Capítulo nove

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Uma destas coisas não é como os outros
Ana


Então aqui estou eu, de pé no meio de um quarto de motel sombrio.

Estou aqui depois de passar quase sete horas na parte de trás de uma van com Grey. Isto pode não ter sido um problema, se o cara sabia o significado das palavras "iluminar-se". Infelizmente, é de Grey que estamos falando. O
cara que significa o relaxamento está sentado em uma cadeira de madeira, enquanto me observa dormir.

Um pouco assustador se você me perguntar.

A van parou de repente, a porta se abriu e eu me vi sendo arrastada para um quarto de motel, que parecia que seus ocupantes anteriores eram baratas.

Grey anda na minha frente e late para o telefone celular. — Caso você não tenha notado, eu não estou lá agora! É o seu trabalho para me dizer o que diabos aconteceu! Pausa, então:

— Sim, ela está bem.

Hum, Olá? Tipo enlouquecendo aqui, mas tanto faz...

Ele para de andar, me olha de cima a baixo e diz: — Uh huh. Pausa. — Uh huh. Pausa mais uma vez. —Sim. Ok. Ana precisa de roupas. Pausa. —Eu não sei! Calcinhas e sutiãs e algo que não vai chamar a atenção para nós. O silêncio,então. —Nah. Ana é minha esposa. Pedi-lhes para não nos perturbar. Nós estamos em nossa lua de mel.

Minhas sobrancelhas quase batem no meu couro
cabeludo.

Casados?

O pensamento de ser casada com Grey é tão
malditamente ridículo, que a risada que tento conter as forças de sair. Difícil. E alta.

Rebentando um intestino rindo, as lágrimas rolam pelo meu rosto, quando inclino meu quadril na mesa pequena para dois. Grey me olha com uma carranca. Ele faz isso muito tempo, antes de caminhar atrás de mim e cobre minha boca com a mão. Tudo o que faz é me fazer rir ainda mais. Ele sussurra: — Cala a boca, Ana. Isto é importante. Eu não posso ouvir nada.

Finalmente obtendo controle de mim mesma, eu reprimo o riso e puxo a mão da minha boca. Seu braço cai mais baixo,do outro lado do meu pescoço com uma mão apoiada no meu
ombro. Eu tento me afastar, mas Grey tem outras ideias. Como se ele não percebesse isso mesmo, ele continua falando, com o braço ainda em volta de mim. Olhando ao redor da sala com os olhos arregalados, não tenho certeza do que fazer aqui. Quando o polegar distraidamente afaga meu
ombro, meu núcleo aperta, e meus olhos se fecham.

Minha respiração se aprofunda à medida que eu o ouço falar. Cada palavra que ele diz vibra em seu peito e nas minhas costas. — O que você quer dizer? Pausa. —Bem, quando você pode chegar aqui?

Eita, ele cheira tão bem. Como sabão e algo fresco ao ar livre. Seu corpo é tão grande e duro, ainda quentinho.Com um braço, ele me tem embrulhada apertada. E eu gosto. Um punhado de cenários eróticos passa pela minha cabeça.Grey me jogando na cama e me dizendo que ele vai me ter lá mesmo. Grey me empurrando de joelhos e exigindo que eu o
faça com força. Grey se juntando a mim no chuveiro pequeno demais, ensaboando o meu corpo. Nox me curvando...

— Ana?

De repente, um arranhão gravado no meu cérebro, grotescamente me rasgando de meus deliciosos pensamentos.Whoa. Preciso totalmente me dar um descanso com os contos
eróticos.

... Mas gostamos deles!

Meu rosto cai e murmuro: — Livros.

Grey finalmente me deixa livre de suas garras e eu luto muito para não dar um miado ou beicinho da perda. Ele diz: — O que agora?

A cativaWhere stories live. Discover now