Com três garrafas vazias guardadas no porta-malas do meu volvo, depois da última cirurgia de sexta-feira, com o sol esquentando as ruas de Los Angeles como se estivéssemos no deserto, decidir ir para casa.

Daria tempo de relaxar um pouco antes de me arrumar para noite agitada.

Odiava pensar na minha sala lotada, mas era um pequeno esforço. Eli gostava desses eventos sociais, Mila e sua família ficariam felizes por me verem conversando com outras pessoas além deles, e meu pai? Bem, ele poderia falar o quão bem sucedida eu era.

Minha cabeça já havia montado mil em um cenários diferentes, enquanto fazia o trajeto de casa pensei em quantos desastres poderiam acontece.

Em um desses cenários, os trigêmeos de cabelos castanhos filhos mais novos de Mila, com sua esposa 10 anos mais nova, Lauren, subiam nas cortinas e causavam uma grande confusão.

Imaginei meu pai bebendo meio dedo de whisky, e, graças a sua baixa tolerância para álcool, iria chorar como um pequeno bebê, em um discurso improvisado que faria em memória da minha falecida minha mãe.

Pensei em Eli passando por qualquer uma dessas situações com os amigos da faculdade.  Definitivamente, eu precisava ficar alerta para que todos se sentisse bem.

Nada de beber.
Nada de relaxar.

Até todos irem embora satisfeitos e felizes pra suas casas.

Estava tão imersa nos meus pensamentos sobre as possibilidades e probabilidades que quando ouvir o som do corpo caindo na água, parei no lugar. A porta de entrada da casa dava acesso ao primeiro andar completo. Ali, um único ambiente grande se dividia entre sala de estar, de jantar e uma cozinha bem equipada com uma bela ilha no meio.

Essa sala dava para o quintal. E com as portas de vidro completamente abertas, tudo se transformava em uma coisa só.

Por isso foi fácil ver o corpo feminino na água, mergulhando de uma ponta a outra na piscina, me deixando sem fôlego, quando a garota se ergueu.
Me aproximei pra ver melhor.
O cabelo era natural castanho, batendo um pouco depois dos ombros e cheio com uma franja bagunçada sobre a testa a calcinha do biquíni era definitivamente um problema.. Eu nunca tinha visto algo tão pequeno, mas no pior estava por vim.

Ela se ergueu e saiu da piscina fazendo a água escorrer pelos cabelos e adentrando nos seios.. E que seios.. Eles eram grandes e redondos os mais perfeitos que já vi em toda minha vida. Soltei um suspiro involuntário sem conseguir conter minha imaginação fértil, e para me ajudar, meus olhos também não queriam desviar.

"E alguma amiga de Eli" eu pensei
"Eloise deve tá dormindo com ela" me recriminei, sentindo meu sangue esquentar as veias.
"Não é pra você, não é pra você, não é pra você... " começei a pensar nas coisas mais broxantes possíveis.

— oi tia.. — sua voz era suave — pode me dar a toalha? Não quero continuar molhando o chão.

Só então me dei conta que estava na frente do pano, sem pensa muito entreguei o tecido pra garota que deu um sorriso meigo.

— como entrou aqui?

— Eloise pediu para eu liberar o pessoal do buffet, mas como eles ainda não chegaram e estava com muito calor, eu resolvi mergulhar, não podia? — seus olhos tinham um ar de curiosidade, seu tom de voz macio me dizia que ela não era aquela Santa toda.

Diaba Where stories live. Discover now