Capítulo 049

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Dandara on

Amanhã era o aniversário do Art e tinha combinado com a mãe dele que eu iria pra lá para fazermos uma surpresa pra ele, esse mês que se passou tava tudo na paz, tirando alguns haters mas eu havia aprendido a ignorar, até porque não tinha muito o que fazer.

Já tinha arrumado minhas malas e subi pro apartamento do Taylor

- Taytay, tem comida aqui?- nem bati na porta, o dia que eu fizer isso e ele tiver trepando com alguma guria vou ficar traumatizada

- já ia descer atrás de comida também- ele tava jogado no sofá mexendo no celular, rimos

- tá foda a situação, vai me levar no aeroporto mais tarde né?- ele me encarou com deboche

- opções?

- não tem

- então sim- me deitei no outro sofá e ele começou a falar da irmã do Pelezin

- acho que você tá se apaixonando por ela só pela dificuldade- ele me encarou sem entender- ué, uma vibe de tipo, quanto mais eu não posso ter mais eu quero- dei de ombros

- tu tá louca, eai, Thur vai morar contigo quando vier pra SP- neguei

- os pais dele surtariam se pá', e é demais pra mim, tá muito cedo pra isso ainda- gostava da ideia de acordar todos os dias com ele, mas ainda não- ele vai morar na mansão da noise, mas conhecendo bem meu gado, ele vai viver mais aqui do que lá, e por mim tá tudo bem- ficamos ali procastinando até dá a hora de eu ir me arrumar pra ir pro aeroporto, subi pro meu AP, me arrumei e no caminho nós paramos pra comer, já que nenhum dos dois teve coragem de fazer comida.

Meu vôo ia sair daqui de SP 22:00 da noite, quando eu chegasse em Paranaguá eu iria ficar em um hotel até amanhã cedo

- tá entregue senhora

- obrigada Taytay- tirei o cinto

- tá perto de tu embarcar já?- assenti, desci do carro e ele me acompanhou

- não sei abrir seu porta malas- ele riu e veio até mim apertando um botão na chave do carro- tá explicado- rimos

- boa viagem- nos abraçamos e eu entrei no aeroporto, fiz meu check-in e fui pra área de embarque, estava levando só minha mochila e uma outra mala pequena então nem fiz despache.

*

Estava na porta da casa do Art, já eram 10:30 mas tenho minhas dúvidas se ele já está acordado

- oe minha linda- a tia Valéria abriu a porta pra mim- como você está?- abriu os braços me recepcinando em abraço e eu retribui

- oii, tô bem e a senhora?- nos afastamos

- tô bem, entre minha filha- entrei e ela fechou a porta- você é tão linda quanto me lembrava e quanto meu filho fala- sorri sem graça

- obrigada- coloquei o cabelo atrás da orelha, eu realmente estava sem graça

- O Arthur foi no mercado com o Carlos, já já eles chegam, ele vai amar saber que você está aqui- ela me guiou até a cozinha e vi que ela já estava organizando algumas coisas para fazer o almoço

- a senhora aceita ajuda?- ela negou rapidamente- me deixa ajudar, quem sabe assim não aprendo um pouco mais sobre cozinhar, pois sou uma negação- ela riu

- sendo assim está tudo bem, mas o que nós vamos fazer pro almoço é bem simples, vai ser churrasco então só um arroz, mandioca e vinagrete- assenti enquanto lavava minhas mãos- mas depois se quiser te passo algumas receitas que você vai gostar

- claro, vou adorar- ela me instruiu em como eu deveria cortar o tomate e as coisas do vinagrete, enquanto ela fazia o tempero para o arroz

- mãe, chegamos- ouvi a voz do Art e senti a ansiedade me corroer- a senhora não sabe o que aconteceu, nós estávamos lá né, bem de boa na fila do açougue, aí...- ele adentrou a cozinha e ficou paralisado quando me viu, a mãe dele soltou uma gargalhada

- SURPRESA- falamos juntas, ele começou a rir negando com a cabeça e veio me abraçar

- não acredito que vocês aprontaram uma dessas comigo

- vou te sujar vida- minha mão estava só o tomate, ele me apertou em seu abraço e se afastou me dando um selinho- ei- a real é que estava morrendo de vergonha dos pais dele

- não ligamos querida- tio Carlos falou adentrando a cozinha com mais algumas sacolas, lavei minhas mãos e fui comprimentar ele. Abracei o Art novamente

- tava morrendo de saudades amor- falei apertando ele

- eu também vida, já tava quase indo chorar pra minha mãe achando que você tinha esquecido do meu aniversário- rimos e nos afastamos, voltei a cortar o tomate

- sua mãe falou que vai me passar algumas receitas, não vamos mais viver de miojo e fast food- ela riu juntamente à ele

- para amor, suas tentativas de lasanha e strogonoff foram boas- neguei com a cabeça

- continua falando o que você ia falar quando chegou filho- ele riu

- mamãe e vida- ri da forma que ele falou- estávamos na fila açougue bem de boas, ai veio uma menina pedir meu número, aí eu falei que namorava e vocês acreditam que ela teve a audácia de falar que não tava vendo ninguém ali- arqueei as sobrancelhas ouvindo a história- aí eu mostrei minha aliança, e ela falou que não tinha ciúmes, falei que minha mulher era meio psicopata e ela saiu com raiva- rimos

- que tanto de "ai" garoto, tá com dor?- tia Valéria perguntou e nós rimos

- da onde tu tirou que eu sou psicopata?- ele me olhou com deboche, saiu sem responder e foi ajudar o pai dele com a churrasqueira, cada coisa

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Até mais tarde

Teus OlhosWhere stories live. Discover now