Como é o gosto do amor - Elizabeth Olsen

5- Beba para esquecer

POV: Você bêbada e com saudades.

SoHo: é uma região na Cidade de Westminster, na Região de Londres, na Inglaterra. 

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O ar no clube estava espesso enquanto eu derrubava outra bebida. Meu melhor amigo tinha acabado de terminar com seu namorado de longa data e precisava de algum tempo fora, então estávamos festejando a noite toda. Ele precisava esquecer todos os seus problemas e eu precisava esquecer que eu sentia muita falta da minha namorada.

Dançamos brevemente antes de descansar no bar, nós dois apenas um pouco mais do que tímidos. Ele tinha chamado a atenção de um moreno fofo com cabelos de comprimento médio e eu estava feliz apenas bebendo mais uma bebida frutada.

Foi difícil quando Lizzie estava fora, mas essa foi uma das lutas que tivemos que enfrentar quando ela estava filmando. Fazemos FaceTime todas as noites e mandamos mensagens sempre que ela está livre, mas ainda assim foi um ajuste difícil de se acostumar. Eu odiava dormir sozinha quando comecei a dormir ao lado do amor da minha vida.

"Ei"- uma voz suave cumprimentou ao meu lado. Virei-me para olhar ver uma linda mulher encostada no bar ao meu lado.

"Gin"- ela ordenou ao barman antes de voltar sua atenção para mim. -"Você é a garota mais bonita aqui."

Eu ri bêbado, balançando a cabeça e bebendo minha bebida.- "Eu gostaria que isso fosse verdade."

Ela riu, recuperando a bebida e virando-se para me encarar totalmente.- "Eu sou Anna"- ela estendeu a mão para mim e eu peguei.- "Você está sozinha?"

Balancei a cabeça, apontando por cima do ombro para meu melhor amigo que estava rindo de alguma piada que um homem conversava com ele.

"Estou aqui com meu bestie, celebrando sua vida de solteiro recém-solteiro."

Ela assentiu conscientemente, devolvendo seu olhar para mim.- "E você? Você está vivendo a vida de solteiro?"

Eu podia me sentir sorrindo mudo enquanto pensava em Lizzie.

"Na verdade, eu -"

"Ei!"-  Eu me virei, meu amigo, Nick, me chamando enquanto arrastava o homem pela mão.- "Nós vamos, vamos."- Minha sobrancelha franziu, um bico se formando em suas palavras.

"Mas estávamos aqui juntos"- chorei. Me afastando, ele acenou e foi embora. Eu não aguentava ele às vezes.

"Parece que seu amigo se achou uma gracinha."- Ela riu da minha expressão e eu só derramei com mais força.

"Ele é uma porcaria."

"Você é fofa."

"Hmm?"

Isso me chamou a atenção. Fofa? Abanei a cabeça, acabando com a bebida. Antes que eu pudesse falar novamente, ela me ordenou outro.

"Onde você mora?"- Ela questionou e eu tomei a nova bebida, não perdendo tempo em tomar um gole.

"SoHo"- seus olhos arregalaram para minhas palavras e eu percebi como era. "Não, eu -" Eu tossi, cobrindo minha boca nervosamente.- "Moro com minha namorada. Ela é, hum"- eu não tinha certeza se deveria dizer mais sobre ela.

Os olhos de Anna se deslocaram para baixo, a decepção clara em seus olhos.

"Então, você tem uma namorada?"- Acenei com a cabeça.- "Menina sortuda."

"Ah, não, sou eu. Definitivamente eu."

Ela riu e balançou a cabeça.- "De jeito nenhum. A menos que ela seja uma supermodelo ou algo assim, não tem como você ser a sortuda."

"Na verdade, ela é um -"

Meu bolso começou a vibrar e eu me desculpei antes de recuperar meu telefone.

"Bebê!"- Sorri brilhantemente, gritando ao telefone.

"Oi, amor! Onde você está?"

"Hum"- minha sobrancelha franziu em pensamento.- "Um clube do lado leste superior. Não me lembro o nome."

"O que você está fazendo em um clube?"

"É uma longa história!"- Eu gritei, tentando ouvir e ser ouvido sobre a música em alta. -"Eu vou te dizer quando você chegar em casa."

Eu não conseguia entender o que ela estava dizendo e pedi para ela se repetir, mas ainda não conseguia ouvi-la.

"Baby, eu não posso te ouvir, vou te ligar mais tarde!"

Desliguei, esperando que ela me ouvisse. Eu provavelmente deveria começar em breve de qualquer maneira, mas eu não queria sair antes de saber se Nick iria voltar... finalmente. Eu ia dar um tempo para ele e chamar um Uber para casa.

"Parece que ela te faz feliz."

Anna. Oops. Dei-lhe um leve aceno, corando um vermelho feroz.

"Ela faz. Ela é a melhor."

Conversamos por um tempo, o tempo voando sem que nenhum de nós soubesse. Verifiquei meu telefone, anotando o horário e percebendo que Nick não havia retornado.

Uma mão no meu ombro me assustou e eu me virei, bastante bêbada, para ver a loira mais linda do mundo.

"O que...?"

Antes que eu pudesse terminar minha pergunta, os lábios de Lizzie foram pressionados contra os meus. Eu gritei enquanto ela me empurrava contra a barra e meus braços enrolados em seu pescoço para que eu não caísse. Eu podia ouvir as pessoas ao nosso redor notando-a, mas nada importava além da sensação de seus lábios nos meus.

Luzes piscando interagiram nossa saudação, e ela me protegeu com seu corpo enquanto a multidão tirava fotos de nós. Minha namorada era uma Vingadora, claro que isso aconteceria.

"Ei"- ela sussurrou contra meus lábios e eu sorri para ela, me puxando para abraçá-la com força.

"Senti sua falta"- gritei bêbado, ignorando completamente o mundo ao nosso redor.

"Acho que está na hora de te levar para casa."

Ela ignorou a quantidade insana de pessoas tentando tocar ou falar com ela e me levou para fora do carro em que ela entrou. Como ela sabia onde eu estava? Quando ela chegou em casa? Entrei no banco de trás com ela e esqueci todas as minhas perguntas quando seus lábios estavam nos meus novamente.

Sorri para o beijo, puxando-a o mais perto humanamente possível. Deus, eu tinha perdido isso. Senti falta dela.

"Quando chegarmos em casa"- murmurei baixinho.- "Quero te provar"

"Malcriada"- ela repreendeu provocando, mordendo meu lábio inferior.

Dei risada e apoiei meu rosto no torto de seu pescoço, respirando o cheiro familiar dela. Eu precisava tanto dela e agora aqui ela estava.

"Parece que você realmente sentiu minha falta."

"Mais do que você jamais saberá"- murmurei contra sua pele, lambendo onde meus lábios tocavam.

Antes que eu soubesse, ela estava me pegando e me carregando dentro do nosso apartamento. Quando chegamos aqui? Parecia que acabamos de entrar no carro. Eu podia ouvi-la destrancando a porta, fechando-a atrás de nós e nos levando mais para dentro do apartamento.

"Senti tanta falta de você"- chorei, me aproximando dela.- "Não consigo acreditar que você está aqui."

"Acredite"- sua voz era rouca e profunda de saudade e eu estremecia. Puta merda.- "Estou aqui. E eu pretendo mostrar o quanto eu senti sua falta".