano; com cautela, atenção, adorando cada tecla. E, quando agarrou meus seios desnudos e puxou-me com mais força contra seu colo, fazendo-me esfregar minha umidade em sua coxa, eu gemi.

O momento não deixa tempo para sobriedade e não há como regressar, embora eu jamais queira voltar atrás. As mãos firmes de Karina me seguram para cada vez mais perto, meu quadril ondula em um rebolar lento, para frente e para trás. Sou dissimulada quando inclino-me para frente, alcançando o maxilar bonito e demarcado, forçando seus olhos aos meus. Quase sorrio, é inevitável, mas me seguro.

Karina então me beija, e é forte, corrosivo, flamejante. Eu me agarro a ela como se precisasse de seu toque para respirar, a língua atrevida explorando cada canto de minha boca, um pouco saliva escorrendo pelas beiradas como quem anuncia nossa pressa pelo toque. Suas mãos firmes seguram meus peitos, torcem meus mamilos e estapeia minha coxa desnuda. Eu só posso suspirar, cada vez ansiando mais.

Nossa respiração, alta e forte, corta o silêncio da noite em Atenas, junto ao barulho promíscuo dos estalos de nossos beijos. Karina sabe bem o que quer, e mostra isso pela forma a qual me beija, me toca e suspira. Reivindica o que pensa ser dela, e eu deixo. Ao menos essa noite, eu deixo.

Afasto-me lentamente quando percebo ainda existir muito pano em seu corpo, um fio de saliva ligando os lábios carnudos e a pinta charmosa bem abaixo da boca. Ofereço a ela um sorriso sacana antes de lamber, ouvindo seu arquejar. Odeio admitir que tremo sob seu toque, mas é o que acontece. Se percebe, decide não dizer nada.
Levo as pontas dos dedos para seu pescoço longo, dedilhando como se fosse minha maior obra de arte. Katarina ergue os olhos escuros como as noites de Itália, encarando-me com uma devoção que faz meu coração palpitar. Fecho ambas as mãos ao redor de seu pescoço bonito, apertando o quanto acho ser viável, simplesmente porque me apetece. E ela não reclama.

Katarina ainda me encara, seus olhos brilham e me deixa orgulhosa. Deslizo as mãos de seu pescoço para a clavícula saltada, experimentando as nuances dos detalhes que a torna tão feminina. Vasculho cada canto com curiosidade e, apesar da fome, Karina não tenta me impedir.

Desfaço os botões da camisa social branca, meus dedos roçando a pele quente de sua barriga. Entreabro o tecido fino da blusa, resvalando os dedos pela barriga lisa, descendo e descendo até chegar no cós da calça.

- Tira. - não peço, é uma ordem. Refiro-me à blusa que impede de ver o que tanto quero e, ao contrário do que pensei, Karina não recusa. - Isso...

Eu me afasto para olhar quando o tecido da blusa desliza pelos braços de Karina, enrolando-se na poltrona para enfim cair sobre seus pés. Arfo, desejo latente gritando pelas frestas de minha mente quando enxergo os peitos avantajados a minha frente, envolta de uma peça de renda que grita puro pecado. Travo a mandíbula, erguendo os olhos para ela. Karina está silenciosa, apenas me encarando como se testasse minhas reações.

Não me controlo mais. Simplesmente não posso. Encho as mãos e vou para seus seios fartos, apertando, deliciando-me do suspiro alto que ganho em resposta. Volto a beijá-la, desta vez mais firme, porém sem pressa, dedilho seu corpo como faz comigo, os dedos apertando a cintura fina que cabe na palma de minha mão.

OMERTÀ: XEQUE-MATE (WINRINA)Where stories live. Discover now