Destino de um Herói

Capítulo 1: Surpresas

08 de fevereiro, começa seu primeiro dia na escola onde estuda desde o pré.

Gabriel Pov:

Acordo com o barulho do despertador ecoando pelo quarto. Levanto-me, desligo o telefone, me arrumo e logo desço as escadas que separam o andar de cima do de baixo. Minha mãe está trabalhando e volta apenas de noite, saindo para trabalhar das 5 da manhã às 23:10. Saio de casa indo em direção à escola. No caminho, encontro minhas duas melhores amigas, Carmen e Iasmin, seguimos juntos para a escola. No caminho, conversamos sobre um certo assunto que de certa forma me deixa envergonhado.

-Pretende falar para o Miguel que gosta dele? - Questiona Carmen intrigada.

-Eu acho melhor não, ele parece hétero. - Diz Iasmin desencorajando.

Eu estudo no colégio particular, Caminhos à VNess. Na escola, há um garoto que gosto chamado Miguel. Ele ostenta o estereótipo de hétero top, nunca abraça os amigos e sempre fala "Viado" para se referir a alguém próximo a ele.

-Vou pegar o insta dele e mandar mensagem, assim não tem a chance dele ser homofóbico e me bater. - Digo, dando uma risada, mas realmente preocupado com a resposta.

Chegando à escola, o assunto se encerra e logo nos separamos. Iasmin é do 6.2, eu do 6.3 e Carmen do 7.1, sendo essa também a sala do Miguel. Chegando à sala, me sento mais no fundo. A sala era pequena, havia 4 filas com 9 carteiras ao todo. Muitos dos alunos faltavam, então dá para sentar em qualquer lugar. Odeio ficar na reta dos professores. Nunca fui dos bagunceiros, mas também não sou dos nerds, sou mediano com notas entre 9 e 7.
Quando chego à minha carteira, uma menina me aborda. A aula começa sempre às 7:15, era apenas 7:08, não era para ter ninguém na sala a essa hora.

-Olá! - Diz a estranha que se aproxima.
Decido não responder e apenas encará-la, procurando algum traço que eu possa reconhecer como alguém que conheço. Porém, ela era de fato uma pessoa estranha.

-Tá... não é muito de falar, né? Bom, vou direto ao ponto: você não é uma criança de apenas 12 anos normal. - Ela diz, me encarando. Retirando o capuz, revela-se uma menina que aparentava ter pelo menos 13 ou 14 anos.

Agora sim decido tratá-la como louca e saio, dando as costas e indo em direção à porta da sala. Porém, quando estava prestes a sair, uma redoma se faz em volta de nós. Olho para trás e lá a vejo, de palma aberta em minha direção. Seus olhos brilham em rosa e suas mãos emanam um brilho de cor semelhante. Fico encantado, porém assustado ao mesmo tempo.

-Uou! Como fez isso! Espera... o que você é? - Pergunto, assustado e tentando processar o que aconteceu.

-É isso que quero te dizer: você não é apenas um garoto normal. Pode fazer isso também, mas não agora. Prometo te explicar, mas não agora...

E assim, a redoma se desfaz. Com um clarão, fecho os olhos pela luminosidade e, quando os abro, estava parado no meio da sala. Ela não estava mais aqui.

A aula começa, me sento e fico flutuando em meus pensamentos pensando no que acabou de acontecer a poucos minutos atrás. A professora chama minha atenção por estar no mundo da lua e o conteúdo ser de prova, para ela parar de me incomodar apenas aceno com a cabeça para cima e baixo e olho para o quadro cheio de fórmulas fingindo estar prestando atenção mas ainda pensando sobre o assunto.

Sinal do Lanche toca e todos saem correndo desesperados, eu sempre fico para trás por não correr e sair desesperado. Me aproximando da porta ouço a professora:

-Gabriel! - Diz ela em um tom alto para que eu possa escutar.

Me viro e ela continua

-Estava distante hoje na minha aula, você não é de participar mas costuma prestar atenção, aconteceu algo? - Diz ela olhando em meus olhos. Essa professora sempre foi bem observadora, imagino que ela esteja tentando ver se eu iria chorar ou qualquer sinal de tristeza