CAPÍTULO 47

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Aninha

Cebola: Por que o amor é tão difícil? - ele pergunta após terminarmos de tocar

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Cebola: Por que o amor é tão difícil? - ele pergunta após terminarmos de tocar.

Aninha: Quando descobrir me avisa, estou atrás da resposta a tempos. - digo lembrando no meu último relacionamento.

Cebola: Quando começamos a entender os sentimentos?

Aninha: Nunca. Nossos sentimentos são doidos.

Cebola: Eu a amei. A amei como nunca amei ninguém, mas ela... ela foi embora sem olhar pra trás. Desculpa, você não deve nem imaginar de quem eu estou falando.

Aninha: Mônica. - ele se vira. - não precisa ser um gênio pra saber que vocês tiveram alguma coisa.

Cebola: como sabe?

Aninha: Menezes, o olhar que vocês direcionam um ao outro quando se enfrentam no corredor não é de ódio e sim de mágoa. Vocês estão magoados um com o outro e eu tenho disso eu tenho certeza.

Cebola: Ela me odeia, Ana. Me odeia e eu não sei por que.

Aninha: Já pensou em conversar com ela? E é Aninha.

Cebola: A Sousa é mais teimosa do que aparenta ser. - ele dedilha o piano novamente.

Aninha: Menezes...

Cebola: Só Cebola. Eu acabei de falar pra você uma coisa que nem meus irmãos sabem.

Aninha: Cebola, posso parecer indelicada, mas... o que aconteceu com vocês? - ele para de dedilhar o piano e olha para um ponto fixo na sala.

Seus olhos transmitem dor, sofrimento, mágoa e uma ferida que não cicatrizou.

Cebola: Ela entrou na escola junto com as meninas. Elas eram vizinhas e se conheceram assim que ela mudou. Eu e os meninos estudávamos na mesma escola desde que nos conhecíamos por gente, foi meio que amor a primeira vista, o típico clichê, o popular se apaixona pela novata e fica com ela, mas isso não aconteceu. Digo, quase ficamos juntos, ela era muito desconfiada, por causa do último relacionamento que teve que foi o qual eu a defendi do canalha e nos aproximamos, enquanto nossos amigos namoravam, eu ainda estava tentando conquistar ela e eu estava conseguindo. Era o que eu achava. Acho que aquele foi o dia em que minha mãe mais sofreu ao me ver chorando.

Flashback on

Os caras do time são uns idiotas! Fizeram uma brincadeira de mal gosto e agora eu e os meninos tivemos que ficar na sala quinze minutos depois que as aulas acabaram. Perdemos o treino.

Cascão: Cebs, por que a Mônica entrou no vestiário correndo?

Cebola: O que?

Cascão: é, ela acabou de entrar com as meninas no vestiário.

Cebola : Não sei.

Titi: vai lá ver. - assinto e me levanto.

Entro sorrateiramente no vestiário e escuto as vozes tai conhecidas por mim.

Denise: Vamos te limpar, amiga. - me aproximo e vejo elas tentando limpar Mônica que estava com o corpo coberto de tinta.

Cebola: Mô, o que foi? - me aproximo preocupado.

Marina: Mas é um cínico mesmo! - Marina murmura.

Magali se aproxima e desfere um tapa na minha cara.

Magali: Se você se aproximar dela mais uma vez eu vou te matar! Eu te avisei, Menezes, te avisei pra não machucar ela!

Cebola: Eu não tô entendendo, Mônica, o que foi?

Magali: Não banque o sonso! Esse papel não combina com você.

Mônica: Deixa, Magá. - a voz de Mônica sai embargada e depois ela toma a frente. - Eu confiava em você. Ignorei tudo que falavam de você pela escola, ignorei sua fama de galinha, ignorei o que as pessoas diziam sobre você, não dei ouvidos ao ser alertada que seria só mais um brinquedo na sua mão. Eu confiei em você, Junior. Confiei em você, foi com você meu primeiro beijo, foi com você que eu cogitei ter a minha primeira vez. Mas agora eu sei quem você é de verdade. Um falso, hipócrita, imbecil, digno de pena e nada mais. Sabe qual é a verdade? Você não passa de um zero a esquerda que é idolatrado por essa escola só por ser jogador do time. Agora sai daqui, sai e não me procura mais. Eu te odeio.

Meu coração está apertado. Nunca imaginaria que Mônica pudesse ser tão fria e me falar coisas tão horríveis.

E pior: eu não fiz nada.

Flashback off

Cebola: eu me segurei por pelo menos três horas, mas quando eu cheguei em casa, chorei. Desabei no colo da minha mãe e... queria ter desabafado com minha irmã, mas ela estava na Espanha.

Aninha: Espanha?

Cebola: É. Ela foi fazer a faculdade lá e depois conheceu um espanhol, engravidou aos dezoito e agora estão casados. Anne, minha sobrinha é a única que me faz sorrir quando eu lembro do que a Sousa fez comigo.

Aninha: Cebola, eu sinto muito mesmo. Eu não consigo nem imaginar pelo que você passou. Mas... não acha que enfrentando ela e a irritando é um jeito meio infantil de resolver as coisas?

Cebola: Meio? É completamente infantil, Aninha.

Aninha: Se sabe, por que faz?

Cebola: Por que depois do dia que fui humilhado, minha missão era mostrar para Mônica que eu não precisava dela. Era beber, foder, irritar ela e ponto.

Aninha: Hm... e acha que é feliz assim? - ele não responde, mas parece refletir. - vou fazer uma pergunta, mas promete responder com sinceridade? - ele assente. - de que adianta irritar ela se no final do dia você vai estar se lembrando da mágoa passada? Com todo respeito, você não a superou. Apenas encucou na cabeça que a odeia, mas quando a encontra o seu coração guerreia com a sua cabeça. Porque na sua cabeça, você a odeia, mas no seu coração, você ainda a ama e te garanto que entre a voz da cabeça e a voz do coração, é sempre a voz do coração que ganha.

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RIVAIS, 𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚Donde viven las historias. Descúbrelo ahora