De olhos fechados

Capítulo 1

Obs: "De olhos fechados" está de volta... O romance sofreu mudanças. E está cheio de novidades e surpresas

Boa leitura!!  💙

Eric

Me espanto com o barulho do despertador anunciando que já é seis e meia da manhã. Levanto e vou em direção ao banheiro, removo minha cueca, ligo o chuveiro e me coloco de baixo da água forte e gelada que caí sobre meu corpo. Passo uns cinco minutos no banho, pego minha toalha e a envolvo ao redor de minha cintura e com a outra toalha eu seco meu cabelo, que quando está seco cai sobre o meu rosto e quase cobre meus olhos. Me observo no espelho do banheiro, meu cabelo que se destaca por ser tão preto e minha pele ser tão branca, continuo me avaliando, minha barba já está aparecendo de novo, tirei ela ontem e já está dando sinais de alguns pelos em meu rosto. Os pelos do meu peitoral também começam a aparecer. Abro  uma gaveta que fica ao lado do espelho tiro de lá minha escova de dentes e o creme dental, começo a escovar meus dentes me olhando no espelho e observando que pra quem não vai em uma academia faz meses até que estou em forma.
Depois de estar todo arrumado pego meu celular para verificar as horas. O relógio marca sete horas e onze minutos. A jeito minha gravata e vou para o andar de baixo. No balcão da cozinha encontro meu pai que está tomando café e olhando para o celular.
- Bom dia pai - falo contornando o balcão para pegar o suco na geladeira.
- Bom dia! - responde ele friamente sem mover os olhos do celular. Essas são as únicas palavras que trocamos durante o café da manhã. Nunca tive uma boa relação com meu pai, no fundo eu sabia o motivo e ele talvez soubesse também, mas nunca tocamos no assunto. Sempre mantemos a relação de sempre, falamos o necessário em casa e no trabalho. Já trabalho para meu pai faz um ano no Hospital onde ele é o dono. quando terminei a faculdade de administração ele me colocou pra cuidar do hospital, eu sou como se fosse o sócio dele o que é bem estranho já que não nos falamos direito. Um dia vou ser o dono do hospital, disso eu tenho certeza já que sou o único da familia que se formou e se interessa em trabalhar de verdade. Minha mãe nunca se importou muito com isso ela sempre foi muito na dela e ama viajar, faz exatamente uma semana que ela foi para Paris, ela só liga de noite pra dizer que está tudo bem com ela e que está com saudades. Meu irmão, o Jonathan, bem, ele é caso perdido apesar dele ser mais velho que eu um ano. Ele não se interessa de verdade no trabalho, ele fez três anos de faculdade particular e depois parou e começou a trabalhar no hospital como supervisor enquanto eu me mato trabalhando cuidando de tudo com meu pai. Jonathan só fica andando por lá olhando as coisas.  Meu pai diz que ele vai mudar, mas não acredito mais nisso; segundo meu pai ele vai voltar hoje para a faculdade e terminar esse último ano da faculdade de administração.
Meu pai pega as chaves do carro e sai para o trabalho sem falar nada. Continuo sentado em uma banqueta no balcão tomando suco, ainda são sete horas e vinte e oito minutos,  só tenho que estar no hospital às oito e meia, mas como sempre chego antes do horário. Pego meu celular e abro o aplicativo de mensagens e tem 1130 de 10 conversas, apenas 3 são mensagens importantes o resto é grupo de família que só minhas tias falam. Respondo as três mensagens importantes e saio do aplicativo. Quando coloco meu celular no balcão ele toca, pego para atender e vejo que é a pessoa que mais amo nesse mundo, posso dizer que tenho uma vida dupla, uma na qual me dedico totalmente ao meu trabalho e a outra é ao lado da pessoa que eu amo na qual não posso mostrar para ninguém, é meu segredo particular, a minha âncora que me matem bem e a salvo de tudo!

Jonathan

- Droga!!!! - Bati a cabeça no carro saindo as pressas, já estou muito atrasado pra merda da faculdade. Só vou terminar a faculdade de administração porque quero a presidência do hospital. A primeira coisa que vou fazer é tirar o idiota do meu irmão de lá. Eric sempre foi o favorito em tudo, na verdade em quase tudo, a relação dele com meu pai nunca foi boa e isso me deixava feliz porque eu sabia que quando eu terminasse a faculdade eu conseguiria o cargo de presidente facilmente.
Saio correndo em direção ao elevador, assim que as portas se abrem, entro e aperto o botão que leva ao último andar do prédio.
As portas se abrem e eu saio correndo de novo e entro no apartamento. Vejo o idiota do Eric falando no celular, seu sorriso vai de orelha a orelha; ele fica parecendo um viado usando terno preto e gravata vermelha. Eric não parece em nada comigo, seu cabelo é preto feito carvão já o meu é castanho claro e um pouco enrolado, enquanto o dele é totalmente liso. Sua pele é branca demais já a minha é bronzeada, seus olhos são de um tom de verde escuro e os meus castanhos escuro. Eric é alto e tem um corpo nem tão forte, digamos que um corpo "normal",  já o meu é atlético. Eric é alto, mas ainda assim sou mais alto que ele. Ele me olha e não fala nada eu também não, vou para meu quarto e tomo um banho rápido. Passo uns quinze minutos dentro de casa e logo já estou na rua de novo