Pov Lilyan:
Olho para porta da cozinha ansiosa, onde está Blander?! Eu a vi correr atrás da pessoa que raptou a bebê, desde então, não a vi mas. A fumaça já se dissipou e Blander ainda não apareceu.
Respiro fundo, ansiosa.
— Ai meu Deus, minha irmãzinha mau chegou e já foi sequestrada, papai vai me matar.— Henrique fala, desesperado.
Estralo os dedos e começo a mexê-los freneticamente.
— Calma, Lily, todos nós estamos preocupados com a pequena Rose, mas você está quase infartando.— Cat fala.
— Eu... estou preocupada com a Blander também, ela foi atrás.— Digo. Todos estamos na cozinha, esperando o alarme de emergência parar de soar.
— Não se preocupa com ela, a Blander deve saber se virar, é adulta.— Hunter fala, o mesmo está sereno, com um copo de água em uma mão e uvas na outra.
— Adulta não, jovem.— Cat fala e eu concordo.
— É maior de idade.— Hunter fala.
— Nós podemos focar em uma coisa específica?! Minha irmã sumiu, e a Blander ainda não voltou! — Henrique fala.
Um guarda invade a cozinha juntamente com outros servos.
— Vocês estão bem?! — O guarda pergunta.
Concordamos com a cabeça.
— O que aconteceu?! — Henrique pergunta.
— Fomos atacados. Mataram três guardas.— O homem fala.
Levo minha mão até minha boca, tentando segurar o grito que quis sair. Cat se segura em Henrique que está em choque. Hunter não teve reação alguma.
— Vamos, princesa, irei escolta-la até o castelo, em segurança.— O guarda fala.
— Não... Blander ainda não apareceu.— Digo.
— Bom... isso não é conosco.— Ele fala. Concordo com a cabeça, extasiada. O que aconteceu com a minha Blander?
— Tudo bem...— Digo. Me despeço de Henrique e Cat com um abraço.
— Como Cat irá para casa? — Pergunto.
— Um dos nossos irá levá-la.— O guarda fala. Concordo com a cabeça.
Passamos pelo corredor, onde aparentemente ocorreu tudo, três panos brancos cobrem os cadáveres cheios de sangue.
Sinto meus olhos arderem em lágrimas.
— Vai ficar tudo bem, Lily.— Hunter fala e tenta enxugar minhas lágrimas, seguro seu pulso antes que encostem em meu rosto.
— Não encosta em mim.— Digo e ando em sua frente, entrando na carruagem.
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Os guardas abrem a porta do castelo para que eu entre, entro em uma arrancada, indo na direção da sala do trono.
Os guardas abrem a porta.
— Mãe! — A chamo enquanto entro. Ela, que estava sentada no trono, se levanta e vem até mim, apertando minhas bochechas.
— Minha filha! Você se machucou?! Eu soube o que aconteceu lá, algum de vocês se machucou?! — Ela pergunta enquanto me analisa.
— Não... ninguém se machucou além dos guardas.— Digo, minha voz acaba saindo trêmula por conta das lágrimas.
— Então... por quê está chorando meu bem? — Ela pergunta.
— A bebê e a Blander desapareceram.— Digo.
— Blander e a filha do Duque?! — Minha mãe pergunta. Faço que sim com a cabeça.
— Ai meu Deus...— Ela sussurra.
— Mãe, por favor, dá um jeito... mãe.— Suplico a ela.
Ela concorda com a cabeça. O rei não teve reação alguma.
— Guardas! — Minha mãe chama, os mesmo entram pela sala e ficam em suas posições.
— Comecem as buscas por Blander e a filha do Duque, não parem até achá-las.—
— Estou aqui, majestade.— A voz de Blander ecoa.
Olho para trás apenas para ver a cena que faz meu coração errar uma batida e quase sair pela boca.
Blander está completamente molhada, com os cabelos encharcados, as roupas não estão diferentes, ela está segurando seu sobretudo, sua regata e seu short estão colados em seu corpo por conta da quantidade de água. Que mulher...
— Blander! Que bom que está bem! — Minha mãe fala e vai até a garota, a abraçando, a mesma parece não ter reação no início, mas depois retribui.
— O que houve? — Minha mãe pergunta.
— Eu persegui a pessoa que sequestrou a Rose até o lago, não consegui ver seu rosto e no meio do confronto, ele ou ela, seja o que for, me jogou no lago.— Ela fala.
— Mas você está machucada? — Minha mãe pergunta.
— Não.— Ela fala e minha mãe sorri.
— Agora, vá se secar, se não vai pegar um resfriado.—
— Sim.— Ela fala e sai da sala.
— Vamos fazer uma reunião Marry, as coisas não podem ficar assim.— O rei fala, minha mãe concorda com a cabeça. A mesma me dá um beijo na testa, me despeço dela e saio correndo da sala do trono, indo em direção as escadas, com a intenção de encontrar Blander.
