VI. The Corner Of The Lost Souls

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Kingsley balançou a cabeça, abismado.

— Foi muita irresponsabilidade de sua parte permitir que ela fosse capturada, Meadowes.

Irresponsabilidade?! — exclamou Maddie. — Me desculpe, Shacklebolt, mas em nenhum momento me lembro de ter jogado a minha própria irmã nas mãos dos Comensais da Morte que caçávamos!

— É, Kingsley. Não a culpe — disse Cadence. — Maddie, S/N e eu estávamos agindo como um time. Nossa decisão teve consequências, sim, mas não acho que teríamos conseguido impedir que eles a levassem se tivéssemos ficado juntas. Eram muitos, e pareciam determinados a tê-la.

— Até porque, se nos quisessem também, não teriam aparatado sem nós — completou Maddie.

— O que eu não entendo nessa história toda é por quê eles iriam querer capturar S/N — disse Marlene, aflita. — Eles mataram Flávio, não foi? Fico aliviada que não tenham feito o mesmo com minha filha, obviamente, mas me pergunto o que estão querendo.

— Vingança, talvez? — sugeriu Ron. — A cabeça dos seguidores de Voldemort nunca fez muito sentido.

Marlene pareceu ainda mais preocupada.

— Não gosto de pensar nisso.

— É, nem eu — disse Maddie. — Mas podemos pensar na possibilidade como aliada. Se eles a querem para alguma coisa em específico, de forma que precisam dela viva, isso nos favorece, porque teremos mais tempo para salvá-la.

Harry assentiu, finalmente entendendo o motivo pelo qual Maddie ainda não surtara; ou, ao menos, o porquê de ela não estar tão pálida quanto a mãe. Ela, como Harry, sabia que, se fossem rápidos, poderiam agir em conjunto para trazer S/N de volta.

— Precisamos resgatá-la, senhor — disse Harry, encarando Winfred firmemente e enfatizando o que Maddie falou. — Garanto que posso fazer isso, pois posso falar com ela através da mente. Só preciso de um mandato...

— Não — disse Winfred.

Harry ergueu as sobrancelhas, surpreso e chocado demais para fazer mais do que isso.

— Como?

— Eu disse que não, não posso autorizar um mandato — disse o Chefe de Departamento dos Aurores. — Sinto muito, Harry, mas o Ministério não pode confiar que vocês vão conseguir cumprir uma missão sem pretextos, apenas com base no fato de que você possui uma alma gêmea a ser salva. Não dá.

— Missão sem pretextos?! — perguntou Harry, abismado. — Salvar S/N não é "pretexto" o suficiente?!

— Infelizmente não — disse Winfred. — Só posso autorizar uma missão se o nosso objetivo, que é capturar Comensais da Morte, estiver envolvido. Quando vocês conseguirem pistas a respeito do paradeiro deles, reconsideraremos a situação.

— Você não está falando sério — disse Harry, mudando o tom de sua voz para um que nem ele próprio reconheceu. Sua revolta era imensa.

— Estou, e muito.

— Então, quer dizer que devemos ficar aqui, sem fazer nada, enquanto S/N sofre nas mãos deles?! É isso?!

Winfred assentiu. Agindo daquela maneira, ele nem parecia o homem doido, porém simpático, que eles conheceram na Cerimônia de Gratificação do Ministério da Magia. Estava mais para um carrasco cruel.

—  É, é exatamente isso. Desculpe, Harry, mas não posso autorizar uma missão só porque você quer resgatar a sua namorada — disse o homem. — Entendo que esteja frustrado, porque também estou. S/N é uma auror extremamente competente, e eu prometo que faremos de tudo para resgatá-la quando for conveniente, mas o momento não chegou ainda. Precisamos confiar que ela vai ficar bem, pois é uma mulher forte que já passou por coisas piores. Não há nada melhor que possamos fazer.

𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potterWhere stories live. Discover now