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Quando finalmente anoiteceu, Clarysse entrou no carro e dirigiu até a casa dos Cullen's.

Ela precisava matar todas as suas dúvidas de uma vez, já havia ignorado demais todos os sinais.

Clary descobriu ser parte do mundo sobrenatural desde muito cedo. Era uma coisa passada pela genética Lewis. Quando, ainda pequena, ela questionou no seu pai sobre porque ele não ter poderes como ela, ele falou que era uma coisa que só aconteciam com as mulheres da família, por algum motivo desconhecido. A garota nunca entendeu o porquê.

Era por causa disso, que tinha premonições, sentia o perigo e sentia o sobrenatural, como sentiu com os Cullen's.

Ao estacionar em frente a casa dos pálidos, ela respirou profundamente. Tentou convencer a si mesma de que estava tudo bem.

Esme foi quem abriu a porta.
— Entre, querida. - disse com o sorriso gentil de sempre. — Flora está dormindo.

Clarysse concordou e entrou. Quando chegou na sala, todos eles estavam reunidos lá. Isso fez Clary ter a certeza de que sabiam o que ela fazia ali.

— Quem começa? - a Lewis perguntou sem rodeios.

— Quanta delicadeza. - Emmett riu.

— Sobre o que está falando? - Edward foi quem perguntou.

A morena riu sem humor.
— Corta essa. Você parou aquela van com a mão.

Edward cruzou os braços.

— Eu não...

— Nem tente. - a garota interrompeu — Você pode ter tachado a Isabella de louca, mas comigo não vai rolar. Eu sei muito bem o que eu vi. Você conversava comigo e segundos depois você estava lá. Em menos de três segundos.

— Acho que está confusa. - Rose falou.

A Lewis a deu um olhar cortante.

— Com todo respeito; cale a boca. Eu não estou nada confusa.

Ela colocou o cabelo atrás da orelha e repassou algumas coisas, então cruzou os braços o olhar irredutível e penetrante.

— Desde que eu cheguei aqui, eu senti que tinha algo diferente em vocês. Emmett sabia que eu e Rosalie estávamos tirando racha, Edward sabia exatamente onde eu e Bella estávamos, Alice sabia que o meu pai ficaria bem, tinha certeza, Jasper me transmitiu emoções. E vocês estão todos reunidos aqui, como se vocês soubessem que eu viria. Ou vão fazer uma seita?

Ela apontou tudo de uma vez e todos ficaram em silêncio.

O que vocês são? - Questionou de vez.

Carlisle foi quem um passo a frente, a garota ergueu a cabeça.

— Vampiros. - o homem disse suavemente. Apesar da palavra ter peso de aço.

Clarysse piscou, pensando no porque aquela teoria não passou por sua cabeça.

— Que tipo de vampiros?

Os Cullen's se surpreenderam, porque ela não estava surpresa?

— Calma aí, essa não devia ser sua deixa? - Emmett quebrou o silêncio e Clary riu.

Carlisle explicou tudo, ocultando como cada um foi transformado, pois cada um deles contaria suas histórias para a garota em algum momento.

O silêncio foi rompido, por um barulho na escada. Todos eles viraram a cabeça de uma vez, encontrado fora sentada no meio da escada. A garotinha apanhou rapidamente o globo de neve que havia derrubado, e por sorte não tinha quebrado.

Os vampiros ficaram tensos. Ela tinha ouvido tudo.

— Florzinha... - Clary sorriu para menina, que terminou de descer as escadas e a morena a pegou no colo.

— Sim, eu ouvi tudo. - ela disse olhando os Cullen's.

— E... tá tudo bem? - Amélia perguntou.

Florence olhou a irmã mais velha que sorriu suavemente e tocou colar de estrela que a garotinha tinha no pescoço, aquilo a passou segurança.

— Claro! Clary me disse: Que nem todos os monstros fazem coisas monstruosas. - ela apontou Carlisle. — E você salva vidas, como salvou o papai!

Os Cullen's relaxam os ombros após a fala da menina. Apesar de Flora ter chegada a pouco tempo na vida deles, a garotinha já tinha passado muito tempo com cada um deles. Florence exalava doçura e carinho, tinha uma áurea incrivelmente doce, e cada um deles já achava estranho não ter a pequena Lewis por perto.

— Mas vocês tem mesmo que comer animais? - ela fez careta e os mais velhos riram da menina.

A leveza do ambiente foi rompida quando a pequena Flora começou a tossir e puxou o ar com força.

Clarysse a sentou na poltrona mais próxima e se ajoelhou na frente dela, tentando acalma-la.

— Ela precisa da bombinha - Carlisle disse, mas nenhum dos Cullen's lembravam de ter visto o objeto.

Clary fechou os olhos e respira fundo, então olhou uma mesa pequena, com alguns portas retratos no canto da sala, enxergando a bombinha, ela ergueu a mão e logo o objetivo flutuou até suas mãos. Os vampiros se olharam chocados.

— Aqui, estrelinha. - ela colocou na mão da irmã. — Calma, tá tudo bem...

A garotinha usou a bombinha, como já fizeram diversas vezes, e sorriu pra irmã mais que velha, quando sua respiração normalizou.

— Estou bem. - garantiu.

A Lewis mais velha deixou um beijo em sua testa, depois a abraçou com força, sentindo seu peito acalmar.

(...)



Love With MagicWhere stories live. Discover now