CAPÍTULO QUATRO.

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Capítulo quatro.

— Bom dia, senhor Park— Eloise o cumprimentou. Park já estava à espera dela em frente a casa, com o carro, para levá-la até o hospital.

— Bom dia, senhorita Eloise. — Disse ele, gentilmente, abrindo a porta de trás do carro, para ela entrar.

— Obrigado, por ontem. — Eloise falou agradecida, parando ao lado dele, que segurava a porta do carro aberta.

— Sem problemas. — Park respondeu, profissionalmente.

— Não sei que horas peguei no sono, mas obrigado por ter me levado até meu quarto. Já faz três dias que não dormia e acho que acabei apagando. — Contou a ele.

— Não se preocupe. Está tudo bem.

— Agradeço mesmo, sua gentileza. Outro teria me deixado dormindo em cima daquela tigela de cereal. — Disse ela, rindo com o pensamento e acabou fazendo o Park rir, por lembrar dela dormindo sentada em cima da ilha da cozinha com uma tigela de cereal no colo.

Sem dizer mais nada, Eloise entrou no carro e o Park fechou a porta. Seguiu até a porta do motorista, entrando. Precisava levá-la ao hospital, por conta dos ferimentos.

[...]

Assim que chegaram ao hospital, Park percebeu que Eloise estava diferente, calada e olhando atentamente para os lados. Havia muitas pessoas ali no saguão e Park entendeu que ela estava assustada. Se aproximou um pouco mais, deixando-a perceber sua presença e pode ver os ombros dela relaxarem.

Seguiram até o elevador, já que precisavam ir até o quinto andar.
Mais uma vez, Park se surpreendeu com a atitude dela, quando dois médicos entraram no mesmo elevador que eles.

— Bom dia. — Os médicos falaram educadamente olhando para a Eloise.

— Bom dia. — Eloise respondeu, mas deu um passo em direção ao Park.

Havia espaço dentro do elevador, já que estavam apenas quatro pessoas, mas a Eloise fez questão de ficar o mais próximo possível do seu guarda costas, visivelmente com medo.

Os dois homens conversavam tranquilamente, mas a Eloise estava incomodada com a presença deles.

Park também prestava atenção nos homens, mas não aparentava nenhuma ameaça.
Em poucos passos, bem discretos, Eloise estava escondida atrás do Park e ele pode sentir o puxão em seu blazer quando ela o segurou.

Ele olhou para trás, mas a Eloise mantinha seus olhos fixos nos dois homens mais a frente, visivelmente assustada pela presença deles. Ela não estava exatamente se escondendo atrás do seu guarda costas, mas sim, buscando proteção e sabia que ali estava protegida.

Park acabou esboçando um sorriso, por vê-la se esquivando atrás dele como uma criança amedrontada, mas sabia que as atitudes da Eloise eram por conta do trauma recente e tinha seus motivos para desconfiar e sentir medo.

[...]

— Bom dia, Doutora Cristina. — Eloise falou, assim que entrou na sala da sua médica.

— Bom dia. — A doutora a cumprimentou. — Como passou a noite? Conseguiu dormir algumas horas?

— Dormi um pouco. — Eloise respondeu, sorrindo de canto, olhando para o Park que estava ao seu lado, recordando da noite passada.

— Isso é muito bom. — A douta respondeu, satisfeita. — Poderia aguardar lá fora? — A médica falou, olhando para o Park que estava avaliando a sala minuciosamente.

Vendo que não havia nenhum perigo, ou outra porta de acesso a sala, Park se virou dando um passo em direção a saída.

— Ele pode ficar! — Eloise falou tranquilamente.

— Acho que seria um pouco desconfortável, senhorita Eloise. Preciso que tire a camiseta para ver os hematomas do seu corpo. — A doutora explicou seu motivo, por querer que o segurança saísse da sala.

— Ele pode ficar de costas. Ficarei mais tranquila com ele aqui. — Eloise falou, olhando para o Park, que se mantinha calado, apenas analisando as ordens dela.

— Então, está tudo bem! — A douta concordou e foi até a porta trancando-a.

Park se virou, como a Eloise havia pedido a ele, olhando para a parede, mas permaneceu dentro da sala como ela queria.

— Seus machucados estão um pouco melhores. — A doutora falou e Park queria muito olhar. Não que estivesse querendo ver a Eloise sem roupa, mas estava curioso para saber se ela estava tão machucada como seu rosto aparentava.

— Os remédios me ajudaram com a dor. Não senti tanta dor nas costelas e consegui dormir algumas horas essa noite. — Eloise falou e Park mais uma vez sentiu seu coração se apertar dentro do peito, por imaginar como ela devia estar machucada a ponto de não conseguir dormir por causa da dor.

Ontem a noite quando ela adormeceu sentada em cima da ilha da cozinha, ao pegá-la no colo, Park notou ela fazer careta e gemer dormindo, mas não imaginou que era por estar ferida.

— Os hematomas ainda são bem recentes e as costelas são bem sensíveis. Vai demorar mais alguns dias para melhorar bem, então, continue com a medicação e qualquer problema você me liga. — A doutora falou, enquanto atendia a Eloise.

Park não tinha noção da gravidade da situação. Não saiu muita coisa sobre o caso e ele acreditava que foi o James quem conseguiu dar um jeito para o verdadeiro acontecido não sair a público. Quando viu as notícias, imaginou ser apenas um simples sequestro, mas estava se dando conta que as coisas eram bem mais graves.

— Já marcou com a psicóloga? — A médica perguntou, mas a sala ficou em silêncio. — Precisa ir a psicóloga, Eloise. Vai te ajudar com seus traumas e também com esses seus pesadelos, que te deixam acordada a noite, com medo de adormecer e sonhar novamente com o que aconteceu. — A médica falou atenciosamente. — Os calmantes não irão ajudar sempre.

— Eu ainda não estou pronta. — Eloise respondeu e Park percebeu o som da sua voz sair dolorosa, como se ainda estivesse sofrendo e não conseguisse pedir ajuda.

As coisas eram bem mais complicadas do que havia imaginado, quando ele decidiu trabalhar para o James Evans.
[...]


— Onde exatamente estamos indo? — Eloise perguntou, já que deviam estar indo para a casa depois da consulta e dos exames.

— Na psicóloga. — Park respondeu.

Enquanto a Eloise estava sendo atendida, Park conseguiu marcar uma consulta e nada melhor que falar que quem precisava era a filha do candidato a governador, as coisas se tornam bem mais fáceis!

— Eu não vou a psicóloga! — Eloise se recusou.

— E aquela história de; o que eu fizer ou falar você assina embaixo? — Park falou, lembrando a ela de suas palavras.

Eloise não tinha muito como argumentar, já que ela realmente havia dito aquelas palavras.

— Não é justo! — Disse ela, resmungando consigo mesma, cruzando os braços.

— Não é justo você ficar sofrendo desta maneira, por ter medo de procurar ajuda. Você sofreu um grande trauma, Eloise. Não sinta vergonha por querer encontrar um meio para se recuperar. Você vai ver como isso irá te ajudar. — Park falou gentilmente, olhando para ela, através do retrovisor.

Eloise sabia que ele tinha razão. Estava um pouco insegura e com medo, mas sabia que seria melhor encontrar alguém que pudesse ajudá-la.

— Obrigado. — Disse ela agradecida, por ele estar se preocupando com ela.

Aquele gesto poderia ser simples, mas para a Eloise, foi muito especial. Significava que ele se preocupava com ela!

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⏰ Last updated: Apr 20 ⏰

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