Quando você se foi... [Vauseman]

Negação

Na penumbra da saudade, seu coração em pranto chorava, A dor da perda é a verdade, Que na alma ecoava agora.

Na noite fria, escura, sussurros de dor ecoam, Folhas caem lentamente da árvore em frente a sua casa. O vento sussurra segredos enquanto o coração se despede.

Lágrimas salgadas caem pelo rosto da morena que agora estava sentada no chão do banheiro relembrando dos bons momentos que tivera ao lado de sua amada antes do terrível acidente de carro, que levou sua esposa para longe de si.

A mesma lembrava com clareza do dia em que conheceu a loira, que pra ela, foi o melhor dia de toda sua vida apesar dos conflitos que tivera nesse mesmo dia.

Se pudesse, voltaria no tempo e iria novamente para aquele dia, só pra poder rever aquele olhar e aquele sorriso encantador que agora jamais veria novamente.

A mesma se via em negação, e não aceitava perdê-la para sempre. Sentia falta do toque, do cheiro, do sorriso, do olhar.... sentia falta dela. E se culparia para sempre por ter perdido o controle do carro e batido naquele maldito caminhão.

Seu coração doía, sua alma estava despedaçada, ficar longe de sua amada não seria nada fácil, Alex não queria ter que viver em um mundo sem ela, e nem sequer se imaginava sem ela em sua vida.

Apenas relembrava os bons momentos ao lado de sua amada e aquele maravilhoso dia que jamais esqueceria

13/12/2017 - Quarta-feira.

Saiu de casa às pressas, pois estava atrasada para o trabalho. Alex Vause, a dona da maior agência de moda de Nova York que estava à procura de uma nova cara para sua mais nova revista.

A mesma estava pensativa olhando a chuva cair pela janela de seu carro enquanto o seu motorista dirigia em direção a agência. Assim que chegou, os demais funcionários foram cumprimentá-la, e logo sua assistente atualizou a sua agenda, mostrando as mais novas candidatas para a capa de sua revista.

- Senhorita Vause, os currículos chegaram. - a mulher disse cabisbaixa.

- Deixe-os na minha mesa por favor. Aproveite e leve meu café, sem açúcar. - Disse Alex saindo dali com confiança e indo em direção a sala de seu pai, um dos CEOS da empresa.

A mesma entra com pressa na sala, sem se importar de bater na porta, dando de cara com seu pai falando com um dos investidores do mais novo projeto, um desfile de moda no Brasil.

- Pai precisamos conversar. - Ela diz distraída sem notar a presença do novo investidor.

- Agora não Alex, estou ocupado, não está vendo? - Ele diz checando alguns papeis dados pelo homem à sua frente.

- Desculpe, não vi que estava em reunião.

- Bata na porta da próxima vez. - Ele diz com desdém.

- Não entraria assim se não fosse importante.

- Eu tenho certeza de que pode esperar. - Ele diz com indiferença.

A mesma revira os olhos e saí da sala batendo a porta com força.

A mesma escuta a voz distante do pai dizendo " perdoe-me pelo comportamento dela, não faço ideia a quem ela puxou." O que deixou a morena mais irritada.

O barulho de seu salto ecoava pelo corredor vazio, e era notório a feição de ódio em seu rosto.

A mesma foi em direção a sua sala sentou-se, tomando seu café que agora estava quase que frio pela demora da mesma a tomá-lo.