IV - A primeira dança

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A princesa continuou pela cidade com Dante naquela manhã.

- Me desculpe...quer dizer por ontem. Eu não vejo pessoas a muito tempo. - Elsa disse encarando os pés enquanto caminhavam.

- Tudo bem, eu também ficaria arisco se ficasse tanto tempo longe da sociedade. Mas, pode se desculpar hoje a noite, terá essa chance.

- O que vai haver hoje?

- Para uma princesa de Arendelle, você não sabe de nada. - Dante lançou um sorriso extrovertido a ela.

- Meu pai e eu...Não somos próximos, ele toma as decisões.

- Sei como é, eu e a minha mãe também não somos unha e carne, apesar dela forçar as aparências. Eu mal a vejo, como rainha regente sempre atarefada, sempre ausente. Mas, as coisas estão para mudar.

- Você assumirá o trono, e ela? O que acontece?

- Volta a ser minha mãe apenas, a mãe do rei.

- E ela está bem com isso?

- Claro, por isso estamos aqui. Por isso, vamos nos casar Elsa. Thorne precisa de um pilar, rei e rainha juntos para o bem do povo.

Uma pontada de curiosidade tomou Elsa.

- O que há em Thorne?

- Como assim ?

- Você disse que Thorne precisava da minha ajuda.

- Ah, sim. Nós, precisamos de alguém corajoso suficiente para lidar com as famílias de lordes, as viscondessas estão sem alguém para se inspirar.

- Não me parece um grande problema.

Dante, hesitou mas logo mudou de assunto.

- Voltando a hoje a noite, haverá um baile em comemoração ao nosso noivado e amanhã iremos para Thorne.

Elsa parou abruptamente.

- Assim tão cedo!? Mas, vocês acabaram de chegar. E...e...e eu não tenho um vestido, nem as malas estão feitas, eu não posso me desculpa eu não posso....

Elsa entrou em estado de pânico dando passos para trás. Ao seu redor notou crostas de gelo se formando nas barracas e a temperatura baixando cada vez mais. Sentiu seu sangue congelar e correu o mais rápido que pode para longe para fora da cidade. Em meio ao seu turbilhão ouviu Dante chamar seu nome. "Elsa!!!"

Mas logo, ela estava na colida do sul onde podia ver Arendelle de cima, ela abraçou os próprios joelhos e chorou enquanto suas lágrimas se transformação em gelo ao seu redor. Elsa sentia uma enorme angústia não só por toda a história do casamento, mas por se sentir tão solitária. Anna se foi, era sua metade, sua melhor amiga e ela se foi, depois sua mãe e agora Agnarr mal consegue olhar para ela. Como ir para um lugar estranho seria uma solução? Será que ele estava tentando se livrar dela? Aquele pensamento foi como uma adaga no coração perfurando-lhe lentamente.

[...]

O sol já estava se pondo, quando Elsa retornou ao castelo. Os guardas apressados no portão a olharam com alívio estavam quase de saída para resgata-la. Ela passou direto para seu quarto sem dirigir a palavra a ninguém. Já em seu quarto chamou Glenda para ajudá-la no banho. Na banheira, os cabelos platinados ficavam acinzentados molhados caídos sobre os olhos violeta, Elsa relaxava enquanto Glenda massageava suas mãos.

- Ele é muito bonito. - Glenda deixou escapar.

Elsa abriu os olhos com uma cara de desdém e se recostou.

- Vou sentir falta da senhora, Elsa.

Glenda estava com os olhos brilhando, elas cresceram juntas praticamente e Elsa tinha um grande carinho pela garota. E surgiu-lhe a ideia.

Congelado Coração Where stories live. Discover now