Capítulo 31

527 116 14
                                    

Elliot

Foi em direção a casa de Kate depois da conversa com Welch. Estava preocupado com Ana pois se Leila não poupou nem os pais, com certeza não a pouparia. Ainda agora tinha recuperado a minha irmã e não a poderia perder.

Estacionei o carro em frente a mansão Kavanagh e fiquei surpreso ao ver o carro de Ethan ali. Pensei que meu cunhado estava no hospital, mas pelo visto tinha vindo visitar os pais.

Ia tocar na campainha quando escutei Kate a discutir com o irmão e fiquei ali parado.

— Chega Ethan. Você não manda na minha vida. — Dizia Kate

— Você vai acabar por perder o Elliot. — Gritou meu cunhado — Ele não merece o que você esta a fazer.

O que ela estava a fazer?

Aproximei mais o ouvido da porta para escutar melhor e percebi que a mesma estava entreaberta

— Ainda não fiz nada.

— Como não? Você mostra para todo mundo que não gosta da Ana.

— E não gosto mesmo. — Gritou ela — Eu a odeio. — engoli em seco

— Não é por você a odiar que ela vai desaparecer de nossas vidas. Você a odeia por causa do Christian não é? — Fechei os olhos ao constatar que estava certo desde o começo, Kate ainda sentia algo pelo meu irmão e eu não era o único a pensar assim pelo jeito — Ele nunca vai olhar para você como mulher.

— Eu sei, afinal ele me rejeitou quando o beijei.

Não suportava escutar mais nada por isso entrei sem ser convidado e os dois quando perceberam a minha presença ficaram calados.

— Quando beijou o meu irmão? — Perguntei a Kate sem mostrar emoção

— Elliot eu lamento. — Disse Ethan

— Nos deixe sozinhos Ethan. — pedi e meu cunhado assim o fez — Estou a espera de uma resposta Katherine.

— Você escutou errado Elliot. — Disse enquanto se aproximava de mim

— Responde Katherine. — Ela tentou tocar em mim mas não deixei — Nem posso dizer que estou surpreso pois já desconfiava que a paixão que sentiu por ela na adolescência ainda existia.

— Elliot, eu amo você. — Ri sem humor

— Me ama? Se me amasse não andava a beijar o meu irmão, não iria odiar a irmã que descobri ter e não ficaria com ciúmes de os ver juntos. Eu foi apenas um meio para você continuar perto do Christian, como foi burro.

— Eu te amo. — Gritou ela — Mas...— Olhei-a esperando que continuasse — Eu também o amo a ele, eu amo os dois. Isso não é errado.

— Você não sabe o que é o amor e não serei eu a explicar. O que nós tínhamos termina aqui e agora.

— Você não pode fazer isso comigo. — Ela chorava mas eu não me comovi pois estava com o meu coração quebrado

— Não só posso como já fiz. Você queria os dois irmãos Grey e acabou ficando sem nenhum. — Disse e virei costas para sair

— É tudo culpa dela, da maldita de Anastásia. — Virei-me rápido e segurei o rosto dela com força

— Nunca mais fale assim da minha irmã, você não chega nem aos calcanhares dela. — Soltei-a — Seja feliz ou infeliz eu não me importo mais.

Sai da casa dela escutando-a gritar o meu nome mas não me virei. Entrei no carro e sai dali, eu não iria quebrar na frente dela.

Anastásia

Quando chegamos em casa Christian disse a Lizzie que não a queria mais perto de Noah mas minha pequena apenas revirou os olhos e foi para o seu quarto. Dei uma risada e deixei-o sozinho pois precisava escolher a roupa que usaria para a nossa noite.

Escolhi a minha melhor lingerie e um vestido que coloquei em cima da cama e segui para o banheiro. Preparei um banho de espuma pois precisava muito relaxar e coloquei uma música a tocar. Saí enrolada na toalha e passei pelo meu corpo um hidratante e comecei a arrumar-me. Olhei no espelho e sorri gostando do resultado final. Desci pensando que encontraria Christian a minha espera mas quem estava lá era Taylor.

— O Sr. Grey pediu que a levasse até ele. — Franzi a sobrancelha — Ele disse que precisava preparar algumas coisas.

— Tudo bem Taylor. — Sorri e ele retribuiu. Abriu a porta do carro para eu entrar

Estava curiosa para saber o porquê de Christian ter ido na frente. Seria nossa primeira vez juntos, mas não éramos mais dois virgens, eu sinceramente não estava a espera que ele fizesse algo de especial.

Taylor deixou-me em frente ao escala e despediu-se de mim. Peguei o elevador até a cobertura utilizando o código que Taylor me havia dado e quando as portas se abriram arfei em surpresa.
A luz da sala estava apagada mas haviam várias velas iluminando o ambiente.

Quem era este Christian e o que tinha acontecido com o ogro que conheci quando cheguei em sua casa? Perguntei para mim mesma

Entrei e finalmente o vi perto de uma das janelas do apartamento olhando a cidade. Ele estava lindo, mais maravilhoso que o normal.

— Seja bem-vinda a meu humilde apartamento. — Sorri com suas palavras pois de humilde o apartamento não tinha nada. Ele veio ao meu encontro e roubou-me um selinho — Achei que nossa noite devia ser especial. — Apontou para as velas

— Esta tudo lindo, perfeito. — Ele sorriu — Confesso que não esperava algo assim.

Christian tomou-me em seus braços e passou o nariz por todo o meu rosto.

— Pensou que eu seria um selvagem e a arrastaria logo para a cama? — Perguntou divertido e ri

— Confesso que não iria ser contra essa sua abordagem.

— Não brinque com o fogo Ana. — Advertiu-me e mordi o meu lábio inferior

— Eu adoro me queimar às vezes.

Christian agarrou os meus cabelos e fez-me olhar bem nos seus olhos e depois colou as nossas bocas em um beijo feroz. Joguei a minha bolsa em qualquer lado e levei de imediato as minhas mãos até os seus cabelos. Só paramos o beijo para respirar.

— Eu mandei preparar um jantar para nós mas confesso que neste momento a minha fome é outra. — Disse malicioso

— Isso é ótimo pois não vim aqui para comer e sim para ser comida.

Ele deu uma espécie de rosnado e puxou-me mais contra ele fazendo-me sentir a sua enorme ereção. Eu estava louca por ele. Levei uma de minhas mãos ao seu rosto e acariciei-o com carinho. Ele pareceu gostar pois fechou os olhos, sorri e comecei a descer a mão pelo seu abdómen notando que era bem definido e sem ele esperar agarrei com força a sua ereção por cima da calça.

— Puta merda. — Disse ele abrindo os olhos — Você vai acabar me deixando louco. — A sua voz estava mais rouca que o normal

— Só conferindo o material baby. — Pisquei para ele — Me parece que seu pacote é enorme.

Christian olhou-me nos olhos e puxou-me se possível ainda mais para junto dele e beijou-me de uma forma avassaladora e correspondi com a mesma intensidade.

Vinda do CéuWhere stories live. Discover now