Capítulo 17

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Bônus: Brian P. O. V


A duas semanas meu pai me jogou uma bomba! Eu teria que me casar com uma completa estranha. Eu ri da cara dele, é claro. Mas não era nenhuma brincadeira.

Ele disse que eu era um irresponsável e que eu estava sujando o nosso nome com escândalos. Eu nem faço escândalos, os sites de fofoca que ficam inventando coisas sobre mim. Disse que se eu não me casar ele vai tirar tudo de mim. Eu só tenho 24 anos, tenho muito o que viver! Mas quem disse que ele se importa com isso? Eu não tive escolha.

Desde muito novo eu sempre fui o cara palhaço que inferniza todo mundo. Devo ter batido o recorde de advertências e suspensões, só não reprovava pois meu pai pagava bem a escola. Típico!

Sempre fui um cara namorador, todos me amam e não é para menos. Eu sou uma pessoa desejável, é compreensível que todo mundo me queira.

Meu pai é um doido de amor, acha que tudo se resolve com amor. Não que ele seja um pai muito amoroso, não vou dizer também que ele é um péssimo pai pois ele não é. Mas dizer que é o melhor, é exageiro. Na cabecinha de velho dele, a minha irresponsabilidade aguda se cura com amor. Piada da década!

Bom... fui lá e conheci a garota.

Ela é totalmente diferente do que eu imaginava. Começando por ela ser bonita, na verdade ela é mais do que bonita mas isso não vem ao caso agora. É bonita, mas o que tem de bonita tem de estressada! Ontem mesmo ela me ameaçou dizendo que ia me envenenar e ainda hoje de me jogar da sacada.

Ama tirar uma com a minha cara e bate de frente comigo como ninguém faz, e diz que não me suporta. É a primeira mulher na face da vida que me diz isso, como alguém pode não me suportar?

Mas apesar de tudo ela é uma boa mulher, eu confesso. Não que eu saiba muito de enxergar o interior das pessos – deixo isso para quem entende do negócio – mas no fundo – bem no fundo mesmo pois ela é uma pedra – eu vejo que ela é uma garota triste que ainda sofre com a perda da mãe.

Eu tenho a minha, mas é como se eu não tivesse. Ela mora na europa com o meu padrasto Matteo e raramente se lembra da minha existência. Entra muito pouco em contato, mas já me acostumei. Fui criado basicamente pelo meu pai, mas foi mais por babás do que meu próprio pai. Típico garotinho rico com trinta babás para correr atrás.

Pai americano, mãe argentina, irmã brasileira. Eu nasci em Washington nos Estados Unidos, mas bem novinho vim para o Brasil.

Irmã? Tem um bicho que dizem ser minha irmã, eu chamo de demônio e as vezes de Samantha. Dependendo do dia ela atende pelos dois.

Samantha Campbell é o mal em figura de gente.

Acabamos de chegar na casa da Anna, que veio buscar algumas coisas para levar para casa, porque hoje mesmo ela quer sair da casa dela. E não é para menos! Com essa mulher morando aqui e ameaçando ela até eu pegava minhas malas e me mudava para índia!

A casa parecia não ter ninguém então Anna achou seguro me deixar sozinho na sala esperando ela. Segundo ela, se eu estiver sozinho com a nova madrasta dela, a mulher vai acabar me seduzindo e depois vai usar isso contra a Anna. Eu não sou louco de fazer alguma coisa para prejudicar ela.

Me sento no sofá e fico mexendo no celular navegando no Twitter. Nunca é tarde para salvar uns memes e reclamar da vida.

A porta da sala se abre revelando que alguém chegou.

— Oh, vocês já chegaram? – Vanessa pergunta entrando cheia, eu digo cheia mesmo de compras.

— Chegamos agora a pouco! – respondo, mesmo sem saber se deveria.

Casamento Por Contrato Where stories live. Discover now