Capítulo 02 | A maior riqueza da ilha

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De um jeito estranho, Yoren ouvia a voz daquele ser mágico dentro de sua cabeça, e quando o dragão disse que veio para tomar o que era dele, se arrepiou, pois sua missão era defender a ilha e suas riquezas, mas como poderia defendê-las se mal tinh...

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De um jeito estranho, Yoren ouvia a voz daquele ser mágico dentro de sua cabeça, e quando o dragão disse que veio para tomar o que era dele, se arrepiou, pois sua missão era defender a ilha e suas riquezas, mas como poderia defendê-las se mal tinha força e poder suficiente para enfrentá-lo? E novamente sentiu-se impotente e desprotegida, como uma presa indefesa e frágil, mas seus instintos protetores ainda mantinham seus pés bem presos no chão, e num ato de bravura, audácia ou imprudência, nem mais ela sabia ao certo o que estava fazendo, apenas seguia seus instintos mais primitivos, decidiu novamente questionar a estranha e gigante criatura que beirava facilmente seus três metros e meio:

— E o que você acha que é seu nesta ilha?

— Você.

Sua espinha gelou. Aquilo parecia surreal demais pra ser verdade. Por que uma criatura como aquela viria até uma ilha cheia de riquezas ancestrais capazes de fortalecer um reino inteiro só para sequestrá-la? O que ela tinha de especial afinal?

"Não, isso não faz qualquer sentido! Seja lógica, Yoren! Mantenha-se fria!" — pensou ela tentando manter a calma, e no mesmo momento, ouviu o arco de Kilandrah arriando a corda, e uma flecha flamejante voou rápido em direção a cabeça do dragão, que apenas ricocheteou após acertar suas duras escamas e caiu no chão, sem efeito algum.

— Tolas! — disse ele, agora cortando o pensamento de todas as três guerreiras.

— Suas armas serão inúteis, pois elas não são feitas de magia. São apenas pedaços de madeira e de ferro. Vocês não têm poder sobre mim. Agora, ordeno que me entreguem esta humana sem hesitar, e irei embora sem causar mais danos. Isso é uma promessa. — terminou a criatura, apontando sua temível e afiada garra do dedo indicador para Yoren.

— Nós não podemos entregá-la! Ela é uma parte de nós, e também filha da nossa grã-mestra. Ela não irá com você. — disse Humin, a lanceira. Yoren só ficava mais confusa e abalada com tudo.

— Então nesse caso, terei que matar todas vocês, e destruir sua ilha por completo até que sobre apenas sua amiga. Respondeu o dragão.

— Não! — gritou Yoren, sem paciência. — É minha função proteger esta ilha. Foi o nosso juramento, e se pra isso precisar ir com ele, então que seja, eu irei. Jamais deixarei que cause mal algum as minhas irmãs, ou ouse roubar nossas terras e nos escravizar.

— Mas, princesa! — hesitou Kilandrah, a guerreira de arco e flecha — Sua mãe jamais aceitaria isso, você bem sabe!

— Eu sei, mas ela também não aceitaria a destruição do nosso lar, muito menos que nós, suas protetoras, fraquejassem perante a um inimigo dessa forma. Digam a ela que a amo. — concluiu Yoren, seguindo em direção ao dragão, que a esperava pacientemente, mas Humin interviu, correndo para agarrá-la pelo braço e impedir que sua princesa avançasse mais em direção à morte certa.

— Humin? Não. Eu já tomei minha decisão, e sei que você faria o mesmo no meu lugar. Por favor, entenda. — respondeu ela tirando a mão da amiga com certa violência, escondendo sua tristeza.

— Tomou a decisão correta, princesa. Agora vamos, suba pelas minhas escamas e segure-se bem, pois costumo voar depressa.

Yoren seguiu as ordens da criatura mágica sem olhar para trás. O dragão soltou as longas e pesadas asas, que em cada batida gerava uma poderosa corrente de ar, movendo pedras e folhas, rapidamente zarpando para longe. Suas companheiras choravam em desespero e por culpa. Atrás delas ia chegando o batalhão de Amazonas, pronto para derrubar qualquer coisa que cruzasse seu caminho, sem possuir qualquer ideia do que aquele inimigo representava, e de que acabara de levar sua princesa embora. A verdade é que elas ficaram ali, sem saber o que fazer, apenas se questionando sobre quais atrocidades o temível ser faria com sua irmã. A única certeza que tinham é que a rainha Maylah não aceitaria aquilo de forma alguma.

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