Prologo

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Erin

Oito anos antes

Sorrio vendo o Juan tentar pescar. Hoje tínhamos fugido, e ele resolveu que queria pescar.

_Se nos dependêssemos de você pescar, morreríamos de fome.

Digo divertida, ele me olha feio.

_Eu pesco bem, hein.

Começo a rir e me deito na manta que estava sobre a grama. Eu sei que meus pais iriam me encher depois querendo saber onde eu estava. Mas não me importava, esses momentos fugidos com o Juan valia a pena qualquer bronca. Meus pais eram pessoas muito ricas, muitos diziam que eu era mimada, por ter nascido em berço de ouro. Mas eu me conhecia, eu não era a garota cheia de frufru como meus pais queriam que eu fosse, eu não era a filha modelo. Eu era rebelde, eu era impetuosa. Prova disso era eu ficar com o Juan um cara abaixo da minha classe social, como mamãe falava, mas eu o amava. Quando o Juan foi falar com meus pais eles proibiram nosso namoro, e disseram que nunca mais eu poderia vê-lo. Mas meu amor por ele era maior. Eu continuei, e sempre seria assim, quando eu fizesse dezoito anos, iríamos morar juntos, sempre combinamos isso, nós já tínhamos um futuro traçado. Até nomes para nossos filhos nós tínhamos, se fosse menina se chamaria Suzanne, e se fosse menino se chamaria Oliver.

Levo um susto quando água respinga em mim. Olho para o Juan, que me olha divertida.

_Acorda morena, ta sonhando acordada?

Ele pergunta vindo até manta e ficando por cima de mim.

_Estava pensando quando você ia largar essa vara de pescar e me beijar.

Um sorriso malicioso toma conta de sua boca.

_Humm....vamos ver se essa boca vale a pena.

Mal ele fala e seus lábios estão sobre meus, doce e possessivo.

_Humm, vale muito a pena.

Ele sussurra me fazendo rir. Ele sorri comigo.

_Te amo Erin.

_Eu também, pescador.

Digo brincalhona e rimos, meu dia com ele foi perfeito, quando cheguei em casa meus pais me esperavam, eles me infernizaram para saber aonde eu estava. Eu disse que fui passear, e como castigo uma semana sem sair de casa e sem celular.

Eu surtei. Não tinha nenhuma maneira de falar com o Juan. Dois dias depois eu estava mal. Vomitando tontura, meus pais me levaram no medico e com ele o resultado, eu estava grávida. Eu fiquei feliz, o Juan iria adorar ter um filho, nós já tínhamos planejado isso. Mas é claro meus pais surtaram.

_De quem é esse bebe Erin?

Minha mãe pergunta andando de um lado pro outro enquanto eu estou sentada no sofá.

_Deus! Ninguém pode saber disso Erverson, já pensou em que vão dizer? Meu deus que vergonha.

Minha mãe grita, e claro ela sempre se preocupa com o que os outros v]ao pensar e não com o que estou sentindo.

_nós vamos dar um jeito Silvia. Ela vai para longe ter o bebe em outro lugar.

Meu pai diz frio tomando um gole de seu uísque, e me desespero.

_Vocês, não podem, o Juan vai assumir o bebe e eu.

Eu digo chorando, meu pai sorri sem humor.

_Então foi esse João ninguém que engravidou você.

Ele diz com desdém.

_Eu vou falar com esse filho da puta.

Minha mãe diz histérica.

Entre a Magoa e a CuraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora