Capítulo 2 - Plano ����

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                  " O plano depende de uma espera que gera uma expectativa da realidade sonhada que você já imaginou acontecer e espera sentir um Déjà vi."

Cheguei cedo demais, e ainda bem que não fui para o local combinado logo de cara, por que ele não apareceu pra variar, e fico aqui observando de longe o local, sem nenhum sinal dele, me parece mais digno ficar longe do que estar lá, só que sei que não é menos digno ou mais, mas ainda assim me sinto uma idiota. Durante todo o tempo ele não chegou, e eu o esperei por mais de uma hora de atraso, moral da história: você cai em si o quanto burra foi e é. Ele mentiu para mim, ele me usou, ele, ele, ele...

Meu desejo verdadeiro é ligar para alguma de minhas amigas para desabafar, mas não posso, elas iriam falar: eu avisei, ou, por favor, Ana de novo não.

Assim como eu, todas já estão cansadas dessa novela, e elas não entendem como a grande Anaitê acreditava ainda que as coisas pudessem mudar. A verdade é que elas não gostam nem um pouco dele, mas eu sabia o que ele era. Pelo menos achava que sabia.

Talvez elas tivessem certo o tempo todo. Mas apesar de tudo não preciso ouvir aquelas palavras de falta de conforto delas. É pedir demais alguém que fale: sinto muito, muito amada? Não terei isso, então o jeito é ir embora como nada estivesse acontecido.

Decido odiar ele.

Mas como disfarça os seus sentimentos a todos? Principalmente a melhor amiga Ste? Estou cansada de disfarça, mas parece que sou boa nisso, afinal é o que fazia todo o tempo para não prejudicar ninguém, então agarro meu orgulho e prometo a mim mesma que não cometeria mais erros, não disfarçaria mais, nem a Ste, nem a John, nem a ninguém, só que simplesmente não diria nada daquela situação, serei honesta comigo mesma e sei que era melhor que nunca tivesse acreditado que as coisas poderiam mudar.

Preciso apenas de um livro, um chocolate quente e meu sofá.

Chegar em casa, era não precisar disfarçar, ou não, pois ao entrar na porta grande de madeira com detalhes rustico, o que vejo de costa ao lado de meu irmão? É ele.

Que merda o que ele estava fazendo aqui? Me fechei em minha mente enquanto disfarço fazer carinho em seu cão Petrukio — Que droga — voltar para o plano antigo: disfarce — Mais o que ele estava fazendo lá? Cara de Pau. Não foi ao encontro e estava lá. Será que tinha ido para se desculpar? para arrumar a situação e conversar?

Com todos esses questionamentos meu coração encontrou esperança do meu plano inicial. Sorri a ele, sem reação nenhuma a mais, entrei para dentro com a espera de ouvir sua voz ou um sinal me chamando, mas nada aconteceu, além dele me ignorar e em seguida ir embora sem uma palavra ou gesto.

— Parabéns para mim que cai outra fez na minha própria burrice, e faz cara de feliz ainda. - Falo comigo mesma.

Agora está decido não enfrentaria mais minhas lembranças e a ele. Apenas o apagaria. Simplesmente apagar, não deve ser tão difícil assim. Disfarçaria novamente até conseguir que fosse verdade, esse seria o plano, e talvez deveria ter sido dês do começo.

A partir de agora Anaitê Caroline Kozak - ODEIA - John Junior Valença.

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4 Semana e 5 dias perfeitos sem John Junior Valença.

Até que não está sendo tão difícil ficar longe dele, era só lembrar de tudo o que eu havia passado, ou melhor lembrar das últimas coisas que aconteceram nos dias anteriores, como ele me enganou, ignorou e pra ajuda em menos de um mês arranjou outra garota, que até já chamava de namorada. Isso é uma resposta bem grande para o meu orgulho e raiva, mas não estou pronta para ver a resposta que meu orgulho e minha raiva darão em cinco dias no mesmo local que ele, pra ajudar ele com outra, meu coração muito mais confuso, não sei se estou pronta para disfarça, mas já estou a caminho do acampamento e agradeci por ele ter ido de carro, assim consigo fazer amizades no ônibus e ser eu mesma sem precisar disfarça minha tristeza. Mas torço que o carro dele quebre, e ele não vá.

Ouço um grito agudo vindo do ônibus:

– Vamos Ana, vou dar seu lugar para outra pessoa.

– Se você fazer isso vai ficar sem salgadinho, chocolate, deixa eu ver até sem refrigerante.

–Coitada, venha logo.

Tentar subir as escadas daquele ônibus não era muito fácil com aquelas malas.

– Licença – era uma garota toda loira, isso não parecia boa indicação.

– Estou tentando ­– sorri a ela

– Então tenta melhor ­– mas nem retribuiu o sorriso

– Ou você espera ou leva minhas malas.

Antes de ela retrucar, vejo um rapaz atrás de mim, não sabia dizer se ele já estava ali, ou se apareceu agora.

– Deixa que levo madames

– Muito obrigada – Quando penso em pergunta seu nome

A mesma loira diz:

– As minhas estão lá dentro da igreja Leo.

É ela era do tipo, loira que se achava à gostosa, e folgada que acha que merecia, por ter tamanha beleza, isso me irrita. Então sorri para ele e ele retribui, mas voltou a ajudar a garota loira irritante. Sigo em frente arrastando minha mala ao final do ônibus, aonde se encontrar uma turma de pessoas que eu conheço, e claro meu lugar no lado de Ste.

– Que demora – antes de responde percebo que ela já pegou a bolsa com as bobeiras de comer.

– Sua morta de fome – Jogo meu cachecol nela sem pensar uma vez

– Sou mesmo

Ste tenta retornar o cachecol com a mesma agressividade que a minha, mas ele não chega até a mim, cai direto no chão, apenas junto ele e saio cumprimentando as pessoas. As pessoas que faz anos que não vejo, outras a um ano, do último acampamento, e algumas uns meses e outras alguns dias. Ninguém para de falar, e contar novidades, e isso mostra que começou o acampamento, então por um momento esqueço o problema que tenho e me envolvo no meio de todos.

Na hora das músicas, conheci o garoto simpático que me ajudou. O nome dele é Leonardo, mas o chamam de Leo, e frequenta uma das igrejas perto da minha, e confesso que ele é uma boa distração, não foi tão difícil como pensei, conversa com Leonardo, me tomou bastante tempo, até chegar. Mas agora que chegamos, já sou invadida por pensamento idiotas, do tipo que estou no mesmo lugar que ele, e ele está com outra, mas tudo bem agora eu o odeio, eu digo a mim mesmo.

Agora Anaitê Caroline Kozak - ODEIA - John Junior Valença.

Lembre-se, lembre-se!

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Oi pessoinhas bonitas.

Ai espero que estejam gostando, pois só está começando.

Obrigada por no se cansar de ler. 

Comente, fala bem, fala mal. Escreva. (Estou ansiosa para ler qualquer tipo de comentário novamente )

Beijos

❣ ❣ ❣ 








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