꒦꒷꒷꒦꧁[1]꧂꒦꒷꒷꒦

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(11 𝘥𝘦 𝘮𝘢𝘳𝘤̧𝘰,5 𝘮𝘦𝘴𝘦𝘴 𝘦 𝘥𝘰𝘪𝘴 𝘥𝘪𝘢𝘴 𝘢𝘱𝘰́𝘴 𝘢 𝘪𝘯𝘧𝘦𝘤𝘤̧𝘢̃𝘰)

Ellenó,também apelidada de Ellen, estava caçando alguns suínos,pra criar em cativeiro. Ela juntou 3 casais e foi até fácil levar os porcos pra perto do banker. Ellen já havia feito uns cercadinhos improvisados. Pra não chamar atenção,ela fez uma cabana forrada com folhas por cima,fazendo parecer uma moita. A moça colocou os porcos num cercado e algumas galinhas no outro. Os outros animais ela caça mesmo.
O banker que  Ellenó  mora é bem pequeno, só cozinha e sala (o banheiro é um buraco do lado de fora). A sala é iluminada com velas. Há muitas coisas lá, desde livros de biologia até bugigangas de caça e pesca.

Ellen terminou de alimentar os porcos, indo alimentar as galinhas. Ainda era 4 da manhã,o que era quase um bom horário pra sair, mas ela deveria ser rápida. Alguns tipos de mutantes caçavam de manhã, aproveitando animais adormecidos ou sonolentos. Ellen boceja preguiçosamente e jogar o alimento pras galinhas. O ar estava gelado, o vento soprando os aromas de terra molhada e plantas. Os ruídos são poucos, na sua maioria grilos e cigarras cantando. A moça se arrasta na direção do banker, o cansaço consumindo seu corpo e mente. O cotidiano está matando-a, as poucas horas de sono tranquilo, falta de certas vitaminas e e todo trabalho duro feito até agora.
Ellen para na porta do banker, pensativa, até escutar um ruído alto. Ela gira os calcanhares e olha ao redor freneticamente, procurando a fonte do ruído incomum. Como está escuro, é difícil disser de onde veio ou por oque foi feito. Ellen olha pra todos os lados, cerrando os olhos pra vê se enxerga melhor. Ela dá um olhada rápida pra cima, mas olha de novo, vendo a fonte do barulho. Apesar do escuro entre as árvores, dá pra notar que há um mutante lá em cima, encarando a humana com seu olhos negros. Provavelmente um mutante de ave, que geralmente ficam espreitando nas árvores. Os olhos de Ellen arregalam, a respiração parando   na garganta. Ela nunca havia tomado tamanho descuido nesses últimos meses e essa situação poderia ter sido evitada, se ela não tivesse sido tão lerda pra entrar em casa. Ellen nunca tira o olhar dos olhos do mutante, se certificando que ele não vai avançar. A humana começa à dar ré lentamente, nunca perdendo o contato visual. O mutante, ainda oculto, à segue com os olhos, analisando o corpo humano com certeza curiosidade. Assim que as costas de Ellen enscosta na porta, ela segura a manivela com as duas mãos. As pupilas do mutante se estreitam, seus olhos se arregalando e ele se mexe desconfortavelmente na árvore.  Elle se vira rapidamente e gira a manivela desesperada. O mutante solta um som estridente e mergulho na direção da humana. Assim que Ellen abre a porta, o mutante agarra ela e a puxa pra cima. Como Ellen ainda estava segurando a manivela quando foi puxada, seu braço esquerdo deslocando em todos os pontos possíveis, fazendo ela soltar a manivela e gritar agoniada por causa da dor. O mutante levanta voo, levando a humana pra uma árvore muito alta. Ele a joga num galho e pousa em frente à ela, deixando Ellen vê sua aparência. Ele é enorme, como a maioria dos mutantes, fazendo Ellen ficar parecendo uma criancinha perto dele. Ele era um mutante híbrido de coruja. Notava-se isso por causa das longas asas  e cauda manchadas de vários tons de marrom e bege. O rosto dele é bem humano tirando pelos olhos totalmente negros. Seu corpo é todo coberto por penugem e alguns amontoados de penas algumas pontas e suas mãos tem garras,assim como seus pés, que são patas de coruja.

O mutante ficou encarando Ellen por um tempo, analisando ela. Ele se aproxima lentamente com movimentos predatórios, fazendo o galho tremer um pouco. Ellen apoia contra o tronco da árvore,tentando não cair. A dor no braço latejava insuportavelmente. A moça olha pro mutante com um ódio puro em seus olhos. O mutante para de se aproximar e encara a humana. Ele parece calmo, quase se divertindo com a situação. O mutante estende o braço, querendo tocar o rosto de sua presa. Ellen se contrai mais contra a árvore, evitando o toque.

-Não me toca!- ela grita no desespero.

O mutante afasta a mão rapidamente e tomba a cabeça de lado, um pequeno sorriso de diversão surgindo. Ellen continua encarando ele, não achando nada daquilo divertido. O mutante entende a mão de novo, querendo vê mais reações da humana. Ellen se contrai de novo, mas acaba escorrendo,  ficando pendurado num braço. Ela grita, pavor e desespero exalando.

-ME AJUDAAAAAAHHHHH!!!- ela pede desesperada.

O mutante se assusta, seu sorriso sumindo. Ele levanta voo e pega a humana pelo tronco, levando ela para o chão. Assim que toca o chão, Ellen se estende, respirando fundo e tentando controlar sua respiração ofegante. O coração dela bate violentamente contra o peito, chegando à doer. O mutante senta ao lado dela, numa certa distância e tenta tocá-la de novo, mas Ellen se levanta e afasta dele.

-Não toca em mim!- ela grita com o mutante, sua voz agressiva e áspera.

O mutante dá um pulo pra trás, enquanto suas asas sacodem atrás dele. Ele corrige sua postura, ficando reto e olha pra Ellen de cima, parecendo superior.

-Dangelo não querer assustar, querer conhecer.- ele fala num tom baixo e calmo.

A respiração de Ellen trava, sua face fazendo  expressão confusa e franze a testa. Um mutante que fala? Ela não sabia que eles podiam falar, geralmente são tão agressivos. Mas esse? Esse fala, e ainda tem um tom suave, calmo. Que facilmente poderia ser uma armadilha.

-Querer saber nome. Meu ser Dangelo- ela fala um pouco mais alto e confiante, tentando ser amigável. Ele se aproxima, dando passos suaves. -Falar nome?- dá pra notar que Dangelo não é bom em falar,já que sua colocação de palavras é estranha.

Ellen trava numa posição, preparada pra correr. Dangelo parar de andar e olha pra ela,sério.

-Humano fêmea só. Aqui. Perigoso pra humano.

Ellen corre pra porta do banker (que ainda está aberta), fazendo o mutante se assustar.

-Eu não preciso da sua ajuda!- ela grita e fecha a porta por dentro, deixando Dangelo do lado de fora. O mutante encara a porta,um pouco triste por a humana não ter deixado ele ajudar ela. Ele realmente queria conhecer a humana. O mutante fica parado por mais algum tempo, até levantar vôo e ir embora.

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꒦꒷꒷꒦꧁[Mutação]꧂꒦꒷꒷꒦ Where stories live. Discover now