{Eu odeio te amar}

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A dor de cabeça do dia anterior, parece ter ficado mais intensa ao amanhecer de hoje. Fyodor está enrolando em meio a cobertas quentes enquanto seu corpo treme e soa frio. Talvez a enxaqueca do dia anterior tenha se tornando uma gripe ou algo parecido, com a frágil doença não é impossível de acontecer.

Fyodor tenta voltar a dormir, mesmo que sua cabeça esteja latejando de dor, mas essa tentativa é em vão ou ouvir alguém batendo na porta de seu quarto.

- Entre - diz com a voz un pouco rouca

- O mestre não vai se juntar a nós para tomar o café da manhã?- questiona Ivan parado na porta do quarto

- Mais tarde - responde com a voz rouca e em seguida começa a tossir.

O de cabelos pratas se aproximando da cama, e repousa sua mão sobre a testa do moreno, o qual lhe encara deixando claro que não queria receber contato físico já cedo.

- Está com febre, vou trazer uum remédio pra isso - diz dando seu sorriso de sempre e se virando

- Não há necessidade disso, logo eu dou uma melhorada - diz o russo não querendo se entupir de remédios

- Sabe que se não cuidar dessa gripe pode acabar ficando pior e virando pneumonia - alerta o Goncharov observando o rosto de irritação do moreno.

- Eu sei, eu sei- diz claramente irritado pelo fato de ter uma saúde frágil, e provavelmente que terá que ficar o dia inteiro na cama.

- Bom, descanse mestre - diz o de cabelos pratas e em seguida sai do local deixando o silêncio se instalar no quarto.

- Maldita fragilidade humana - murmura enquanto se virá para o lado oposto que estava.

[...]

Enquanto isso, a cozinha se encontrava calma até minutos atrás, onde um certo palhaço entra no local bem animado.

- Cala a boca - murmura Sigma ainda meio sonolento

- Vamos lá Sigmazinho, vamos nos animar um pouco - diz o albino num tom alto e animado

- Caro Gogol poderia fazer menos barulho, não queremos acordar a "fera" - diz Ivan adentrando o cômodo e caminhando até o fogão

- O Feyda ainda está dormindo?- questiona surpreso, já que o russo é um dos primeiros acordar

- Sim, ele está meio indisposto no momento, e provavelmente passará o dia no quarto, então peço que não o incomode - diz o de cabelos pratas enquanto coloca a água para esquentar

- Dostoiévski está doente?- questiona Sigma meio sonolento

- Sim, mas não é nada demais....- antes que pudesse terminar a fala Nikolai simplesmente some da cozinha - E ele vai incomodar o senhor Fyodor - diz Goncharov soltando um suspiro em seguida.

- Bom, agora o problema é do Dostoiévski - diz dando de ombros sobre esse fato enquanto vai até um armário para pegar alguns de seus biscoitos

Ivan nada diz, apenas fica em silêncio preparando algo para o Dostoiévski comer e o remédio para a febre do mesmo.

[...]

Nikolai entra em silêncio no quarto de Fyodor, o ambiente realmente é sem graça, o cômodo em tons de beje e cinza se mantém no local. A cama até que espaçosa e um dos poucos móveis que estão presentes no quarto espaçoso.

Gogol se aproxima da cama vendo um ser enrolado nas cobertas com as bochechas levemente coradas pela febre adormecido. Céus, dava vontade de apertar aquele ser tão rabugento, realmente não seria uma boa ideia fazer isso, se não quiser ser morto.

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