CAPÍTULO QUARENTA E NOVE

457 60 6
                                    


- Muda a música.

Minha noiva pedia pela terceira vez enquanto tocava Blame pela quarta vez seguida.

- Ah não, a música é ótima.

Estávamos na estrada a algumas horas ouvindo sem parar as músicas que ela baixou.
Ela deu a ideia, que aguente oras.

- Não existem só essas, coloca uma mais calma por favor.

A olho e decido da uma trégua. Abaixo o volume sem trocar o que a faz bufar.
Isso me faz rir.

- Tão irritada. Respire meu bem.

- Sem gracinhas.

- Por que está irritada?

A olho esperando que me responda.

- Só quero ouvir algo mais calmo, pode ser?

- Por favor? -  a provoco mais um pouquinho.

- Por favor.

Coloco outra playlist que ela separou. 505 começa a tocar.

- Satisfeita?

- Muito.

Aumento o volume e o sorriso satisfeito surge em seu rosto. Seus dedos batem no volante junto com a música enquanto dirige.
A observo feliz com isso.

- Acho que gostamos das mesmas músicas. - Comento e ela concorda sem toda aquela carranca.

- Tenho vontade de foder vocês ouvindo-as.

A olho assustada não esperando esse tipo de comentário. Rose só me olha seria mas com um jeito satisfeito por me fazer ficar em silêncio sem saber o que dizer.

Coloco os óculos ignorando-a.

- Medrosa. - ela sibila e a olho por trás dos óculos.

- Você não pode me dizer essas coisas.

- Por que não? Somos quase casadas e eu te desejo.

Balanço a cabeça negando. Desde quando ela ficou tão descadara?

- Pare de me provocar - Aviso mas não sei o por que. Não estou acostumada em ouvir ela dizer isso em voz alta do nada.
Ela não tem esses costume.

Posso parecer uma virgem agora mas eu só não estava preparada.

- Encare como quiser, apenas quero dizer o que vier na minha mente sem me conter. Se quiser que eu pare eu paro, quer que eu pare?

- Não sei.

- Tem medo de intimidade comigo? Tem medo de me ver nua? - me sinto analisada. - Victória...

- não, não - Nego rapidamente - Não é isso.

- Então me conte, quero entender.

- É novo.

- Entendo mas sabe? Eu não falo essas coisas para que se sinta humilhada, retraída ou qualquer coisa ruim. Digo isso por que é a verdade. Quando estamos naquela casa eu tenho que segurar o que eu realmente penso em dizer em voz alta. Você pode ler minha mente, mas não é a mesma coisa. Agora, me sinto livre de dizer o que eu quero.

- Você. É. Muito...

- Muito o que?

- Safada.

Ela rir.

- Ainda não viu ou ouviu nada e estou ansiosa para ter essa recíproca.

A olho de relance dando um sorriso pequeno. Ela pode ver meus olhos por debaixo dos óculos escuros.
Sua mão repolsa na minha perna fazendo uma pequena carícia.

AMOR E MORDIDAS - ROSALIE HALE - POLIAMOR Where stories live. Discover now