Ela não esta na escada, então já deve ter subido totalmente, vou até a porta de seu quarto e a encontro abrindo a mesma.
— Blander! — Falo enquanto corro em sua direção, a abraçando.
Suspiro.
— Que bom que está bem.— Digo. Ela sorri para mim.
— Obrigada pela preocupação.— Ela fala.
— Por quê me agradeceria? — Pergunto.
— Você estava com o Hunter, pensei que talvez não estivesse com a cabeça em mim.— Ela fala.
— Mas o que... está perdendo a sanidade?! Eu chorei pensando que talvez tivesse acontecido algo grave com você! — Digo. Sinto meus olhos arderem novamente.
Ela me observa, mantendo meus olhos nos seus.
— Meu coração...— Ela sussurra, segurando minhas bochechas, fazendo questão de enxugar minhas lágrimas.
Sinto-me enrubescer.
Ela sorri e se aproxima, colando nossos lábios.
Seguro sua cintura, a trazendo para mais perto de mim, sentindo seu corpo gelado.
Ela chupa meu lábio inferior, fazendo um grande arrepio correr por meu corpo.
Sinto suas mãos subirem até meus cabelos, me levando para mais perto dela.
Ela aprofunda o beijo, pedindo permissão com a língua, que eu rapidamente permito, a mesma explora minha boca com sua língua, fazendo um calor agora familiar subir por meu corpo.
Suspiro durante o beijo.
Nos afastamos para que possamos respirar.
— Eu quero mais.— Digo enquanto a puxo pela cintura novamente, colando nossos lábios. O beijo acaba se tornando quente demais.
— Lily, controle-se.— Ela fala. Nego com a cabeça e volto a beija-lá, a empurrando para dentro do quarto. Me encosto na porta, a colocando na minha frente.
— Lily, não podemos.— Diz ela, se afastando.
— Não podemos por quê? — Pergunto. Ela respira fundo, por alguns segundos, vejo seus olhos ficarem vermelhos, voltando ao normal em seguida. Provavelmente foi algo da minha cabeça, uma ilusão de ótica talvez.
Ela me prensa na porta e me beija, tirando todo meu fôlego, fazendo com que eu prenda um gemido na garganta.
Ela desce os beijos para meu pescoço, ela suga a pele de meu pescoço, me fazendo suspirar. Vejo ela chegar a cabeça um pouco para trás, vejo dentes afiados brilharem com o reflexo da luz. Mas... o que?
— Blander! — Jest a chama, saindo do banheiro.
A mesma parece sair de um transe.
Ela se vira para olhar para o mesmo.
— Bom, acho que já vou indo. Nos vemos depois.— Digo. Ela concorda com cabeça. Saio do quarto. Ela me rejeitou para ficar com ele?!
Argh!
Pov Blander:
Assim que ela sai do quarto, respiro fundo e me abano.
— Quase você morde ela! O que está pensando?! — Ele fala.
— Eu não sei! Isso nunca aconteceu! — Digo.
— Então porquê aconteceu? — Ele pergunta.
— Eu... eu não sei... de repente ela pareceu tão... saborosa, bom, mais que o normal... eu senti uma alta vontade de... atacar ela. Eu precisei me controlar, ou eu ia ser muito... selvagem.— Digo e respiro fundo novamente.
— Hum... o instinto de vampira aflorado... período fértil. Ela é humana, é frágil, você ia acabar com ela.— Ele fala, concordo com a cabeça.
— Isso não deveria estar acontecendo.— Digo. Meus instintos de vampira não deveriam ser aflorados assim.
— Bom, você nunca sentiu isso, certo? Agora está sentindo. Você sempre foi apaixonada por ela, agora você está com ela, não consegue se controlar, isso é normal. Mas você tem que ser forte.— Ele fala. Concordo com a cabeça.
— Vou tentar.— Digo.
— É melhor tentar e acertar. Não quero que perca o amor da sua vida.—
— Eu também não quero perder o amor da minha vida.— Digo.
— Boa sorte, você vai precisar.— Ele fala.
— Argh. Bish está com Rose? — Pergunto. Ele faz que sim com a cabeça.
— Vamos até elas.— Digo.
Ele concorda.
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Pov (?):
Um dia Blander, um dia, você vai ser minha.
Espero que sua humana esteja preparada para a guerra. Nós que herdamos a vontade de Azymondias não vamos pegar leve. Vamos matar um por um.
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Brincando com fogo
RandomEssa aqui é a história de uma princesa muito rebelde, na qual o pai busca disciplinar para que seja a próxima rainha. Porém, como ele vai conseguir isso com a princesa sendo o significado de rebeldia? Em um dia como qualquer outro, o pai decide pega...
Operation: Don't Death
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