Capítulo 14 - Festa. -

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Mas uma vez meu irmão entra no quarto sem bater, estou terminando de pintar a unha.

—: Está quase na hora, vamos Ana.

—: Calma Tatu, sua festa não vai sair correndo.

As vezes para ajudar uma pessoa é preciso fazer o que ela quer no momento, por exemplo sei que, Gustavo não vai sossegar até que eu vá ver como estão as coisas, e estiver pronta para conhecer seus amigos, então termino de pintar a mão direita de qualquer jeito, deixo o esmalte encima do armário e me levanto.

—: Prometo te encontrar lá fora em dez minutos , só vou me trocar tatu, se não sair em dois segundos, vai ficar sem o meu presente.

Gustavo não pensa duas vezes , mas antes de sair consegui arrancar um sorriso meu.

—: Não demore, a e não me chame de tatu na frente do outros, já te falei que não gosto disso.

—: Irei pensar no seu caso tatuzinho.

   Antes de fechar a porta faz cara feia, demostrando que estava falando sério.

   Gustavo está em uma fase que em todo momento tenta demostrar que está ficando mais velho, que não é mais criança, é engraçado essa auto afirmação, mas eu sei que é preciso, o provoco, mas também apoio, sei que é bom para o crescimento dele, e o amo.

   Estou pronta, apesar da pintura da unha da mão direita, estar uma meleca, me olho de novo no espelho dou uma conferida se esse shorts não esta muito curto, meu segredo é verificar se esta mais curto que um palmo a cima do joelho, se tiver acho melhor trocar, como diz minha líder: mais que um palmo do joelho já podemos ir para praia. Ou seja talvez não convêm usar em certos lugares, então lembro-me de um versículo que diz que tudo posso mais nem tudo me convêm que Teul vivia repetindo para mim, respiro fundo com a lembrança , e agora decido sair do quarto, tenho que me focar em Gustavo, é a primeira festa aqui em casa sem Teul, penso que não será nada fácil para meu pais, assim como para mim, e claro que para Gustavo não é fácil, mas é direito dele começar a viver seus dias focados nele, e não sempre na morte do nosso irmão.

   O tema da festa é vídeo game, tem detalhes de vários personagens por toda a casa, na sala tem dois vídeo games ligados, e fora a piscina limpa com alguma boias, não usamos a piscina também a um pouco mais de dois anos, chega a ser estranho ver ela limpa, mesmo que eu tenha feito sim.

   Só reparo que viajei em minhas lembranças, agora que Gustavo está ao meu lado e ouço sua voz.

—: Obrigado pela piscina. - Ele fala de uma maneira tímida que nem parece ele, não sei se é timidez ou tristeza mesmo.

   Balanço seu cabelo que está muito arrumadinho e o abraço.

—: De nada Tatu, na verdade esse presente é para mim: ter a oportunidade de te afogar.

—: Coitada. - Ele sorri - Eu vou te afogar e você vai suplicar ajuda.

   Sorrimos, parecia que as coisas estava bem, apesar da falta de Teul, que já tinha nos jogado na piscina sem pensar duas vezes, se aqui estivesse.

—: Cadê meu presente?

—: Mais tarde, agora vamos chegar se tudo está certo para a melhor festa do ano.

   Gustavo está elétrico novamente, nota tudo, ele comenta comigo que esta tudo perfeito menos a piscina de bolinha que é de criança.

—: Essa é a ideia por que assim as crianças pequenas que estiverem na festa não brincaram com coisas de crianças adulta, e deixaram seus vídeo games e outras coisas de lado.

   Apesar que eu use a palavra crianças adulta me referindo a ele, ele ficou satisfeito com a explicação.

—: Ótimo - ele comentou.

   Vou a cozinhar ajudar minha mãe, e quando menos percebo a casa já está cheia de convidados, a maioria juniores, mas no meio das vozes reconheço a voz de John, e penso que por enquanto a cozinha é o melhor refugio que posso ter, estou o evitando dês do retiro, e não gostaria de lembrar de suas palavras para mim da ultima vez, não hoje. Termino de ajudar minha mãe no que precisa.

—: Agora vamos nos divertir - ela comentou. - Já pra festa

   Me esforço para sair um sorriso sincero.

—: Só vou buscar o presente de Gustavo - Na verdade queria fugir um pouco para meu quarto.

   Ela me beija a testa e vai em direção as amigas, não penso duas vezes para andar em disparada ao meu quarto. Não dou a atenção que a porta já está aberta, entro e fecho a porta, e agora que a fecho observo John me observando.

—: O que você está fazendo aqui?

—: Gustavo pediu para te chamar, então me deparei com tudo isso aqui dentro do quarto e não consegui sair.

   Quando ele fala consigo identificar que ele esta mencionando sobre as coisas de Theul, fico sem reação, faz dois anos que ele não entra no meu quarto, penso no impacto que é de ver as coisas de meu irmão, ele senta na ponta da minha cama, perto da escrivaninha que tem um abajur de globo estrelar que ganhei de Theul, aonde localiza cada estrela do mundo, e perto do abajur tem um retrato de nos quatro: eu, Theul, John e Gustavo. Ele segura aquele porta retrato com os olhos brilhante.

   Passei a semana me preparando para esse aniversário, para ignorar John, para sorrir para todos, para aproveitar com Gustavo, e por causa de uma visita no meu quarto, me desmontei. Preciso voltar ao plano inicial, fazer com que seja o melhor aniversário de Gustavo.

—: Bem, preciso ir, você mesmo me disse que Gu está me chamando.

   Ele afirma com a cabeça e me questiona

—: Posso ficar mais um pouco aqui?

   Ele se espanta com minha resposta.

—: Não, não tem nada aqui para você. Como você disse eu o matei, e não deixarei você aqui para me lembrar mais disso e estragar meu dia. Mas se você quiser ficar com essa foto pode ficar, eu já estava pra tirar mesmo, se quiser tem uma tesoura na gaveta, pode me tirar da foto.

   Ele fica só me observando, e permaneço firme, com um olhar frio e calculado. Ele tira a foto

—: Farei isso em casa, pra não fazer de qualquer jeito.

—: Você que sabe, agora preciso trancar minha porta.

   Ele passa por mim e antes de sair pela porta observa novamente o quarto, tranco a porta e ele permanece ali a frente, saio sem falar nada, quero o abraçar, mas não posso, então me lembro do versículo, tudo posso mas nem tudo me convêm. Na verdade eu posso, mas por não querer abaixar minha guarda, isso não convêm, que jeito mais ridículo de ver o versículo, sei que esse não é o sentido real do versículo, mas paro de pensar sobre isso e vou a procura de Gustavo.

           Plano de agora: continua afastada de John, e fazer o melhor aniversário de Gustavo.

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   Oi estava sumidinha, mas crie folego novamente para continuar a história... hahahahah. Gracas a leitoras *------*

   Então estou muito mias muito feliz, por quem está acompanhando, muito agradecida por ter chegado até a ultima palavra desse capitulo, de novo.

Comente, fala bem, fala mal. Escreva. (Estou ansiosa para ler qualquer tipo de comentário, como sempre. )

Beijos

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